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O EXEMPLO DA BELA SCHEILA CARVALHO

A APRESENTADORA GARANTE: "MEU FILHO FOI UMA MENSAGEM DE DEUS PARA NÓS"

Redação Publicado em 29/01/2008, às 16h21

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O EXEMPLO DA BELA SCHEILA CARVALHO - Inácio Teixeira/Coperphoto
O EXEMPLO DA BELA SCHEILA CARVALHO - Inácio Teixeira/Coperphoto
por Valdemir Santana A apresentadora Scheila Carvalho (34) chorou e se recolheu, sentindo a perda do filhinho Brian, que morreu quando completaria dois meses de nascido. Mas agora se esforça para voltar à rotina, sorrir e trabalhar normalmente. Faz ginástica todos os dias, conversa muito com o marido, o cantor Tony Salles (26), e com sua equipe de trabalho, e principalmente mantém no rosto um ar iluminado, aparentando estar em paz. "É bom mostrar o que acontece comigo, porque mostra como sou. Li muito sobre estas questões e aprendi a lidar com a morte de entes queridos falando de uma maneira positiva, procurando reforçar sua alma", ensina. A ex-dançarina do grupo É o Tchan! e atual apresentadora do programa BomD+ na TV Itapoan, de Salvador, recebeu a equipe da revista CARAS na segunda, 28, em sua casa em Lauro de Freitas, perto da capital baiana. Segundo ela, o relato do drama que viveu - tanto em seu próprio blog como na imprensa - tem um lado positivo, porque a aproxima das pessoas. "Recebi mensagens de muitas mães que também sofreram e sofrem. São trocas de experiências que fazem bem, ensinam a lidar com a dor", avalia. - Hoje você fala do Brian de maneira positiva, lembrando de momentos alegres. É uma estratégia para esquecer a dor ? - Aprendi muito com o Brian. Sinto que ele foi como uma mensagem de Deus, que veio me trazer uma nova maneira de olhar a vida. Penso nele como um anjinho que esteve entre nós. - Essa postura tão serena vem dos ensinamentos do espiritismo? - Sim, desde muito jovem, em Juiz de Fora, Minas, onde nasci, me interessei pelo espiritismo. É uma orientação familiar, fui criada assim e me sinto bem com este comportamento. Sempre me disseram que sou uma pessoa sensitiva em alto grau. Após a morte de meu pai, em 1996, tive uma experiência que me marcou. Foi durante meu aniversário, logo após meu pai falecer. Todo mundo ficou lamentando por ele não estar conosco. À noite sonhei com ele, me mostrando que não estava distante e que me observava. É o que sinto com Brian: ele me olha de outro lugar, sempre acompanhando tudo. - Por que divulgar o que lhe aconteceu? - Tenho falado muito sobre o Brian e acho isso positivo, porque estou me mostrando como sou. É desta maneira que vejo a vida e me comporto. Não estou fazendo isso para me aproveitar do que aconteceu com meu filhinho. É algo que acompanha minha vida, mostra como sou. Leio muito, e procuro tirar lições do que aprendo com isso, e também com o que vivo. - Que tipo de retorno teve ao relatar a convivência com o Brian? - Foram experiências muito positivas. Quase não dava conta de ler tantas mensagens... Mas eram coisas muito sensíveis, relatos de mães que sofrem com a perda do filho e que podem ter outra visão deste sofrimento. São trocas de experiências que fazem bem, ensinam a lidar com a dor. Após ler minhas mensagens e ver a notícia na imprensa, as pessoas escreveram solidárias, contaram experiências próprias e disseram que ficavam confortadas com o que contei. Acho muito importante divulgar, falar sobre isto, porque é uma realidade. Sou assim, não finjo. Falo e demonstro o que sinto, e vejo que com isso faço bem aos outros. - O que marcou no convívio com o Brian? - O olhar dele, aqueles olhos enormes, me olhando sempre. Foi incrível. Sabia que existia uma relação muito especial entre nós dois e ele estava ali com uma mensagem para mim. Não conseguia desgrudar daquele olhar, e às vezes até brincava com as enfermeiras. Dizia "olha como ele está me observando". Todo mundo ria e ele também parecia rir, embora tão pequeno. - Ficava muito emocionada? - Muito. Lembro do dia em que pude pegá-lo para dar o banho, o primeiro banho. Estava muito apreensiva. As enfermeiras diziam que ele chorava muito e então eu pedi, brincando, conversando com meu bebê, para ele não chorar. Peguei-o para dar o banho e ele não chorou. Ficou me observando, e eu cheia de emoção dando o banho. - E o seu marido, Tony, como reagiu? - Curtimos juntos a convivência com o nosso filhinho. Tony sempre que podia estava junto. Ele viajava, fazia shows e quando chegava em casa ia dizendo que queria ficar junto do Brian. Também queria curtir o nosso filhinho. Agora ele me conforta e me dá todo o apoio. - Sua mãe, dona Eunice, está lhe fazendo companhia? - Sim, minha mãe veio de Juiz de Fora. Estamos todos juntos: meu irmão Wagner, a mulher dele, Simone, e meus sobrinhos, Diogo e Luana. Em abril nasce minha sobrinha Mariana e já estou ansiosa, cheia de felicidade pela alegria que ela vai nos trazer. - Já está pronta para reassumir o trabalho como apresentadora? - Claro, não podemos nos descuidar. Tenho reunião com a equipe para tratar do retorno. - Pensa em ter outro filho? - Sim, claro, mas não agora. Antes de tudo, tenho que ver minhas condições físicas. Depois preciso tratar do trabalho. Vamos pensar em um novo filho após o carnaval de 2009. - Ele se chamará Brian, como divulgado? - É uma idéia, mas temos de ver as questões jurídicas e com o cartório, se podemos usar duas vezes o mesmo nome. Se pudermos, será uma bela homenagem ao bebê, com certeza.