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Pedro Bandeira: dos livros à tela do cinema em breve

Uma de suas obras, O Fantástico Mistério de Feiurinha, é fonte de inspiração para novo filme de Xuxa

Redação Publicado em 26/10/2009, às 15h04 - Atualizado em 28/10/2009, às 13h30

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O escritor Pedro Bandeira apresenta a sua agradável casa, localizada em meio à Mata Atlântica. - ADILSON FÉLIX
O escritor Pedro Bandeira apresenta a sua agradável casa, localizada em meio à Mata Atlântica. - ADILSON FÉLIX
São 26 anos dedicados à literatura infanto-juvenil e 77 títulos publicados para esse público. Em cada um deles, o paulista Pedro Bandeira (67) transmite toda a sua emoção e paixão pela literatura de forma encantadora. "Tenho a impressão de que a pessoa que não lê fica com o vocabulário pequeno, mas isso é menos importante. Ela fica com as emoções pequenas. Você só amadurece se for alimentado pela arte", afirma o simpático escritor, mostrando a importância da leitura durante o crescimento. Ele, que há dez anos mora com a mulher, a professora Lia Bandeira (67), em uma chácara em São Roque, interior de SP, é autor de O Fantástico Mistério de Feiurinha, livro que já vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares e deu origem ao novo filme de Xuxa Meneghel (46), Xuxa em O Mistério de Feiurinha. Ali, o pai de Rodrigo (38) e dos gêmeos Marcelo e Maurício (35), que lhe deram os netos Beatriz (9) e Érico (1); Júlia (6) e Melissa (11); e Michelle (10), respectivamente, recebeu CARAS com exclusividade. No longa, que estreia dia 25 de dezembro em circuito nacional e em janeiro, em Angola, a apresentadora vive uma versão 25 anos mais velha de Cinderela, a personagem dos Irmãos Grimm, e sua filha, Sasha (11), estreia como atriz como a princesa que dá título à produção. "Dei toda a liberdade para a criação do filme; sei que é um trabalho totalmente diferente de um livro. Se me envolvesse, daria palpites e não ajudaria. Mas claro que gostaria que não 'deturpassem' muito a minha história", brinca Pedro. - Que tipo de história acha que encanta crianças e adolescentes hoje? - As que têm personagens com a idade deles que resolvem problemas a partir de seus esforços. - O foco dos livros infantis mudou em relação a, por exemplo, a época de sua infância? - Não. O que o jovem quer é se ver na história. Muitos perguntam se a tecnologia muda a literatura. Não. O que está nos livros não é tecnologia, mas a emoção humana. Em Feiurinha, por exemplo, criado antes do advento do computador, o personagem do escritor usa máquina de escrever. Mantive isso na reedição. O importante é o que conto: histórias de fadas. - No livro, você brinca sobre o fato de os contos de fadas serem eternizados pelo hábito da leitura. Acredita que eles ainda serão lembrados por outras gerações? - Claro. Por que a peça Romeu e Julieta continua viva? Porque segue sendo lida ao longo das gerações. O importante da literatura é quem a lê, não quem a faz. Se não tivesse leitores, eu não seria ninguém. - Como foi o contato com a Xuxa para a produção? - Foi bonitinho. Sasha leu meu livro adotado na escola e gostou. Disse à mãe, que leu e viu ali uma boa chance de viver a Cinderela. - Como imagina que será a atuação de Sasha no longa? - Sua timidez e recato se encaixam no papel. E Sashinha é uma criança de conto de fadas. Uma princesinha de verdade, mas não uma princesinha mimada. - Você acredita em princesas? - Acredito em princesas de contos de fadas. Se não acreditasse, não escreveria e não teria esperança. E escrever é a arte de praticar a esperança a cada dia.