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No ar em 'Amor Eterno Amor', Felipe Camargo fala sobre o ótimo momento que vive

No ar em 'Amor Eterno Amor', Felipe Camargo vem realizando uma série de trabalhos importantes desde que atuou na minissérie 'Som & Fúria'. Aos 52 anos, ele fala sobre a experiência de ser pai pela segunda vez e sobre o atual momento profissional

Redação Publicado em 22/08/2012, às 18h21 - Atualizado às 18h32

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Felipe Camargo - Gabriel Chiarastelli
Felipe Camargo - Gabriel Chiarastelli

   No ar em Amor Eterno Amor,Felipe Camargo (52) vem experimentando novas experiências profissionais e pessoais nos últimos anos. Depois de atuar na minissérie Som & Fúria, em 2009, o ator vem vivendo uma espécie de recomeço em sua carreira. Brilhou em Cordel Encantado e vive novamente um bom momento na atual trama das seis, da Globo. Na vida pessoal, experimentou a sensação de ser pai outra vez dezoito anos após o nascimento de seu primeiro filho, Gabriel, de seu relacionamento com a atriz Vera Fischer (60). Maduro e bem tranquilo, ele define sua atual fase. “Tenho tido uma sequência de trabalhos que têm me deixado muito feliz”, diz. Sobre a paternidade, ressalta que é “muito bom” reviver sensações que havia esquecido.

- Som e Fúria marcou uma espécie de recomeço em  sua carreira. Como avalia essa fase pela qual vem passando desde então?

- Eu vinha fazendo mais participações e este trabalho foi uma grande oportunidade que tive, história e personagem muito legais. E não é sempre que aparecem essas coisas. Tenho tido uma sequência de trabalhos que têm me deixado bastante feliz.

- Em que aspectos o doutor Gabriel de Amor Eterno Amor se aproxima do jeito de ser do Felipe?

- Na verdade, o ceticismo dele é diferente da minha maneira de pensar. Um bom cientista ou médico costuma lidar sempre com causa e efeito e está propenso a ser mais cético. Lidar com essa coisa de vida e morte, para ele é muito técnico. O cara teve uma parada cardíaca ou uma morte cerebral  e acabou. Ele se habitua a esse tipo de raciocínio. Não sei nem se o cara entra para essa  profissão espiritualizado e acaba se tornando cético ou se já tem uma tendência.

- E você, também é cético?

-  Não. Eu sou uma pessoa espiritualizada. Não pratico nenhuma religião, especificamente, mas me considero espiritualizado. E acredito bastante.

- Acredita que seja possível um relacionamento entre pessoas com diferentes ideologias?

- Relacionamento, de qualquer maneira, sempre exige uma dose de compreensão, generosidade e muito amor. As pessoas nunca são iguais. A questão do ceticismo e da espiritualidade é apenas uma coisa, entre várias outras que diferem um ser humano do outro.

- Você viveu uma experiência parecida em Alma Gêmea. Como foi a experiência e em que é diferente?

- Aquele personagem era totalmente espiritualizado. Muito mais ligado aos fenômenos espirituais e paranormais. E é bacana isso porque é o oposto desse.

 -  Como tem sido o retorno do público em relação ao personagem?

- As pessoas adoram. É uma novela super delicada, bem escrita, um tema que envolve uma curiosidade muito grande. Existe também uma coisa muito em cima do kardecismo, que eu tenho uma simpatia, não que eu seja praticante, porque é uma religião que nunca se meteu em política, que não dá opinião sobre poder e nem tenta influenciá-lo sob nenhum aspecto. É uma novela que toca em um ponto que eu acho que todo mundo, no mínimo, investiga.

  - Como assim?

  - Acho que até o próprio ateu, o cético, deve, lá no fundo, ter alguma coisa. Porque tirar a conclusão de que não existe nada depois daqui, que você vive e morre... você coloca isso como fim desse questionamento. Você elabora vários tipos de raciocínio para definir na sua cabeça o que seria a vida após a morte, como a coisa vai se dando, como a alma termina. Você vem de onde e vai para onde? É um questionamento que pega todos os seres humanos. Não acho que ele acredite, senão, não seria ateu, mas acho que deve haver algum tipo de conflito para esse nada. Existe, talvez, algum equilíbrio cósmico que faz variar as coisas e as pessoas. Eu também não sei explicar isso direito não. Só acredito.

- É a primeira vez que você tem filhas adultas em uma novela. O que está achando disso?

- Eu achei legal. A autora, de certa maneira, colocou o Gabriel explicando que ele foi pai muito cedo. Mas um cara de 45 se teve o primeiro filho com 18 ou 20, pode ser pai.

- Como é trabalhar com as meninas?

-  Minhas três filhas são ótimas atrizes, cada uma de uma maneira bem diferente. E eu acho que elas entenderam e fazem muito bem os personagens.

  - Os galãs das novelas estão envelhecendo. O que acha da teoria de que hoje não existem mais galãs?

 - Eu não sei se não há galãs. As adolescentes não acham isso. Toda hora elas estão fãs de alguém. Talvez tenha dado um salto a partir dos 40, mas temos vários deles que são bons atores. Acredito que talvez a base do teatro faça falta para essa galera que entra na Malhação e, depois de passar a ser um rosto bonito, some. Eu acho que é raro aparecerem galãs e bons atores. Mas, eles existem.

Com que idade estão os seus filhos?

-  O Antonio está com um ano e quatro meses e o Gabriel, com 19 anos.

- Como foi ser pai de novo depois de tanto tempo?

-  Muito bom. É começar tudo de novo. E eu vejo e comparo muito, lembro muito do Gabriel pequeno.

-  Ele já demonstra alguma aptidão para o teatro?

-  Não. Está estudando, fazendo faculdade de cinema. Vamos ver no que vai dar.