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Portadores de botulismo precisam ser tratados com a máxima urgência

Redação Publicado em 13/11/2012, às 11h02 - Atualizado às 11h10

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O botulismo é uma doença infecciosa causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Em ambiente inóspito, que ameace sua sobrevivência ou reprodução, a bactéria se mantém em sua forma vegetativa de esporo, ou seja, fica como se estivesse “dormindo”. Quando as condições do ambiente tornam-se propícias, ela volta ao seu estado "ativo", produtor de toxinas, podendo, então, contaminar os alimentos.

Trata-se de uma doença de baixa ocorrência, mas que pode ser letal. Vale lembrar que a bactéria que causa o botulismo se reproduz em ambiente com baixa concentração de oxigênio. É encontrada no solo, em alimentos como palmito, milho e ervilha em lata, embutidos como mortadela, pescados crus, em geral embalados a vácuo, e nas fezes humanas e dos animais. A principal forma de contaminação são os alimentos preparados sem higiene.

Há um botulismo específico de bebês, que podem se contaminar ao ingerir esporos presentes nos alimentos, em especial no mel. Os esporos aproveitam a falta de defesa dos intestinos dos bebês para se desenvolver e liberar a toxina. A bactéria pode entrar nas pessoas também por ferimentos na pele.

Entre a ingestão da toxina e o surgimento dos sinais e sintomas, existe em média um intervalo de 12 a 36 horas. No organismo, a toxina liga-se às terminações nervosas e causa paralisia muscular. Os sintomas são paralisia facial e das pálpebras, perda de força nas pernas e nos braços e, nos casos mais graves, paralisia do diafragma, músculo que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal e é um dos responsáveis pela respiração. Há quem apresente também vômito e diarreia.

Se a doença não é tratada imediatamente, pode levar a pessoa à morte por sufocamento, porque ela perde a capacidade de respirar. Quanto maior a quantidade de toxina no organismo humano, mais grave o botulismo.

Para evitar a contaminação, é importante você verificar a origem dos produtos que vai consumir. Mas a medida mais eficaz é cozinhar os alimentos a 100 graus por 5 minutos, ou a 80 graus por 30 minutos antes de ingeri-los, para destruir as toxinas. Se você se ferir, de outro lado, deve lavar o local com água e sabão. Também é importante evitar oferecer mel para crianças com menos de 1 ano de idade. Pessoas com sintomas precisam consultar logo o serviço de emergência de um bom hospital, pois, como disse, o quadro pode se agravar rapidamente.

Portadores de botulismo recebem soro antitoxina botulínica. Recebem ainda suporte para o controle da pressão, da respiração e dos batimentos cardíacos. Nas situações mais graves, pode-se fazer lavagem intestinal e estomacal para livrá-los do produto infectado que ingeriram. 

Quando tudo isso é realizado rapidamente, pode-se curar o doente. Aqueles que demoram para ser atendidos às vezes sobrevivem, claro, mas têm maior risco de ficar com sequelas devido a parada cardíaca, paralisia dos músculos e até anóxia cerebral (quando falta oxigênio no sistema nervoso central e apresentam dificiência em algumas funções cerebrais). Mas podem diminuir os prejuízos com o uso de fisioterapia.

Felizmente, o botulismo não é transmitido de uma pessoa para outra. Mas aqueles que já o tiveram podem contraí-lo outras vezes ao longo da vida. Por isso, devem tomar cuidado para não ingerir alimentos contaminados.