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NO RITMO DAS MUSAS, UM CARNAVAL SEDUTOR E BELO

CAROL CASTRO E ADRIANE GALISTEU COMANDAM A SELEÇÃO DE DEUSAS QUE FAZEM A AVENIDA SONHAR

Redação Publicado em 02/03/2006, às 12h50

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Carol Castro se cobre de corações para declarar seu amor ao Salgueiro. Adriane Galisteu, também rainha de bateria, mas na Rocinha, veste luxuosa fantasia de 100 000 reais.
Carol Castro se cobre de corações para declarar seu amor ao Salgueiro. Adriane Galisteu, também rainha de bateria, mas na Rocinha, veste luxuosa fantasia de 100 000 reais.
Se houvesse o quesito "musa", toda escola teria garantida uma nota 10. Mulheres lindas, distribuindo sorrisos e esbanjando animação, são presenças obrigatórias na passarela do samba e nela ocupam lugares privilegiados. Seja no alto de carros, à frente da bateria, ou evoluindo entre as alas, elas dão brilho extra a qualquer apresentação. A atriz Carol Castro (21), foi um dos destaques deste grupo de deusas, como rainha de bateria da Salgueiro pelo segundo ano consecutivo. "Vim representando o amor. E meu coração está a mil", assumiu Carol, que brilhou com uma fantasia vermelha, na cor da escola, com vários corações. Também no Salgueiro, Luana Piovani (29), uniu beleza e samba no pé entre as alas Espermatozóide e Fecundação. "Amo esta sensação de desfilar. Espero poder voltar muitas vezes", garante ela. "Se meu corpinho permitir, também quero desfilar por muitos anos como passista. Mas se não der, vou para a ala das baianas", brincou a estonteante Luana. A apresentadora Adriane Galisteu (32), do programa Charme, do SBT, também declarou seu amor pelo carnaval. "Sei que, mesmo sem valer ponto, fiz minha parte para a escola vencer. Ano passado, no Grupo de Acesso, sei que ajudei a escola a ser campeã. Espero fazer o mesmo no Especial. Sempre darei o melhor de mim pela Rocinha", disse a bela, que completou 10 anos de desfiles na avenida. Ela desembolsou cerca de 100 000 reais para sua luxuosa fantasia com centenas de penas de ganso retorcidas e 86 000 cristais. O traje que cobriu a atriz Susana Vieira (63), chamou a atenção. Fantasiada de índia, com uma segunda pele repleta de cristais Swarovsky, ela se despediu do posto de rainha de bateria da Grande Rio. "Estou na escola há 11 anos, não tenho modéstia de falar que ela ficou popular por minha causa. É maravilhoso ser rainha, mas não quero mais esse cargo", disse Susana. A apresentadora Angélica (32), de volta à Sapucaí após cinco anos, contou que tem uma fórmula nada sacrificante para brilhar: "Estou apaixonada. Esta é a minha dieta", divertiu-se, declarando seu amor por Luciano Huck (34), com quem tem um filho, Joaquim (11 meses). "Estou uns dois quilinhos mais magra após ter sido mãe. A rotina de alimentação e malhação é a mesma. A paixão é que deixa a gente menos ansiosa, mais feliz e por isso você não incha tanto", acredita a loirinha, que, com 51 quilos distribuídos em 1m64, saiu como A Preferida da Tribo no abre-alas da Caprichosos de Pilares, a quase 7m de altura. "Pedi para desfilar. Decidi uns 15 dias antes do carnaval. Liguei para a Mangueira, mas estava muito em cima da hora e não deu tempo. Fiquei honrada de ter recebido o convite da Caprichosos e esta também virou minha escola do coração. Se desse, sairia nas duas, pois estou em uma fase felicíssima e animadíssima", contou Angélica, que teve a companhia de Huck no desfile. Já a atriz Mônica Carvalho (34), é fiel à agremiação de Duque de Caxias, na qual desfila há 15 anos. "Fui convidada por outras três para ser madrinha de bateria e recusei. Só saio na Grande Rio", disse ela, destaque à frente do carro que representava o Teatro Amazonas. Juliana Paes (26), também é fiel: há seis