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PING-PONG: Cibele Dorsa reavalia amizades...

Redação Publicado em 03/08/2008, às 09h14

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PING-PONG: Cibele Dorsa reavalia amizades... - Arquivo Caras
PING-PONG: Cibele Dorsa reavalia amizades... - Arquivo Caras
e estilo de vida. Quase dois meses após sofrer um grave acidente (/online/online_7017.htm), a atriz ainda sente dor e comemora as poucas vezes que consegue ficar sentada ou mexer os membros inferiores. Nesse momento, em que passa as 24 horas de seu dia dentro de casa, a moça reflete sobre o que passou e diz ter amadurecido com a tristeza. "Era uma mãe imatura, agora posso entender o que meus pais diziam. Não quero passar por isso com os meus filhos", desabafou a mãe de Fernando, de 11 anos, e Viviane, de 8. A experiência mais trágica da vida da modelo virou seu segundo livro, Balada É Uma Roubada, projeto que se amplia com a intenção de fazer um programa de TV para o público jovem. Aprendi que aquela moça que usava fraldas, vítima de um acidente de carro, era apenas um número, a paciente do 1101, muito diferente da mulher glamurosa que, em cima de um salto doze, roubava a cena nos eventos mais badalados da cidade. Foi assim que, entre uma injeção de morfina e outra, descobri que ser uma celebridade não me fazia sentir menos dor. (trecho de Balada É Uma Roubada, de Cibele Dorsa, ainda em produção). Por Patrícia MoraesComo tem se recuperado do acidente? Ainda sente dor? Sinto dor, mas estou muito feliz porque consegui me sentar há poucos dias pela primeira vez após o ocorrido. Meu joelho e minhas pernas estão voltando aos poucos. Estou muito contente. Na semana que vem, poderei começar a fazer a fisioterapia fora de casa. Atualmente, tenho um home care comigo, enfermeiras em tempo integral, e faço exercícios fisioterápicos duas vezes por dia em casa. Ainda não posso sair, mas o médico autorizou, pelo menos, seguir o tratamento em uma clínica. Não vejo a hora. O que faz para se distrair? Estou aproveitando que fico em casa o dia inteiro para pensar muito. É um momento de reflexão. Estou reavaliando a minha vida, as minhas companhias. Agora, dou valor às pessoas certas. Tinha uma visão deturpada antes do acidente. Estou vendo quem eram meus amigos de verdade e quem só colava em mim para conseguir entrar nas baladas, quem só estava perto para se dar bem. Não sei o que acontece, mas o sofrimento que tive e a tristeza que passei vendo meu amigo morrer, fizeram com que eu enxergasse tudo aquilo que meus pais alertavam. Eu já era mãe, mas era imatura. A maternidade aconteceu muito cedo para mim e só agora posso entender o que meus pais diziam. Não quero passar por isso com meus filhos. E isso mudou o diálogo com seus filhos? A Viviane é muito nova ainda. Mudei o jeito de educar o Fernando, que se assustou muito com tudo. Tenho sorte porque ele é uma criança adulta. Ele viu a mãe dele se dar mal e isso, queira ou não, deixa as coisas mais claras. Converso muito com ele sobre drogas e álcool. Mas ele vai ter uma criação muito diferente da minha. Eu fui muito presa quando jovem e, quando é assim, a gente quer provar de tudo, experimentar tudo ao máximo. Acho que a educação do Fê será mais fácil porque eu vou sacar coisas que uma mãe mais velha não sacaria: as más companhias, drogas. Vou poder falar de igual para igual. Ele já sabe que sexo seguro é com camisinha e que as coisas tem que ter equilíbrio. As drogas são sensações de mentira, quem se droga tem uma sensação ilusória. Quando se usa "êxtase", aquela sensação de amor, aquela coisa carnal, é tudo ilusão. No dia seguinte, você volta ao normal. Eu falo isso para ele. Você está escrevendo o livro Balada É Uma Roubada sobre isso. Como busca as informações? Eu estou escrevendo com base no que senti, no que passei. Mas também estou fazendo pesquisa sobre o consumo de drogas nas boates. Descobri que, após a Lei Seca, muita gente parou de beber, mas passou a tomar drogas pesadas. Principalmente em boates gays, o consumo de comprimidos, que você usa e passa a noite toda bebendo água, aumentou. O bafômetro não pega isso. Quero mostrar que essa vida de balada não vale a pena. É mais legal sair menos e curtir uma noite agradável, do que sair toda hora, dar pinta em todos os lugares. Você acha que poderia ter ficado em casa no dia do acidente? Claro. Depois que posei para a Playboy, recebi muitos convites de trabalho e aceitava todos. Até meu filho falava pra eu ficar mais em casa, chegar mais cedo. Até parei de escrever o meu livro Mulheres no Bolso. Por causa de tantos eventos, não dava tempo. A gente perde muito, se expõe muito indo em todos os lugares. Pretende retomar o livro Mulheres no Bolso? Agora não. É um texto com muita sátira, bom humor e não estou com cabeça para isso agora. Mais para frente, quem sabe? Você está com um novo projeto, de um programa de TV. Como será? Estou fechando esse projeto. Sempre quis fazer um programa de variedades, mas agora penso em algo para jovens. O nome pode ser Stay in Home (Fique em Casa). Quero abordar a discussão sobre como é bom ficar em casa, curtir o sossego. Badalar é bacana, mas com moderação. O programa poderá ter música, cobertura de festas e uma espécie de ranking com os lugares onde rola droga e não é legal freqüentar. Leia mais sobre Cibele Dorsa