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Parceria afinada de Paulo, Orã, Deborah e Julia em espetáculo

Antes de entrar em cena com Deus da carnificina, uma comédia sem juízo, quarteto compartilha experiências e reforça laços

Redação Publicado em 20/04/2011, às 11h16 - Atualizado em 21/04/2011, às 01h22

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No camarim, Paulo Betti e Orã Figueiredo colocam papo em dia antes da préestreia em SP. - FOTOS: renaTa d'almeida
No camarim, Paulo Betti e Orã Figueiredo colocam papo em dia antes da préestreia em SP. - FOTOS: renaTa d'almeida
Durante seis meses, Paulo Betti (58), Orã Figueiredo (45), Deborah Evelyn (45) e Julia Lemmertz (48) encantaram o público carioca com o espetáculo Deus da Carnificina, Uma Comédia Sem Juízo. Em cenas que mesclam humor e ironia, os atores chegam à capital paulista em grande estilo e prometem repetir o sucesso da história que narra os meandros de uma discussão entre dois casais motivada por uma briga entre seus filhos. Na pré-estreia, o quarteto mostrou o segredo do êxito do espetáculo: afinidade, concentração e paixão pelo ato de encenar. "Essa peça dá um soco no estômago. Hoje, me arrepiei em diversas falas do meu personagem. Por exemplo, quando falei sobre as crianças do Congo, me recordei do assassinato dos estudantes no Rio de Janeiro. O que aconteceu lá foi uma carnificina, assim como diz o título da peça", atesta Paulo - intérprete de Alan Reis e que ainda mostra seu talento na televisão no seriado global Lara com Z, estrelado por Susana Vieira (68) -, referindo-se à tragédia na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Par de Paulo na peça, Julia dá vida a Annette. "Levamos para o palco o retrato da sociedade. A violência é inerente ao ser humano, todo mundo aprende a ser socialmente aceitável, mas a natureza é selvagem", acredita a atriz, casada com o também ator Alexandre Borges (45), com quem tem Miguel (11), e mãe de Luiza (22), de relação anterior. "Foi uma loucura fazer Araguaia e a peça ao mesmo tempo. Agora, com o fim da novela, só estou no teatro e será como férias para mim", emenda a gaúcha, citando a trama de Walther Negrão (69). Radicada com o clã na Cidade Maravilhosa, Julia combate a saudade levando consigo fotos da família e um recadinho do marido, com os dizeres: "Amor, muito sucesso e todo meu amor." Mãe de Luiza (18), da união com o diretor Dennis Carvalho (61), Deborah recebeu ajuda da colega de cena para finalizar o make, no camarim, e comparou sua personagem, Verônica, à realidade. "Nunca passei por situação semelhante por causa da minha filha", diz a atriz, que se divide entre os palcos e as gravações de Insensato Coração. "Vai ser uma loucura. De segunda à quinta gravo e de sexta a domingo apresento a peça. Não sobra nenhum dia livre, mas são fases", destaca. "São Paulo tem um peso forte no teatro. O público paulista é bem formado", diz Orã, que enfatiza um dos pontos fortes do elenco, a amizade. "Temos uma admiração mútua, todos são amigos. Eu e Paulo até viajamos para Nova York, no ano passado", completa o ator carioca, apreciando seu charuto. Dirigida por Emílio de Mello (45), a produção tem texto original da francesa Yasmina Reza (51). "Já tinha trabalhado com Deborah e Paulo. Os atores são fantásticos, companheiros e generosos. É extremamente gratificante trabalhar com eles", elogia o diretor, orgulhoso. O sucesso da narrativa rendeu uma adaptação para o cinema com direção do talentoso e polêmico Roman Polanski (77). No elenco estão as estrelas de Hollywood Kate Winslet (35), Jodie Foster (47) e Matt Damon (40). A previsão é que o longa seja lançado em 2012. Se no palco o elenco foi o destaque, na plateia um grupo de deficientes auditivos e visuais deixou a sessão mais democrática, com ajuda de fones para o detalhamento das cenas e de legendas em monitores. "Foi maravilhoso vê-los prestigiando a peça. Me fez prestar ainda mais atenção ao meu trabalho", finaliza Paulo.