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‘O Pará está na moda’, diz Gaby Amarantos

Talentosa – e com total consciência disso – Gaby Amarantos se diz a porta-voz da periferia e se afirma no cenário da música nacional com uma de suas canções na abertura da novela ‘Cheias de Charme’

Redação Publicado em 30/05/2012, às 15h49 - Atualizado às 19h45

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Gaby Amarantos - Dudu Maroja/ Divulgação
Gaby Amarantos - Dudu Maroja/ Divulgação

Há 18 anos na estrada, Gabriela Amaral dos Santos foi apresentada em rede nacional durante uma aparição no Domingão do Faustão em 2010, quando era chamada de “Beyoncé do Pará”. Hoje, conhecida por seu próprio nome artístico, Gaby Amarantos (33) levou o refrão de uma de suas músicas para a boca de muitos brasileiros.

A música em questão é Ex Mai Love, que está na abertura da novela Cheias de Charme. “É aonde todo artista quer chegar, afinal, é uma música que vai tocar todos os dias na casa das pessoas. Estou muito feliz, uma coisa que não acontece há muito tempo, de a própria Globo apostar num artista novo”, disse a cantora à CARAS Online.

Confira o bate-papo com Gaby:

- Como você está se sentindo por se tornar uma cantora de sucesso nacional?
Esse momento novo está sendo bem especial porque estamos começando a colher os frutos de 18 anos na estrada. Agora que as pessoas estão começando a entender o trabalho que está trazendo essa nova música paraense. É uma proposta muito nova e as pessoas estão com sede de novidades.

- Como você define sua música?
Além do tecnobrega, misturo sonoridades caribenhas, kuduro, cumbia, carimbó. Quando as pessoas ouvem, elas percebem. Meu negócio é música, gosto de misturar, gosto de trazer novidades.

- Como você começou a sua carreira de cantora?
Eu cantava na igreja católica, numa espécie de banda. Cantava nas missas, e eu era muito animada. Depois, comecei a me apresentar em barzinhos,  e festivais. Cantava de tudo, mas sempre preferi tocar músicas mais populares, canções de Sidney Magal e Reginaldo Rossi. Daí, parti para o trabalho com bandas, e, depois para a carreira solo.

- Qual é o seu público?
Fico superlisonjeada de ter um grande público gay, não viro as costas pra nenhum tipo de público. Também tenho fãs crianças – que querem ver meu brinco acender –, uma galera moderninha, roqueiros, fãs de banda de heavy metal, família, gente mais velha... Fico orgulhosa de agradar a todos esses públicos. Minha música toca em todo lugar, isso é maravilhoso.

- A que você atribui o seu sucesso?
A música na novela e a divulgação na internet ajudam muito. Estamos muito felizes de ter coragem de ir contra a maré. Nosso diferencial é mostrar coisa nova e temos uma aceitação gigantesca, mas por conta da identidade visual, da proposta musical, do fato de eu estar desmistificando essa cultura para as pessoas. Vou agarrando as pessoas aos poucos e vou trazendo. Vale ressaltar que sou uma artista multifacetada, sem falsa modéstia. Tenho consciência da minha qualidade musical, expressiva, performática. Não têm do que falar.

- Você costuma ter um visual extravagante no seu dia a dia ou somente nos palcos?
Mesmo que eu esteja de jeans e camiseta, vou estar com um acessório chamativo. É a minha verdade, minha personalidade, que está muito ligada à música que eu faço. É uma proposta nova e não tenho medo de errar. E isso atrai os fashionistas, também. Estilistas como André Lima, Ronaldo Fraga e Walério Araújo costuram pra mim. Além deles, gosto de revelar novos talentos, jovens que estão começando na moda. Assim como ajudo artistas do Pará, cantando suas composições, também gosto de divulgar novos talentos na moda, usando as roupas que eles fazem.

- O que você acha da personagem Chayene (Claudia Abreu, 41), de Cheias de Charme?
O estilo foi inspirado em mim, mas ela é um over necessário. Falei com a Claudia e as outras meninas do elenco antes de a novela estrear. A equipe veio fazer uma imersão comigo, 10 pessoas vieram pra Belém, ficaram fotografando meus figurinos, conversando. Um dia, eu os levei a uma festa de música tecnobrega. Daí, eles me chamaram para cantar em um  workshop no Projac, onde estava todo o elenco da novela. Mas, além de cantar, eu tive uma conversa com os atores. Foi muito legal!

- Como anda sua rotina?
Minha agenda está muito louca. É aeroporto, hotel, viagem, trabalho, entrevista, show, ensaio musical e para a Dança dos Famosos. Mas eu estou adorando, porque sou uma operária da música, eu amo trabalhar com isso. Queria tanto ter meu dia cheio! Sempre quis isso e estou conseguindo. As vitórias estão começando. Pra quem mora no norte, é tudo mais difícil, mas conseguimos fazer as pessoas enxergarem o Pará. O Calypso abriu caminho pra gente. O Pará está na moda. Sempre lutei por essa cultura e sabia que isso ia acontecer. Tudo deu tão certo, aconteceu na hora certa. Quero ser porta-voz da periferia. Estou feliz de poder representar esse povo.

- Tem tempo de namorar?
Sou solteiríssima, mas é claro que arrumo um tempo pra ficar aqui e ali.