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NO RITMO DE ALCIONE

QUINZE QUILOS MAIS MAGRA, A CANTORA VENCE SEUS DRAMAS COM BOM HUMOR E FÉ

Redação Publicado em 12/09/2007, às 14h19

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NO RITMO DE ALCIONE
NO RITMO DE ALCIONE
Do samba rasgado às canções de dor-de-cotovelo, Alcione Nazareth (59) há 35 anos encanta o público com o seu vozeirão intenso. O que muitos fãs não sabem é que esta mesma intensidade permeia as formas de sentir e de amar da cantora, que acaba de lançar o CD De Tudo Que Eu Gosto, com repertório eclético e participações especiais de Gilberto Gil (65), Mart'Nália (42) e Marcelo Falcão (34). "Quando me apaixono, me entrego por inteiro, não é um sentimento mais ou menos. Já tive grandes amores e quero outros" atesta ela, sem receio de admitir que está de coração aberto. "Chegará um amor novo a qualquer momento. Não o conheço, mas sinto que vamos nos cruzar em breve", prevê a Marrom. Enquanto o príncipe encantado não surge, Alcione toca sua vida com bom humor e personalidade. Oficialmente solteira após três casamentos - o último com o deputado estadual e ex-secretário de Esporte e Lazer do Rio Chiquinho da Mangueira (50), há dez anos -, a cantora não quer mais saber de aliança. "Não desaconselho, mas para mim chega. Namorar é melhor", garante ela, que está sem um par fixo há cinco anos. "Mas não perdi a disposição para beijar na boca. Aliás, tenho beijado muito, afinal faz um bem danado à pele", receita. Quinze quilos mais magra e empenhada em perder outros 15 - para atingir a meta dos 78 - a cantora está se sentindo mais disposta e bonita. A perda de peso está sendo acompanhada por um médico, que cortou doces e gordura da dieta, uma verdadeira tortura para a maranhense. "Piloto um fogão bem à beça. Mas sigo a dieta direitinho, apesar de às vezes fazer um estrago. Acha que vou deixar de comer um cuxá (prato maranhense à base de arroz, vinagreira, gergelim e camarão)? De jeito nenhum! Se chegar no Maranhão e pedir peixe grelhado com salada, o povo me mata", diverte-se. Conhecida por toda essa alegria, Alcione também enfrentou um grande drama pessoal. Há 20 anos, ela descobriu um edema nas cordas vocais e soube que só teria mais um ano para cantar. Mas não perdeu as esperanças. Com muita fé, submeteu-se a uma cirurgia espiritual realizada pelo médium Edson Queiroz, receptor do espírito do médico alemão doutor Fritz. "Fui levada ao centro peloAugusto César Vanucci. O meu caso era tão grave que eu não falava mais, só escrevia para me comunicar com as pessoas. Ninguém soube disso, foi o pior momento da minha vida. De desgosto, engordei 35 quilos e cheguei aos 120; não queria mais fazer nada. Mas me recuperei após a cirurgia. Até hoje tenho esta dívida de gratidão. Depois da operação, ganhei 15 discos de ouro. Fui abençoada", afirma ela. - Você está mais magra e mais bonita, a que atribui a mudança? - Gosto de melhorar. Tenho 1m65 e estou emagrecendo. Hoje estou com cerca de 90 quilos. Não me peso, quanto mais a gente sobe na balança, mais ansiosa fica. Então, prefiro nem saber. - E plástica, fez alguma? - Tenho horror à cirurgia, um medo danado. O que fiz foram alguns tratamentos dermatológicos: botox na testa e entre os olhos, peeling de cristal, máscara de ouro e, periodicamente, faço carboxiterapia no pescoço, que o deixa lisinho. Comecei o tratamento há quase dois anos e agora as pessoas estão começando a perceber o resultado. - Você é muito vaidosa? - E como! Gosto de brilhos, cores fortes, maquiagem... amo mudar o visual. Já estou pensando em alongar os cabelos e fazer mechas louras, ficarei parecida com a cantora americana Beyoncé (risos). - Suas unhas são um capítulo à parte no ritual de beleza, não é? - Minhas unhas são obras de arte. Fui a precursora no uso das unhas de porcelana, há mais de 20 anos, e agora uso de silicone. Invento desenhos e fico cerca de duas horas para aprontá-las. - Exercícios físicos fazem parte da sua rotina? - Nem pensar. Sou adepta da filosofia do Zeca Pagodinho. Disse a ele: Zeca, vamos criar vergonha na cara, comprar uma esteira para caminhar? Ele me respondeu: 'Marrom, fiz uma radiografia no pulmão e deu sombra de um lado e água fresca do outro'. Então estou com o Zeca e não abro. Fazer força não é comigo (risos). - Quais são os seus hobbies? - Cozinhar. Entre os meus 'clientes' estão Zeca Pagodinho, Miguel Falabella, Maria Bethânia, Glória Perez e Leda Nagle. E o cardápio é o maranhense. Outra coisa que adoro é bordar. Estou fazendo uma bolsinha de fuxico e o próximo passo é fazer uma colcha. Sou muito prendada. - Por ser assim, tão prendada, nunca quis ter filhos? - Não sinto falta. Se não tive filhos é porque tenho que cuidar dos filhos dos outros. Deus me deu os meus sobrinhos. - Como se sente cantando para milhares de pessoas no Brasil e fora dele após tantos anos? - Isso toca o meu coração. Eu fiz curso Normal, mas sabia que viveria da música. A única coisa que não esperava realmente era fazer tanto sucesso. - Você chegou a lecionar? - Sim, por dois anos, na década de 60. Nesta época, já era artista e os alunos pediam que eu cantasse. Aí eu subia na mesa e dava um show, até que um dia toquei trompete. O diretor entrou e me demitiu (risos).