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'Não dá tempo para namorar. Para isso, meu dia precisaria ter 36 horas', diz a ex-BBB Talula

Paola Donner Publicado em 13/08/2012, às 17h11 - Atualizado às 21h41

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Talula Pascoli - Fábio Miranda/Opção Fotografia
Talula Pascoli - Fábio Miranda/Opção Fotografia

Desde que saiu do Big Brother Brasil, em 2011, a vida de Talula (31) se transformou. Ao contrário de muitos participantes do reality da Globo, a modelo não caiu no esquecimento e contou com o talento e carisma para garantir seu lugar na emissora.

Há um ano e meio atuando em As Aventuras do Didi, programa dominical comandado por Renato Aragão (77), e agora integrando o time da TEN Celebrities, uma das principais agências de modelo e celebridades do Brasil, a morena – que reside em São Paulo com a mãe, Vilma, e o filho, Gabriel (9), se desdobra para conciliar a vida em família com as gravações da atração da Globo no Rio de Janeiro, que acontecem duas vezes por semana, o curso de teatro e televisão, a corrida mensal na Fórmula Truck e os cuidados com o corpo. “Meu dia precisaria ter 36 horas”, brinca ela, aos risos, que tem contrato com a emissora carioca até o final do ano.

Com uma agenda tão cheia e priorizando sua carreira, Talula continua solteira e desfrutando ao máximo das oportunidades surgidas após o Big Brother Brasil.

Em entrevista exclusiva à CARAS Online, a morena fala da sua rotina, da relação com o filho, do assédio dos fãs e dos planos para o futuro .

- Antes de trabalhar em As Aventuras do Didi, já era fã do Renato Aragão?
- Eu era apaixonada por ele. Os Trapalhões é da minha época, quem não gostou? Assisti muito aos trapalhões na infância e trabalhar com ele, meu ídolo, é incrível. Me emocionei a primeira vez que gravei, pois ele cresceu 'dentro' da minha casa. Poder trabalhar com ele é uma gratificação, Renato é um exemplo de pessoa, ele é o pai do humor. Achei maravilhosa a oportunidade e a agarrei com todas as minhas forças.

- Avaliando sua vida profissional, você acredita que está trabalhando no que realmente sonhou?
- Nunca sonhei em ser atriz. Na verdade, eu tinha vontade de cantar, mas minha voz não ajuda muito e acabei cantando apenas no chuveiro [risos]. É incrível desenvolver algo que eu nunca pensei ser, no caso atriz, mas, com a oportunidade que o Renato me deu, resolvi conhecer esse universo e me apaixonei. Hoje, tenho certeza que faço o que realmente gosto. As pessoas me questionam sobre a carreira de atriz ou até mesmo fazer novela, mas sou muito feliz no programa. Assim que saí do Big Brother Brasil fiz uma participação na atração e já fecharam comigo e estar lá é uma delícia, uma terapia. É diferente da exigência de uma novela, que tem gravações todos os dias e é muito mais desgastante.

- Você não tinha experiência quando começou no programa. Isso atrapalhou em algum momento?
- Hoje faço curso de teatro, mas na época que entrei era só modelo, porém, sempre fui muito bem acolhida. Isso só me incentivou a buscar aperfeiçoamento, mas nunca tive problemas. Os meninos me ajudam muito, foram assim desde o começo, nunca me senti coagida. Vou guardar isso pra sempre, jamais vou esquecer o que cada um deles fez por mim.

- Você é mãe do Gabriel, de nove anos, e mora com sua mãe, Vilma. Como concilia as viagens e a vida familiar?
- O Gabriel já está acostumado com isso, pois minha vida sempre foi maluca. Desde que era modelo não tinha rotina de horários. A minha mãe também me ajuda muito com o Gabriel, mas não abro mão dos deveres de mãe: faço lição de casa todos os dias com ele, vou a todas as reuniões da escola, faço questão de acompanhar o crescimento na escola, busco no colégio sempre que posso, levo no reforço escolar, no médico, no dentista... Sou uma mãe muito exigente e me dedico mesmo, acho importante isso, pois minha mãe também teve uma vida difícil e eu sabia que se ela tinha hora livre dedicava a nós. Também faço questão de ter uma hora de lazer por dia com o Gabriel.

