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Recanto de paz da espiritualizada Simone Soares

Com o marido, Mario Meirelles, e a filha, Luana, ela supera dor da infância e celebra conquistas

Redação Publicado em 18/10/2010, às 16h20 - Atualizado em 25/10/2010, às 18h55

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Na casa cheia de imagens de santos, a alegria com a filha, o diretor da Globo e os cães lhasa apso: Shiva, Angel e Lama. - JOÃO MÁRIO NUNES; PRODUÇÃO: CLAUDIA MELO; BELEZA: DUH; AGRADECIMENTO: DTA, PAULA GUARATINI E TROIS
Na casa cheia de imagens de santos, a alegria com a filha, o diretor da Globo e os cães lhasa apso: Shiva, Angel e Lama. - JOÃO MÁRIO NUNES; PRODUÇÃO: CLAUDIA MELO; BELEZA: DUH; AGRADECIMENTO: DTA, PAULA GUARATINI E TROIS
Todos os dias quando acorda, Simone Soares (33) se vê diante da célebre frase de Chico Xavier (1910-2002), escrita na parede do seu quarto: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Com esse pensamento, ela trilha o seu caminho. Seja na carreira, que completa 20 anos, ou na vida afetiva, com o marido, o diretor da TV Globo Mario Meirelles (46), e a filha, Luana (6). "Às vezes, a gente se preocupa tanto com o passado, que já foi, ou com o futuro, que a Deus pertence, que se esquece do agora. Busco viver diariamente o presente e me contentar com ele", garante a atriz, sucesso como a vilã Fernanda de Escrito nas Estrelas, que terminou dia 24 de setembro. Esse seu jeito leve e otimista de viver é evidenciado na decoração de sua residência, na zona oeste do Rio. Há muitas paredes coloridas e diversos símbolos e imagens religiosas, como a de Nossa Senhora de Fátima, São Francisco de Assis, Buda, Shiva e Iemanjá. "A casa tem que ser protegida. É o lugar onde recarregamos a energia", explica ela, que está no elenco do longa Assalto ao Banco Central, com estreia em 2011. Na entrevista, Simone muda o semblante risonho ao falar sobre o drama de não ser reconhecida pelo pai biológico, que até hoje se nega a registrá-la. "Não é mágoa, mas é algo que gostaria de entender", admite ela, que entrou na justiça para ter o direito de usar o sobrenome dele. Logo, sorri, ao lembrar que Mario, com quem está há 10 anos, suou a camisa seis meses para conquistá-la. Casados no civil, eles planejam se unir em uma cerimônia religiosa em 2011. -Por que tanto tempo para engrenar o namoro? Simone - Tinha preconceito em me relacionar com alguém que fosse do meio. Onde se ganha o pão não se come a carne. Eu fui criada por minha avó em Taubaté, interior de São Paulo. Ouvia muita coisa sobre a profissão, a cidade grande. E estava entrando na Globo. Não ia dar certo. Mario - Foram seis meses de muita tortura. Ela marcava comigo e sumia. Também tinha a história de eu ter três casamentos, dois filhos, ser diretor... E minha fama era de ser mulherengo mesmo. - Como Mario a conquistou? Simone - Na primeira vez que o vi, senti algo estranho e pensei: nossa, que baixinho interessante!. Aí, quando me disseram que era diretor, não gostei. Devia ser do tipo que queria pegar todas (risos). Foi durante uma gravação, em São Paulo. Na época, eu estava noiva, em um relacionamento que não vinha bem. Depois, ele começou a me chamar para sair. E eu, nada. Até porque precisava acabar meu namoro. Mas acho que tudo aconteceu no seu tempo. Se estivesse na fase de curtição, ele não teria se apaixonado por mim e me valorizado. Nosso primeiro beijo foi em uma festa no Rio. Daí em diante, não nos desgrudamos. Mario - Simone surgiu em minha vida numa fase difícil. Estava trabalhando muito, vindo de uma separação. Eu dirigia o Megatom, quando o Tom Cavalcante saiu da Globo. Estava um pouco perdido. Ela me redirecionou. Simone - Mario também modificou a minha vida. Antes dele, achava que não iria casar. Pelo fato de não ter tido o pai presente. Tive um padrasto maravilhoso, mas não deu para suprir a ausência de um pai. Confesso que era meio revoltada com os homens. Hoje, a minha família é o meu tripé. - E Luana em sua vida? Simone - Ela é a luz. Desde que nasceu, só coisas boas aconteceram para mim. Foram dez anos de profissão sonhando em estar em uma novela com um papel bacana. E consegui depois da chegada dela. - Querem mais filhos? Simone - Mario já tem Mario Vitor, de 17 anos, e Mateus, com 15. Às vezes, penso em ter outro. Mas tenho vontade de adotar. - Acredita que demorou para ter reconhecimento ? - Com minha ansiedade, admito que sim. Quero tudo para ontem. Levei muitos nãos. Com o sim, é fácil de lidar, já com a negação, é outra coisa. Mas aprendemos com os erros. Então, acho que todos esses nãos me tornaram mais forte para correr atrás do que quero. - Como encara o fato de não ser reconhecida pelo seu pai? Simone - A história dele e de minha mãe parece novela. Ele foi o primeiro namorado dela. Tenho guardado convites de dois casamentos deles que nunca aconteceram. Brigavam muito. Por orgulho, meu pai não me registrou. Depois, se casou com outra pessoa e foi para o Nordeste. Passei 18 anos sem vê-lo, sem um telefonema. Aí nos encontramos. Pensei que tudo fosse mudar, mas não. Agora que fiz Escrito nas Estrelas, com tema espírita, ouvi muito sobre coisas de vida passada, de revolta de pai com filho e vice-versa. Pode ser a explicação. Acho que um dia vou aceitar e saber o porquê disso.