anos é exclusiva da Viradouro, de Niterói. "Cresci neste município e esta é minha escola de coração. Sempre freqüentei os ensaios na quadra e desfilava antes mesmo de ser famosa", lembrou a atriz, que está à frente dos ritmistas pela terceira vez, e pela primeira foi acompanhada de perto pelo namorado, Carlos Eduardo Batista (28), empresário de marketing esportivo. "Ele não curtia nem um pouco o carnaval. Mas depois de dois anos de namoro, acho que consegui fazer uma lavagem cerebral nele", brincou Juliana, feliz em ter o amado como apoio, desfilando nas laterais da Avenida. Outra estreante na mesma escola foi a modelo e atriz gaúcha Letícia Birkheuer (27), a Érica de Belíssima. "Há seis anos não passava o carnaval no Brasil. Fiquei nervosíssima. Não dá para controlar a emoção vendo milhares de pessoas cantando o samba, te aplaudindo. Minha estréia no carnaval carioca foi bárbara, uma emoção que jamais senti", disse a top, que veio de Pássaro Imperial no alto do carro O Império, da Viradouro. "A fantasia estava superconfortável. O biquíni não me incomodou, o esplendor não era pesado, foi tudo como eu imaginava. Nem o fato de vir no alto do carro alegórico me intimidou. Pulei muito, me diverti à beça, e ano que vem estarei aqui novamente. Não perco mais esta festa", garantiu a bela, que pretende investir na carreira de atriz e planeja uma viagem a Nova York, após a novela, para estudar interpretação. Mas não só as novatas que se empolgam. Veteranas no Sambódromo como Viviane Araújo (30), rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, Adriana Bombom (32), rainha de bateria da Portela, e Rosemary (56), que saiu na ala dos artistas da Mangueira em seu 22º desfile pela verde-rosa, também se emocionaram como se fosse a primeira vez. "É sempre uma emoção diferente. Me transformo", disse Bombom, que para sua revolução visual, usou até lentes brancas para representar a tradicional águia da escola de Madureira. "Começo a me preparar para o carnaval cinco meses antes, quando inicio uma dieta muito rigorosa e intensifico a malhação. É para aumentar e definir os músculos. Me preparo de verdade para fazer bonito neste momento", completou Bombom. A atriz Letícia Spiller (32), desfilou junto à presidência da Vila Isabel e, mesmo sem ter uma posição de destaque, teve uma motivação especial. "Dei o máximo de mim e nem percebi meus pés em carne viva. Por Noel, por Martinho, sempre admirei a Vila Isabel. Estou realizada", disse ela, citando dois ícones eternos da tradicional escola da zona norte carioca, Noel Rosa (1910-1937) e Martinho da Vila (58). Quem também fez bonito foi Mel Britto (25). À frente da bateria da Caprichosos de Pilares pela primeira vez, ela mostrou, com muita beleza, charme e gingado, que finalmente a agremiação encontrou uma rainha à altura de sua bela história no carnaval. Musa da comunidade, no subúrbio carioca, Mel mostrou a segurança de uma veterana. "Espero ser rainha da bateria por muitos anos. O que precisa é ter samba no pé, e acho que estava faltando isso para a escola", disse a doce Mel, justificando porque mereceu o tão disputado posto. "É uma responsabilidade muito grande vir à frente da bateria, que é o coração da escola. Mas fui recebida com carinho e vim com muito amor. Não quero deixar nada a desejar. O carnaval, para mim, é a melhor coisa do mundo", completou ela, que é mulher do presidente da Caprichosos, Paulo de Almeida. "Ele não influenciou em nada na minha escolha, foi a comunidade que disse que me queria e insistiu para que eu desfilasse. Isso me dá muito orgulho", acrescentou ela, orgulhosa com o sucesso que fez na apresentação da escola, quando levantou as arquibancadas ao fazer um movimento que acompanhava a paradinha da bateria, batizado informalmente de "ondinha".