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São Paulo recebe a pré-estreia do documentário 'Raul - O Início, o Fim e o Meio'

Laís Barros Martins Publicado em 21/03/2012, às 02h37 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h22

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Raul Seixas - Divulgação
Raul Seixas - Divulgação

A contracultura invade as salas de cinema com a figura mítica de uma metamorfose ambulante que não cabia em um único Raul Seixas (1945-1989). O documentário Raul - O Início, o Fim e o Meio traz a trajetória do Pai do Rock Brasileiro que com sua postura contestadora em um momento de inquietação geral e com as letras de suas músicas altamente criativas e inovadoras conquistou uma legião não de fãs comuns, mas de verdadeiros seguidores. Em duas horas de gravação, recupera-se um pouco da cultura popular brasileira representada por Raul e da sua genuína mistura entre rock e baião, inspirada nos ídolos Elvis Presley (1935-1977) e Luiz Gonzaga (1912-1989).

Com depoimentos de Caetano Veloso (69), Tom Zé (75), Pedro Bial (53), Nelson Motta (67), Paulo Coelho (64) e outros parceiros, além de suas ex-mulheres, entre elas Kika Seixas e Tânia Menna Barreto, ficamos conhecendo um pouco mais do ídolo que movimentou multidões ao declarar a palavra liberdade e a ordem subversiva em Sociedade Alternativa: "Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei".

Walter Carvalho (64) dirigiu o documentário e em entrevista à CARAS Online lembrou a forte presença do cantor mesmo após vinte e dois anos da sua morte: "Nunca fui um fã ardoroso de Raul, mas sempre admirei, sempre gostei muito. A importância de recuperar esse mito, essa figura maravilhosa desse artista sensacional, é uma maneira de você resgatar a memória, mantê-la viva, porque Raul é uma pessoa que continua - em todo show, em qualquer lugar, tem sempre alguém gritando 'Toca Raul!'". Ao apresentar o produto final nesta terça-feira, 20, em uma sala de cinema no centro de São Paulo, o diretor declarou: "O filme não me pertence mais. O filme é da vida. É de vocês", sendo aplaudido pelo público que extrapolou o número de cadeiras.

Kika compara o ídolo e a pessoa do homem com quem conviveu: "O Raul ídolo era agressivo, falava alto, berrava palavras de ordem; o Raul pai, marido, era quietinho, tímido, ouvindo música, escrevendo, sempre muito reservado, um homem extremamente educado", contou. Ela, inclusive, declarou a vontade de um dia fazer a sua própria leitura do filme: "Contaria as partes mais gozadas, ele era muito divertido e tem muita mulher histérica, chorando, falando absurdos", revelou embora sem admitir ciúmes.

Penna Seixas, cover de Raul, levou a admiração até o cartório ao registrar seu filho como Raul Seixas Leal de Souza. Pai e filho vivem esta paixão "48 horas por dia"; "o amor está na veia, o Raul nunca vai morrer e hoje a alma dele está aqui em algum lugar", declarou sua versão mirim cheia de atitude.

O músico Max de Castro (39) destacou a sensibilidade da obra e da luta de Raul, declarando-se seu fã. A atriz Marisol Ribeiro (27) elegeu A Maçã como a sua favorita e que a ouvia repetidas vezes em sua adolescência. Marisa Orth (48) e Da Lua também estiveram presentes à première.

Veja as entrevistas na CARAS Online: