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Proteja-se! Ou você corre o risco de desenvolver um câncer de pele

Ana Cristina Fasanella Publicado em 30/11/2006, às 11h33

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Ana Cristina Fasanella
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A Sociedade Brasileira de Dermatologia realizou no último dia 18, pelo oitavo ano consecutivo, sua Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele. Cerca de 3 mil médicos dermatologistas cadastrados na SBD se mobilizaram em postos de 23 Estados para prestar atendimento e tratamento gratuitos aos casos de câncer detectados. O câncer de pele é o mais freqüente no Brasil. De todos os tipos de câncer que se manifestam no país, o de pele constitui 21% da incidência nas mulheres e 22% nos homens. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que ocorram todo ano por volta de 120 mil novos casos no Brasil. Como os demais, o câncer de pele costuma aparecer a partir dos 40 anos. Mas pode surgir em qualquer idade. É mais comum em pessoas de pele, cabelos e olhos claros, embora atinja também negros e amarelos. A causa é a exposição excessiva, sem o uso do protetor solar, às radiações ultravioleta presentes nos raios solares e nas câmaras de bronzeamento artificial. O mecanismo é o seguinte: a exposição exagerada àquelas radiações, em geral por décadas, provoca danos ao genoma ("programa") de um tipo de célula da pele, que "enlouquece". Ela passa a multiplicar-se de maneira acelerada e forma o tumor. A doença manifesta-se mais nas áreas descobertas, como faces, lábios, orelhas, braços, couro cabeludo ou careca, mãos e pernas. Há basicamente três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Os dois primeiros respondem por 70% da incidência. " Carcinoma basocelular. Em geral se manifesta por lesão elevada, meio endurecidae avermelhada no tronco ou ao redor do nariz e dos olhos. Ela cresce e se torna uma ferida que não cicatriza. É maligno, mas não se espalha para outros órgãos, ou seja, não dá metástase. Cresce e se aprofunda, podendo atingir cartilagens, músculos e ossos. " Carcinoma espinocelular. É o segundo tipo mais comum. Tabagismo, baixa imunidade e exposição a substâncias químicas colaboram para a sua formação. Surge mais nas faces, nos lábios e nas orelhas. Manifestase por aspereza que se torna ferida, sangra e não cicatriza. É maligno e produz metástase. Pode matar principalmente quando atingeórgãos vitais como o fígado e os pulmões. " Melanoma. É mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível, mas ocorre também em morenos e negros. As pesquisas demonstram que apresenta traços genéticos - quem tem casos na família está mais suscetível. Costuma manifestar-se por lesão pigmentada que surge do nada ou da transformação de uma pinta em geral de nascença. É a forma mais perigosa, já que produz metástase rapidamente. Deve-se ficar atento a pintas assimétricas; que têm as bordas irregulares; apresentam coloração em dois ou mais tons, em geral branco, preto e marrom; e com diâmetro superior a 6 milímetros. Outros indícios de gravidade são: coceira, dor, escamação e sangramento. O melanoma também pode matar. Mas é possível diminuir o risco com o uso de filtro solar. Estudos constataram que grande parte dos brasileiros ainda não se utiliza da substância. Cabe aos pais mudar tal quadro, ensinando o hábito aos filhos. O filtro solar precisa ser passado meia hora antes de se expor aos raios solares e repetido a cada duas ou três horas. Quanto mais branca a pele, maior deve ser o fator de proteção. O protetor tem de ser usado até em dias nublados, pois 80% das radiações ultrapassam as nuvens. Também é fundamental evitar o sol entre as 10 e as 16 horas, quando seus raios são mais intensos. A proteção pode completar-se com o uso de boné ou chapéu, camisa de manga longa e calça comprida. Ao primeiro sinal da doença, vá a um dermatologista. Quanto mais rápidos forem o diagnóstico e o tratamento, maior a chance de cura e menor o risco de seqüelas. O tratamento inicial do câncer de pele é cirúrgico. Nas situações mais graves, sobretudo no caso do melanoma, pode ser necessário fazer também quimioterapia. Felizmente, consegue-se a cura na maioria dos casos.