READY TO WEAR VERÃO 2008 - MCQUEEN

Ela simplesmente abalou tout le monde com seu visu gaiato, andando pra lá e pra cá numa dessas temporadas do São Paulo Fashion Week... Quem? Quem? Isabella Blow, aquela editora de moda do Sunday Times que adorava chapéus maluquetes, quase todos assinadíssimos pelo chapeleiro inglês (seu protegido) Philip Treacy. Ora, foi Isabella também quem descobriu McQueen (the king?), sabia? Faz tempo, faz muito tempo, ele era ainda apenas um dos zilhões de estudantes da famosérrima Saint Martin School. Começou então uma cumplicidade "estilosa" que durou até quase agora, quando - hélas - Isabella morreu (maio de 2007). A senhora Blow era definitivamente uma figura teatral, dessas que nunca - mas nunquinha mesmo - "passava batido", sabe como? Ela assustava, ela encantava, ela se autodesenhava, ela arrebatava. Circulava partout com seu look excêntrico, toda esculpida, pontiaguda, corseletada, emperiquitada, enchapelada. McQueen adorava. Vai daí que os shapes históricos de Isabella, acabaram "amarrando" (quase como um fio condutor) seu verão 2008. Resultado pertinente & impertinente. Coerente & incoerente. De repente, sólido como uma armadura: valem ombros-pagodes + cintos-corsets + basques armadas arredondando as ancas. Ou, de repente, soft e livre, como o vôo de um pássaro. Mil borboletas vermelhas esvoaçam num chapéu absolutamente monumental de Philip Treacy. Ah, Isabella ia adorar... Mas - deixando um pouco de lado as inevitáveis emoções - que fantástico tailor Mr. McQueen é!! Seus palétos "cortantes", no melhor estilo "jogo duro", devem mesmo "matar" de inveja os inimigos íntimos... São definitivamente os mais perfeitos da temporada. Que mais?? Uiuiui, uma virada de 180 graus e... um "vapor" de mousseline flutua na passarela. Saias fartas, que se desfazem feito espuma, em ritmo de happy hour. Depois? Alguns quimonos de seda dégradée desses de perder o rumo... Quer mais ainda?? Show de plumas. Gigantescas, coloridíssimas, estampadas lisérgicamente. Ou então - por que não? - negras e microscópicas, coladinhas lado a lado. Resultado incrível: parece "tecido raro". Abra suas asas, queridinha. Como a ave do paraíso.