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Problemas emocionais são os que mais provocam disfunções eréteis

Margareth dos Reis Publicado em 30/06/2006, às 10h53

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Margareth dos Reis
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Disfunção erétil é a incapacidade persistente ou recorrente do homem de obter ou manter uma ereção adequada para a atividade sexual. Está relacionada apenas à fase de excitação que envolve o fenômeno da ereção. É a disfunção sexual masculina mais comum e a incidência aumenta com a idade. Estima-se que atinja 100 milhões de homens no planeta. Nos Estados Unidos seriam 30 milhões e no Brasil, 11 milhões. Na população com idade até 50 anos, 30% dos casos devem-se desde a problemas em artérias, nervos, hormônios e interferência negativa de alguns medicamentos - como antidepressivos, anti-hipertensivos e tranqüilizantes -, até os causados pela ingestão de bebidas e pelo tabagismo. Mas os outros 70% são pacientes sadios organicamente que enfrentam dificuldade de ereção por motivos psicológicos. Os primeiros que podem apresentar o distúrbio por questões psicológicas são jovens em início de atividade sexual. A causa é a falta de experiência, somada a fatores que geram ansiedade, como insatisfação com o tamanho do pênis, baixa auto-estima, timidez, medo de falhar e de contrair aids. Em adultos, em geral pode se manifestar de início entre os 35 e os 40 anos, quando percebem que não são imortais nem infalíveis sexualmente. Outras causas freqüentes nessas pessoas são dificuldade para criar vínculos afetivos e fatores conjunturais como medo de perder o emprego, desemprego e problemas financeiros e familiares, que aumentam a ansiedade e o estresse. Causas que podem atingir homens de todas as idades são as diferenças de expectativas entre os parceiros e descompasso quanto à freqüência da atividade sexual. Acima dos 50 anos, a incidência do fenômeno aumenta não só em conseqüência do envelhecimento, como também pela maior freqüência de doenças vasculares, que levam à obstrução dos vasos sanguíneos. Por isso, aos poucos vai havendo uma inversão na incidência, ou seja, os problemas orgânicos passam a ser mais numerosos do que os emocionais como causa da disfunção erétil. O mecanismo é o seguinte: os fatores emocionais negativos levam a um aumento na produção de adrenalina pela glândula suprarenal, substância que favorece a contração dos vasos e, pois, dificulta a chegada de sangue suficiente para encher os corpos cavernosos do pênis e produzir e manter a ereção. Homens que se descubram com problemas de ereção devem avaliar se os pensamentos que precedem ou ocorrem durante as relações favorecem ou não a excitação. Preocupações com a rigidez peniana e o medo de falhar, por exemplo, não são estímulos eróticos e diminuem a excitação. Aqueles que não conseguem superar o problema sozinho devem consultar um urologista. O médico faz um histórico do fenômeno. Realizado o diagnóstico, ele indica o tratamento de acordo com preferência, tolerabilidade, eficácia e segurança de cada paciente. Os recursos da medicina para tratar a disfunção inclui remédios, injeções intracavernosas de drogas que agem nos vasos para facilitar a irrigação sanguínea, próteses penianas, restaurações vasculares e reposição hormonal, que são indicados de acordo com a causa da disfunção. A psicoterapia sexual, antes indicada só aos casos de origem emocional, hoje se estende também aos orgânicos. O ideal é que o casal faça o tratamento em conjunto, pois o problema sexual começa com um mas sempre atinge os dois companheiros. O psicólogo ou psiquiatra, com especialização em sexualidade humana, também traçará um histórico do paciente. O objetivo é descobrir os fatores emocionais que interferem em sua vida sexual, como o modo pelo qual se vê e sua visão do mundo e das relações amorosas. A psicoterapia sexual consiste em auxiliar o paciente - ou o casal - a criar circunstâncias favoráveis para relações sexuais relaxadas e desenvolver enredos mais criativos para a vida a dois.