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O TRIUNFO DE PAULO SZOT NOS EUA

AO VENCER O PRÊMIO TONY, BRASILEIRO É FELICITADO POR LIZA MINNELLI

Redação Publicado em 20/06/2008, às 17h48

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A atriz americana entrega o troféu de Melhor Ator em Musical para Szot por South Pacific, na cerimônia realizada no Radio City Music Hall, em Nova York, no domingo, 15. - AFP e Reuters
A atriz americana entrega o troféu de Melhor Ator em Musical para Szot por South Pacific, na cerimônia realizada no Radio City Music Hall, em Nova York, no domingo, 15. - AFP e Reuters
por Márcia Gimenez Na grande noite do teatro dos Estados Unidos, um brasileiro fez a festa. Por sua performance no espetáculo South Pacific, o barítono Paulo Szot (38) venceu como Melhor Ator em Musical, na entrega da 62a edição dos prêmios Tony, no domingo, 15. O troféu recebido da estrela Liza Minnelli (62) coroa uma carreira em franca ascensão na Broadway. O sucesso de agora só faz brilhar ainda mais um artista que, em 11 anos de carreira profissional como cantor lírico, já havia conquistado fama e respeito em vários palcos ao redor do mundo por seu talento ímpar. Szot estreou no ultracompetitivo mundo dos musicais americanos neste ano. Após se destacar em várias óperas na terra de Tio Sam, recebeu o convite para participar dos testes para o personagem principal da remontagem do clássico de Richard Rodgers (1902-1979) e Oscar Hammerstein II (1895-1960). Não só conseguiu o papel como, desde a estréia do espetáculo, em abril, no Vivian Beaumont Theater, no Lincoln Center, em Nova York, virou unanimidade da crítica. Para triunfar, o paulista venceu desconfianças dos que não acreditavam que um cantor de formação lírica - e ainda por cima estrangeiro - pudesse dar conta do recado, como também ignorou o desdém dos que consideravam que ele estava trocando o 'bel canto' pela música popular. Logo mostrou que tem fôlego para suportar o ritmo intenso de trabalho - são oito apresentações por semana - além de técnica e carisma de sobra como ator e cantor. Quando subiu ao palco do Radio City Music Hall para receber seu troféu, Szot agradeceu ao elenco, aos amigos e à família. Em seguida, em português, dedicou o prêmio aos artistas brasileiros, "especialmente àqueles que lutam por reconhecimento nacional e internacional", e desejou feliz aniversário para a mãe, Dirce, que vive em SP. Szot também viu seu espetáculo se sagrar o grande vitorioso da noite. South Pacific levou 7 das 11 categorias a que estava indicado, vencendo com o Melhor Remontagem, Direção, Cenografia, Figurino, Iluminação e Som. Prova de que o romance entre um fazendeiro francês (Szot) e uma enfermeira americana (Kelli O'Hara), passado durante a Segunda Guerra Mundial na Polinésia, realmente conquistou os corações americanos, tanto quanto a versão original da peça, encenada nos anos 1950, havia conquistado. Com transmissão para todos os EUA pelo canal de TV CBS, a festa do Tony teve Whoopi Goldberg (52) como mestre-de-cerimônias. Várias celebridades dos palcos e das telas apresentaram prêmios, como Glenn Close (61), Marisa Tomei (43), Daniel Radcliffe (17), John Lithgow (62) e Alec Baldwin (50). Performances ao vivo de vários espetáculos em cartaz, tanto os que concorriam a prêmios como outros sucessos, como The Lion King e Rent, tornaram a noite ainda mais bonita. Após a cerimônia, Paulo Szot posou ao lado dos outros vencedores, Patti LuPone (59), Melhor Atriz em Musical, por Gypsy, Deanna Dunagan (68), Melhor Atriz em Peça, por August: Osage County, e Mark Rylance (48), Melhor Ator em Peça, por Boeing- Boeing. Esbanjando felicidade, o brasileiro comentou: "Esta é uma coisa que nunca poderia imaginar que aconteceria comigo. É meu primeiro musical na Broadway, minha primeira experiência no teatro americano e essa surpresa é devastadora, no sentido positivo. Sinto muito orgulho de trazer o nome do meu país para os palcos americanos e para a história dos prêmios Tony".