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Parece estranho, mas estudantes universitários de vários cursos, do latim cursus...

...trajeto, a distância são mais bem avaliados ao final da formação do que aqueles que tiveram o privilégio, do latim privilegium, junção de privus, privado, e lex, lei, de assistir às aulas todos os dias.

Deonísio da Silva Publicado em 23/06/2008, às 10h33

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Deonísio da Silva
Deonísio da Silva
Ambiente: do latim ambiente, ambiente, palavra formada a partir de ambire, rodear, envolver. Os dicionários dizem que o ambiente, quase sempre designado por meio ambiente, é a natureza que nos envolve, incluindo o ar que respiramos e tudo que nos cerca. O ambiente é físico, social, familiar. O físico inclui o ar, o solo, o clima. Entre os grandes problemas da humanidade hoje estão os descuidos com o meio ambiente, sobretudo com o lixo urbano, o mau cheiro que infesta as cidades, a derrubada das florestas e o aquecimento global. Foi-se o tempo em que a água lavava tudo - "a água lava, lava, lava, lava tudo/ só não lava a língua dessa gente", diz antiga canção. Hoje muitas águas de rios, de mares, de lagoas estão sujas, poluídas. E lavar com elas é sujar ainda mais. Marina Silva (50) deixou o Ministério do Meio Ambiente inconformada com pressões de magnatas do agronegócio, que, se não forem contidos, plantarão soja até nos Andes, segundo a verve de seu substituto no cargo, o ex-guerrilheiro Carlos Minc (56). No Brasil não falta água doce, mas dá trabalho trazê-la para o consumo, pois as grandes reservas estão debaixo da terra e não nos rios, como é o caso do Aqüífero Guarani, reserva subterrânea de 1,19 milhão de quilômetros quadrados, situado no subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estendendo-se pelo Uruguai, Paraguai e Argentina. O Aqüífero Guarani tem suas águas protegidas por uma camada de rocha basáltica. Ele pode fornecer 43 trilhões de metros cúbicos de água por ano, o suficiente para abastecer de forma sustentável uma população de 500 milhões de habitantes, segundo informa a 34ª edição do Almanaque Abril. Mas há quem pense que cachaça é água, segundo diz marchinha carnavalesca de 1953, de Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro, Heber Lobato e Marinósio Filho: "Você pensa que cachaça é água/ Cachaça não é água não/ Cachaça vem do alambique/ E água vem do ribeirão./ Pode me faltar tudo na vida/ Arroz, feijão e pão/ Pode me faltar manteiga/ E tudo mais não faz falta não/ Pode me faltar o amor/ Disto até acho graça/ Só não quero que me falte/ A danada da cachaça". Curso: do latim cursus, corrida, carreira - a pé, a cavalo, de carro, de navio. Veio a designar trajeto, viagem, vôo, caminhada e duração. Neste último sentido, designa o período em que um aluno fica na escola: curso primário, curso secundário, curso superior, curso de pós-graduação. Alguns cursos superiores podem ser feitos a distância, sem que o aluno vá à universidade, a não ser para poucas aulas presenciais e para algumas provas. Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta a Distância de 2008, estudam dessa maneira 2504483 alunos. O crescimento, de 2004 a 2007, foi de 213,8%. São oferecidos cerca de 350 cursos por 257 instituições credenciadas. Alunos do Ensino a Distância dos cursos de Ciências Sociais, Turismo, Pedagogia, Formação de Professores (Curso Normal Superior), Física e Administração tiveram melhor desempenho nas provas do que os colegas que assistiam às aulas, de acordo com estudo de Dilvo Ristoff (57), do Ministério da Educação e Cultura. Curso é também pequeno rio, curso d'água. Eucalipto: do grego eú, bem, bom, e kalyptós, coberto, do verbo kalýptein, ocultar, cobrir, pelo latim eucalyptus. Designa árvore originária da Austrália. É plantada em lugares onde as matas foram derrubadas, como forma de reflorestamento. Privilégio: do latim privilegium, formado a partir de privus, privado, e lex, lei. No sentido literal, designa vantagem de uma lei privatizada, isto é, que vale apenas para quem dela usufrui. Com poucas exceções, nas três últimas décadas, esse era o caso dos cursos universitários: o vestibular poderia ser o Imposto de Renda dos pais, caso não sonegassem a declaração de rendimentos. Mas esses pais tinham estudado em escolas públicas de qualidade, freqüentadas também por filhos dos mais pobres. Tendo piorado a qualidade no ensino fundamental e médio, a burguesia passou a preparar seus filhos em escolas privadas. O curso superior público tornou-se, assim, privilégio das classes dominantes. As quotas universitárias e o ensino a distância buscaram corrigir o desvio de finalidade, pois, paradoxalmente, os filhos dos ricos vinham estudando nas universidades públicas e os dos pobres nas universidades privadas.