- O que vocês costumam fazer nas horas de lazer?
- Ele gosta de lego, mas também brincamos muito com jogos de tabuleiro. Comprei muitos da minha época de criança e ele adora. Além disso, também costumamos jogar dominó ou cartas antes de ele dormir.

- Como o Gabriel lida com a sua fama?
- Ele é meu fã número 1, chego a passar vergonha com o Gabriel [risos]. Eu digo para ele não falar sobre a minha fama, para não causar burburinho nos ambientes, mas ele faz a maior propaganda, diz ‘minha mãe participou do BBB’. Não quero vincular o Gabriel à fama porque quero que ele saiba que é importante por ser o Gabriel e não por ser filho da Talula, ele tem que saber da importância dele na vida das pessoas como ser humano, não como filho de alguém. Mas não tem jeito! Ele fala pra todo mundo e as pessoas vêm me pedir autógrafo. É gostoso esse carinho do público, mas faço isso pelo Gabriel, que é um filho maravilhoso.

- E o assédio dos fãs?
- É muito bom, eu adoro! É gratificante ver que ainda tenho muitos fã clubes e que aqueles criados quando eu ainda estava no BBB se mantém. Eles me mandam vários presentes de aniversário, fazem campanhas, deixam recado no Twitter e isso tudo é muito lindo. É um amor muito puro e eu tento responder na mesma medida, dando atenção para eles, respondendo cada recado, cada mensagem.

- Você está estudando teatro, como está sendo essa experiência?
- Sim, faço um curso intensivo de teatro e televisão. Estudo de segunda a sexta-feira, das 9 às 13h15, é como uma faculdade, e tiro meu DRT no final do ano. O trabalho do ator é muito difícil, não imaginava que fosse assim, que exigisse tanto do emocional. Hoje dou ainda mais valor para essa profissão, pois sinto na pele o quão difícil é. Precisa ter repertório, buscar sempre mais e também exige tempo, não é nada simples.

- Já tem planos para o teatro?
- Estou desenvolvendo um gosto pelo teatro. No curso, vamos fazer uma peça de teatro para  o fim do ano e estou achando todas as etapas da montagem muito gostosas. Ainda não escolhemos nada, mas é muito bom vivenciar cada passo da montagem de uma peça. O teatro é muito diferente da TV, é mais expansivo, tem contato com o público e é mais intimista, tanto que o Renato Aragão voltou a colocar no programa esse contato com o público. É diferente você olhar na cara das pessoas, ver as reações e ter esse retorno imediato. Tenho gostado bastante, amo o curso, e depois quero estudar cinema.

- Além do programa Aventuras do Didi e do curso de teatro, você participa da Fórmula Truck. Como Está sendo essa experiência?
- É algo único. Velocidade não é problema, porque estou sempre atrasada e correndo [risos], mas fiquei receosa no começo. Quando decidi entrar na Fórmula Truck, aprendi a dirigir o caminhão em um dia e trabalhar com velocidade é mesmo muito gostoso. Sempre trabalhei em eventos automobilísticos quando era modelo, mas nada como Fórmula Truck. Corro uma vez por mês e, assim que a corrida acaba, penso ‘ainda falta um mês para a próxima’. A diferença entre o carro e o caminhão é que o caminhão tem 12 marchas, mas é muito mais fácil de dirigir.

- Quais são seus cuidados com o corpo?
- Larguei [risos]. Nessa rotina agitada e cheia de atividades, alguma coisa eu tinha que largar. Graças a Deus herdei a ótima genética da mamãe, pois estou tipo turista na academia. Chego a ficar um mês sem ir e as pessoas acham que eu estava curtindo as férias. Mas eu voltei essa semana, por isso estou toda dolorida.

- E o coração, está ocupado?
- Não dá tempo para namorar. Para isso, meu dia precisaria ter 36 horas, porque está faltando tempo para eu fazer tudo o que preciso [risos]. Não estou namorando. Além de não ter tempo, estou focada no meu trabalho, estou muito determinada na carreira de atriz.