NO MÉXICO, COM ZULMA MERCADANTE, ELES GRAVAM VÍDEO PARA PEÇA SOBRE A PINTORA
Redação Publicado em 17/10/2007, às 09h09
por Carlos Lima Costa
Depois de um ano e meio envolvida com o projeto da peça Frida Kahlo, sobre a vida da famosa pintora mexicana, a atriz Rosamaria Murtinho (70) finalmente estréia o espetáculo na quinta-feira, 18, no Teatro Villa- Lobos, em Copacabana, Rio. Agora, ela encara com bom humor a batalha de levar a produção ao palco porque a demora acabou se revertendo em experiência positiva. Ela e a nora Zulma Mercadante (30), que vive Frida na fase jovem, puderam ir à Cidade do México, onde visitaram o Museu Frida Kahlo, conhecido como Casa Azul, na quala a artista morava, e no ateliê de Diego Rivera (1886-1957), que foi marido de Frida (1907-1954). "Foi fundamental a viagem, porque a peça é sobre a memória da Frida. Então, fiquei bastante emocionada vendo a cama em que ela dormia, suas pinturas, a urna com suas cinzas", lembra Rosamaria. "Ela foi uma mulher que teve poliomielite na infância e que sofreu com dores a vida inteira. Nessa visita, descobri que era uma pessoa doce e amorosa, muito ligada à família", completa a atriz. A nora enfatiza a experiência de estar perto dos objetos pessoais da personagem principal da peça: "Fiquei orgulhosa de conhecer esses lugares. Choramos muito. Agora, falamos com propriedade das coisas e, com certeza, a peça é outra", diz Zulma.
As duas viajaram acompanhadas do ator Caco Ciocler (36), diretor da montagem. Nos dois locais, o grupo gravou um vídeo, inserido em alguns momentos no espetáculo que entra em cartaz no centenário de nascimento da pintora. "Estou produzindo a peça como uma homenagem dos brasileiros aos mexicanos", afirma Rosamaria, que não cansa de elogiar o diretor do espetáculo. "Caco é uma delícia. Dirige muito o ator, é boa gente, não tem mesquinharia", enaltece a Otília de Sete Pecados. Para viver o papel na novela, Rosa cortou seus cabelos e, agora, usa peruca no palco para interpretar a segunda fase de Frida.
Segundo a atriz, o México é surpreendente. "O país teve sua imagem muito deturpada pelo cinema americano. O México é belíssimo, tem uma cultura muito grande. Fiquei encantada com o colorido do local. Pretendo voltar e ficar mais tempo para conhecer melhor", garante. Durante os três dias em que permaneceram em terras mexicanas, as atrizes e o diretor tiveram ainda um curto tempo para passeios turísticos e aproveitaram para conhecer a Pirâmide do Sol, em Teotihuacan - um sítio arqueológico a 50 quilômetros da Cidade do México, que foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 1987. "Nós nos demos esse luxo de passear nesse local que é impressionante", afirma Rosamaria.