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'Quando terminou Carrossel, despertei de um sonho profundo', diz Cirilo mexicano

Pedro Vivero Valdez, intérprete do Cirilo da versão mexicana de 'Carrossel', abandonou a carreira artística para estudar comunicação. Em entrevista à CARAS Online, ele conta o que aprendeu com a novela e aprova o ator da versão brasileira da novela

Kellen Rodrigues Publicado em 04/07/2012, às 12h39 - Atualizado em 19/03/2020, às 15h00

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Pedro Vivero Valdez, o Cirilo da versão original de Carrossel - Reprodução Youtube/Arquivo Pessoal
Pedro Vivero Valdez, o Cirilo da versão original de Carrossel - Reprodução Youtube/Arquivo Pessoal

No início dos anos 1990, muito antes do termo bullying se tornar tão popular, o sofrimento de um garotinho emocionava os telespectadores da novela Carrossel. Cirilo (Pedro Javier Vivero Valdez, 31) vivia um amor platônico pela colega rica e loira Maria Joaquina (Ludwika Paleta, 33), mas era discriminado por ser pobre e negro e aguentava humilhações.

Pedro tinha apenas sete anos quando a novela foi produzida pela Televisa no México. Hoje, aos 31, ele não está mais no mundo artístico e guarda apenas as recordações do período de fama na infância. "Quando a novela terminou eu despertei de um sonho profundo e maravilhoso", disse. De Cuauhtémoc, município do Distrito Federal Mexicano, ele contou à CARAS Online como eram as gravações da novela, o que faz atualmente e que ficou impressionado com Jean Paulo Campos (9), o brasileiro que tem a missão que já foi sua - levar o público do riso às lágrimas com a ingenuidade de Cirilo em Carrossel.

Confira a entrevista!

O Cirilo sofria muito preconceito da Maria Joaquina. Como era gravar essas cenas?

- Na realidade foi uma experiência muito divertida. A maioria do tempo passávamos juntos no local de gravação, nos divertíamos como crianças que se encontravam no recreio. Ludwika sempre foi muito boa comigo, nunca tivemos diferenças, pelo menos não me lembro de ter brigado com ela. Nos tratávamos com muitíssimo carinho por trás das câmeras, fizemos uma bela amizade.

E nas ruas, as pessoas te reconheciam? Você gostava de ser famoso?

- Sim, me reconheciam bastante e era muito divertido. Mas teve momentos em que me sentia sobrecarregado por essas experiências, já que era muito novo e eram situações surpreendentes.

O que você aprendeu com Carrossel?

- A ser feliz e ver a vida de maneira positiva, amável e humilde. Estar aberto para conhecer pessoas de todos os tipos e estabelecer vínculos de amizade verdadeira com essas pessoas. Realmente se abrem muitas portas nesse ambiente (TV), então, em resumo, diria que aprendi a ser um bom amigo com as pessoas que precisam de carinho, afeto, amizade e compreensão.

Como foi quando a novela acabou?

- Quando a novela terminou eu despertei de um sonho profundo e maravilhoso para entrar em uma realidade mais profunda e maravilhosa, ver o mundo por essa perspectiva e sentir o amor e o carinho verdadeiro das pessoas. Me dediquei aos estudos, fiz teatro, dança, entre outras atividades. Atualmente estou me formando em Ciências da Comunicação na Universidade Nacional Autônoma do México, trabalho no Centro de Capacitação Cinematográfica, no Centro Nacional das Artes, e estou muito satisfeito com pequenas conquistas e pelo que está por vir.

Por que você decidiu abandonar a carreira artística?

- Por querer me profissionalizar academicamente no contexto da comunicação, embora outras fatores tenham contribuído também. Como naquela época eu não tinha uma visão clara do ambiente em que eu estava, não poderia estabelecer fortes laços de trabalho na televisão e decidi focar minha atenção em estudar e desenvolver um plano de vida mais seguro e estável.

O que você achou do Cirilo da versão brasileira de Carrossel?

- Me impressiona bastante a vivacidade que esse pequeno tem nos olhos. É um menino cheio de alegria, carinho, muito amor e gosto enorme pela vida, coisa que é muito importante gerar e manter nas novas gerações. Fico muito feliz em ver gente como ele, que tem gosto e paixão pela vida e por desfrutar do que fazem. São pessoinhas cheias de luz que vêm ao mundo para trazer alegria, amor e muita consciência.

Qual conselho você daria a ele?

- Que se divirta, aprenda muito com essa experiência. Que tente ser tolerante, não perca a humildade, mas, acima de tudo, que se prepare profissionalmente e estude muito, porque se tornou um representante de sua geração. Está sobre seus ombros uma grande responsabilidade de dar o exemplo para milhões de crianças no mundo, que, como ele, são os responsáveis pelo destino dos povos e nações da América Latina e do mundo, no presente e no futuro.

Você tem algum projeto de vir ao Brasil?

- Atualmente estou finalizando um projeto que é muito importante na minha vida e, de algum modo, a partir desse plano pretendo fazer uma integração de todos os meus interesses e desejo estabelecer uma relação mais estreita com a América Central e do Sul. Mas tudo isso pretendo fazer através do desenvolvimento de propostas concretas que me permitam estabelecer um plano de cooperação tecnológica e cultural com vários países, como seria o caso do Brasil. Meus interesses são muito focados na indústria espacial na América Latina. Mas, por enquanto, vou me concentrar na realização dos meus primeiros objetivos, para poder continuar com os demais.

Relembre a atuação de Pedro em Carrossel: