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Na abertura da Olimpíada de Pequim, onde os atletas foram tentar superar seus limites e

ganhar medalhas, do latim vulgar medialia, exibiu-se um enorme pergaminho, do baixo latim pergaminum, que ganhou este nome por ser originário do antigo reino de Pérgamo.

Deonísio da Silva Publicado em 15/09/2008, às 15h14

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Deonísio da Silva
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Francês: do francês antigo franceis, derivado de France, do baixo latim Francia, país ocupado pelos francos. O primeiro registro de franceis se deu no poema épico Canção de Rolando, um dos 12 pares lendários de Carlos Magno (747-814), por volta do ano 1100. A obra inspirou outro poema, o Orlando Enamorado, de Matteo Maria Boiardo (1440/1441-1494), depois retomado por Ludovico Ariosto (1474- 1533) sob o título de Orlando Furioso. O francês tem forte presença no Brasil, a começar pelo pão, que chegou ao país no alvorecer do século XX, por obra de brasileiros endinheirados que voltavam de Paris e pediam a seus cozinheiros que imitassem os pãezinhos de miolo branco e casca dourada experimentados naquela capital. Antes, contudo, Nicolau Durand de Villegaignon (1510-cerca de 1571) já tinha tentado instalar aqui a França Antártica, na Ilha de Serijipe, que hoje leva seu nome, no Rio de Janeiro. Por divergência com os calvinistas, foi embora em 1558. Seu objetivo era explorar as riquezas brasileiras e abrigar os protestantes, então perseguidos na França. No começo do século XIX, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, fugindo das tropas de Napoleão (1769-1821), a França era o inimigo a combater porque Portugal se aliara à Inglaterra. Depois da Independência, em 1822, o Brasil foi acolhendo a cultura francesa: na moda, na culinária, na literatura, nas artes, na arquitetura, no estilo das casas e dos prédios públicos, nos usos e costumes. Medalha: do latim vulgar medialia, neutro plural do latim tardio medialis, no meio, pelo italiano medaglia, medalha, pequeno disco de metal semelhante a uma moeda, que antigamente valia meio denário, mas que passou a ter valor simbólico, não importando seu valor de compra ou conversão. Denário veio do latim clássico denarius pelo latim vulgar dinarius, origem da palavra dinheiro em português. Tinha este nome em Roma porque indicava o valor da moeda, dez asses. As competições esportivas classificaram as moedas em ouro, prata e bronze e ensejaram outra regência para o verbo medalhar, que passou a designar não apenas o ato de gravar nas moedas inscrições alusivas a personagens, fatos e datas relevantes, mas também os atos decisivos dos atletas em várias modalidades. Usualmente as medalhas de ouro valem mais do que as de prata, mas no caso das meninas vice-campeãs olímpicas no futebol, em Pequim, neste 2008, os brasileiros comemoraram a luta em campo, a ética esportiva, a busca da vitória até os últimos segundos, em tudo ao contrário do futebol masculino, que deu vexame diante da Argentina, não por perder a partida, mas pela forma como perdeu: dois craques deixaram a bola de lado e chutaram adversários. Foram expulsos. Outro destaque em Pequim foi a atleta Mauren Maggi (32), de São Carlos, interior de São Paulo, que se tornou a primeira brasileira a ganhar medalha de ouro em esporte individual, num salto de 7,04 metros. Pergaminho: do baixo latim pergaminum, pergaminho, nome que vem de seu local de origem, o antigo reino de Pérgamo. Designava couro de cabra ou ovelha que, preparado com alume, tinha a função do papiro e mais tarde a do papel, servindo para escrever. Depois passou a ser utilizado apenas para encadernar os volumes. A técnica já era praticada nos palimpsestos, mas foi aperfeiçoada em Pérgamo, no reino dos atálidas, atual Turquia, assim chamados porque foram governados por Átalo I (269-197 a.C.), que ficou ao lado dos romanos quando estes enfrentaram Felipe da Macedônia (238-179 a.C.); Átalo II (220-138 a.C.), que prosseguiu com a aliança e ajudou na destruição de Aquéia; e, por fim, Átalo III (170- 133 a.C.), que legou o reino a Roma. Era célebre a biblioteca de Pérgamo, com cerca de 200 mil volumes. Muitas universidades brasileiras não têm metade disso. Teleaula: de tele, do grego tele, distância, prefixo presente em telégrafo, televisão e telegrama, e aula, do grego aulé, palácio, pátio, espaço livre ao redor de residências de autoridades, pelo latim aula, pátio, corte do príncipe, sala de palácio. Aula passou a designar o ato de ensinar porque as primeiras escolas funcionavam ao ar livre ou em prédios anexos aos palácios e residências ofi ciais civis ou religiosas. No Brasil, o Ministério da Educação autoriza que algumas disciplinas sejam ministradas em teleaulas ou em aulas teletransmitidas, pela televisão ou pela Internet. Os alunos assistem a aulas transmitidas ao vivo, diante de uma televisão. São acompanhados por dois professores: o que ministra a aula transmitida e o que fi ca presente na sala, chamado tutor.