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O engajamento de Naura Schneider no Uruguai

Produtora de documentário sobre violência contra a mulher, ela lança filme em mostra

Redação Publicado em 22/09/2010, às 00h50 - Atualizado em 24/09/2010, às 15h42

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No Argentino Hotel, a atriz apresenta seu longa-metragem em defesa da mulher. - GIANNE CARVALHO
No Argentino Hotel, a atriz apresenta seu longa-metragem em defesa da mulher. - GIANNE CARVALHO
Solteira desde janeiro, após um ano de namoro, Naura Schneider (41) acredita que sua felicidade não está atrelada a um relacionamento. "Estou me bastando. Com a maturidade, percebi que nem tudo é uma relação", afirmou a atriz, na sétima Mostra de Produção Audiovisual de Piriápolis, no Argentino Hotel, Uruguai. No evento, Naura exibiu pela primeira vez o documentário produzido por ela, Silêncio das Inocentes. Nele é contada a origem da Lei Maria da Penha, aprovada em 2006, que pune agressões contra a mulher ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. "Fui convidada pelo governo para prestigiar o evento. Quando falei sobre o trabalho, na mesma hora colocaram o filme no roteiro das apresentações", contou ela, incentivada pelas filhas Nathalia (24), com o engenheiro Ricardo Silva (52), e Victória (15), fruto da união com o engenheiro naval Mauro Romano (62). A vontade de mergulhar nessa produção cinematográfica foi despertada pelo filme Dias e Noites, em 2008, sua primeira produção. Na trama, em que também atua, ela interpretou Clotilde, uma mulher que sofre abusos por parte do marido. - O interesse pelo tema veio de alguma experiência pessoal? - Não, nunca sofri agressão de um parceiro. Até porque eu não permitiria. E não conheço ninguém na minha família que tenha passado por isso. Na verdade, fiquei muito sensibilizada com o sofrimento da mulher e resolvi me engajar nessa luta. - Qual foi então sua inspiração para produzir este filme? - Ouvi muitas histórias quando estava me preparando para fazer minha personagem de Dias e Noites. Fiquei assustada e ao mesmo tempo revoltada. Foram relatos que mexeram muito comigo. - Suas filhas foram as primeiras a assistir ao documentário? - Elas acompanharam todo o processo de criação e foram as primeiras a ver em casa. Gosto da opinião delas sempre. - Pretende continuar abraçando essa causa no futuro? - Ano que vem vou filmar a história da vida de Maria da Penha, a pessoa que inspirou a lei com sua história dramática, depois que o marido tentou matá-la duas vezes. Durante a produção do documentário viramos amigas e pedi autorização para contar, num longa-metragem biográfico, sua trajetória que teve, felizmente, um final feliz. Farei com muito carinho este filme. Por esta razão serei a protagonista. Passei por tudo isso tão intensamente que achei justo interpretar o papel. - Então vai continuar afastada das produções na TV? - A última novela foi Senhora do Destino, do Aguinaldo Silva, em 2005. Desde então as oportunidades me levaram para o cinema. Isso não significa que não queira voltar a fazer um folhetim. É só aparecer um convite. - O contato com histórias de violência doméstica não a desiludiram em relação aos homens? - Nem todos os homens são perversos. Como estou bastante seletiva, dá para avaliar quem se aproxima de mim. Acredito no amor e mesmo sem estar à procura, quero viver uma paixão. Mas preciso estar ao lado de alguém que me acrescente. - E é possível conciliar um amor com o ritmo de trabalho que você está vivendo? - Tenho respirado o mundo do cinema. É uma delícia, mas me deixa sem tempo para conhecer pessoas. Acho que, quando tem que ser, as coisas acontecem. Um ritmo acelerado de vida pode atrapalhar um romance, mas não afasta de todo um pretendente.