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Para manter-se vivo, o amor requer zelo e atenção mútua dos parceiros

Redação Publicado em 06/12/2011, às 10h26 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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A manutenção de uma união — e do amor que a justifica — é trabalho de formiguinha. Requer esforço. Depende do exercício da boa vontade. Necessita de diligência. Um casamento alimenta-se da renovação da escolha amorosa a cada dia, de forma consciente. Quando um casal adentra seu projeto compartilhado com uma atitude assim caracterizada, grandes são as chances de sucesso. Quando, diferentemente, o casal “deixa rolar”, não dá outra: a união rapidamente perde o viço e o amor acaba atrofiando.

Para ser sadio, um organismo precisa de cuidados: alimento criteriosamente escolhido, higiene, exercícios físicos adequados à realidade de cada pessoa, consultas regulares aos profissionais de saúde e assim por diante. Para crescer e ficar bonita, uma planta precisa de terreno fértil, de rega e de luz. Um edifício se deteriora, caso não receba manutenção, limpeza, restaurações. Com o casamento acontece algo análogo: assim como o corpo, a planta e a casa, ele requer zelo, medidas profiláticas, nutrição, fertilidade, renovação, luz. Boa notícia, pois tudo isso está ao alcance de qualquer casal. As habilidades requeridas são inerentes à condição humana, bastando que sejam acessadas. A rigor, não há má notícia — exceto, é claro, se os envolvidos se entregarem ao desdém, ao descaso, à negligência, ou simplesmente “deixarem rolar”. Caso sigam esse caminho, talvez tenham se distanciado de sua condição humana. Ou é possível que estejam infantilizados, acreditando que haverá sempre quem resolva tudo por eles, o que os dispensaria de qualquer trabalho.

Cuidar de um relacionamento começa com o “bom dia” e alinhava-se com o “boa noite”. Entre os dois, requer um olhar altruísta, sem desatenção às necessidades egocêntricas, pois também são legítimas. É importante que um queira saber como transcorreu a entrevista do outro para um novo emprego, que se interesse por saber qual foi o desenlace de certa negociação difícil no escritório.

Ouvir é relevante. Ouvir é um ato de amor. Indica que as coisas ditas pelo outro importam, têm qualidade, são motivos de orgulho e admiração. Também é essencial garantir que não faltem momentos de intimidade (o que inclui a sensualidade e a sexualidade, mas também o compartilhamento de questões subjetivas). Muitas vezes as coisas rotineiras parecem querer engolir o casal. Cabe a cada um a responsabilidade de, a um só tempo, dar atenção às rotinas e colocá-las em seu devido lugar, com um senso de medida e de limites. Experiências íntimas não podem faltar, sob pena de se perder a alma do casal. Um telefonema no meio do dia, um e-mail, uma mensagem de texto, qualquer coisa assim pode fazer diferença. Não a comunicação protocolar (relógio de ponto), mas a manifestação de carinho, cuidado, o importar-se com o outro.

Por algum tempo, pode ser que esses expedientes requeiram algum esforço. Consciente, entenda-se bem. Talvez sejam percebidos como trabalhosos, o que de fato são. Mas é também verdade que, com o tempo, trazem resultados tão bons, promovem tanta satisfação e envolvem tanto prazer que facilmente se incorporarão ao modo habitual de conduzir a relação.

O cuidado, enfim, talvez seja a melhor prova de que, na relação, amor e amizade podem conviver. O amor mantém as coisas aquecidas. A amizade garante que não falte o combustível para que a luz do amor permaneça acesa.