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O que os parceiros precisam fazer para superar a inevitável solidão

Solange Maria Rosset Publicado em 04/12/2007, às 17h26

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Solange Maria Rosset
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A relação conjugal é aquela em que as pessoas depositam as maiores esperanças. Por isso, talvez seja nela que mais se sentem solitárias. Se o casal estiver bem, a solidão será mais suave e mais administrável. Mas, se estiver mal, em vez de compreender que se trata de um problema individual, inevitável, o solitário vai culpar o parceiro ou a relação pela situação. Por todas as dificuldades que podem ocorrer, pelas mágoas e distanciamentos, um dos parceiros vai se fechando, sentindo-se solitário e acaba deixando o outro igualmente sozinho e solitário. Especialistas acreditam que, sob alguns ângulos, a solidão do homem parece mais árida do que a da mulher, devido à maternidade. É comum ela erguer uma parede em torno da relação com o filho e deixar o companheiro de fora. Ele se sente isolado dentro da própria casa e não participa do que ocorre à sua volta. Diante disso, existe o perigo até de a relação naufragar. O principal motivo para a mulher se sentir sozinha, de outro lado, é o fato de não ter suas ações e seus sentimentos compreendidos pelo parceiro. A solidão aparece ainda pela impossibilidade de compartilharem tudo; porque, sem razão aparente, existem determinados momentos nos quais a solidão dói mesmo; pelo fato de que há dores da alma e do coração que não podem ser explicadas; e, enfim, porque a frieza, a incompreensão e o desinteresse vindos de quem está perto doem mais. Se os parceiros têm consciência de que, mesmo estando juntos, a solidão é inevitável, podem se organizar e desenvolver antídotos para tais situações. Sentir-se compreendido pelo par traz bem-estar e alivia a solidão. Para isso, pequenos comportamentos são fundamentais, como ouvir sempre o que o outro diz, interessar-se pelos assuntos de que gosta e prestar atenção na forma como se expressa. Aprender a participar da dor, da "loucura" e da ansiedade do outro sem entrar na mesma angústia também ajuda bastante. Ter certeza de que se pode "soltar o corpo" que se será amparado pelo outro alivia a solidão e outros pesos do dia-a-dia. É fundamental, ainda, se esforçarem para que os sonhos pessoais tenham espaço na vida conjunta de forma a manter e desenvolver a esperança, o desejo de mudanças, os alvos fantasiados. Isso faz diferença na forma de lidar com a solidão e possibilita que os projetos comuns do casal não impeçam os pessoais. Se os parceiros se organizarem para ter rotinas e lazer que atinjam o que um e outro preferem vão desenvolver atividades que dão prazer a ambos. Nesse caso, se algum deles tiver de abrir mão de algum desejo não será desestimulante, pois saberá que em outro momento o seu foco será privilegiado. Saber que há coisas que não podem ser compartilhadas é um dos elementos que fortalecem a relação e evita que queiram conhecer tudo que o outro sente e pensa. Nem sempre as pessoas têm consciência do que estão sentindo, ou do que desencadeia determinado sentimento. Se souberem disso, cada uma delas poderá mergulhar na sua dor e solidão sem a preocupação de se justificar para o parceiro ou a parceira. Dar colo ao outro quando sofre de solidão sem fazer perguntas e sabendo que quando se sentir solitário também será acolhido, enfim, pode melhorar a relação e possibilitar que cada pessoa se permita sentir e viver suas emoções sem autocríticas nem exigências.