ROSAMARIA MURTINHO E MAURO MENDONCA REÚNEM SEUS NETOS

por Adriana PizzottiRosamaria Murtinho (67) e Mauro Mendonça (75) definem com simplicidade e alegria a relação que mantêm com os quatro netos e três filhos. "É sempre uma grande festa. Somos unidos, a relação é harmônica", conta a atriz, referindo-se a Vitória (18) e Sofia (1 ano e 8 meses), filhas do diretor Mauro Mendonça Filho (39); Anna Luiza (5), do ator Rodrigo Mendonça (42); e Pedro Lucas (2), do produtor musical João Paulo Mendonça (43). Casados há 46 anos, Rosa e Mauro garantem que a descontração é tão grande que, quando reúnem as crianças, mergulham em outro universo. "Somos avós babões e, ao lado das crianças, me sinto uma delas", atesta Mauro, endossado por Rosa: "Não tenho uma responsabilidade maternal sobre os netos, quero apenas curti-los e dar carinho." Longe do perfil da avó repressora, a atriz afirma tomar cuidado para não deseducar, porém. "Só que entro nas brincadeiras e não brigo porque estão desarrumando a casa", conta, referindo-se ao lar em São Conrado, no Rio, habitado pelo casal há 27 anos. "Lembro dos meus filhos pequenos, que chegavam da escola e caíam na piscina. Hoje são os netos que aproveitam", diz a atriz. Se depender dos avós, a prole vai aumentar bastante. "Em breve terei um time de basquete, quem sabe não chego a um time de futebol? Quero 11", brinca Rosa, ansiosa com a chegada de mais um neto, filho de Mauro, em outubro. - O amor dos avós é o mesmo dos pais?Rosa - Acredito que o amor de pai e mãe seja superior. Lembro-me de que quando tive meus filhos, fiquei meio deslumbrada. Com os netos foi uma sensação maravilhosa, mas de outra forma. Não tenho responsabilidade maternal. Mauro - O amor de avô é mais livre. As crianças vêm para cá, nós brincamos à beça e depois elas voltam às suas casas. É uma relação sem repreensão. - Então aquela máxima de que os avós deseducam é verdadeira?Rosa - Não sou uma avó que deseduca, mas não vou cerceá-los e enchê-los de limites. Mauro - Com os meus filhos, eu sabia impor limites, mas também tinha a hora da brincadeira. Com os netos, a brincadeira se estende. - E a farra é grande?Rosa - E como! Tenho muito orgulho de ter uma família tão unida. Hoje moramos só eu e o Mauro, mas os filhos e os netos vêm sempre nos visitar, sinto que não é uma obrigação, é um prazer. Mauro - Se é! O Pedro Lucas, por exemplo, me faz de gato e sapato. Pedro é o meu neto mais próximo, não que as meninas sejam distantes. Elas se aproximam com mais calma e eu deixo que seja espontâneo, não forço nada. - São mesmo avós corujas?Mauro - A primeira palavra que o Pedro falou foi "abô". Você não imagina a felicidade que foi para mim! Faço tudo pelos meus netos, quero vê-los felizes. - E os papéis de avós na profissão, são bem-vindos?Rosa - Quase não sou escalada para tal. Não tenho estrutura corporal para interpretar uma Dona Benta, do Sítio do Picapau Amarelo, por exemplo, mas adoraria fazer aquelas avós companheironas. Mauro - Já fiz muito avô, gosto disso, sou um vovô realizado. - Quais são os novos trabalhos?Rosa - A partir de maio volto com a peça E Agora, o Que Faço Com o Pernil?, que viaja pelo Sul e Norte do Brasil. Paralelamente, estou captando recursos para a montagem de um novo musical. Mauro - Acabei de gravar Bang Bang e quero descansar. Agradecimentos: Donna Chita; Produção: Neca Ponichi, Beleza: Ana Gangemi.