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Mulheres na menopausa são as que mais rompem tendões dos ombros

Redação Publicado em 15/01/2013, às 12h59 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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O tendão é um tecido branco, denso e resistente por meio do qual os músculos de uma articulação ligam-se aos ossos. Os tendões transmitem aos ossos e às articulações a força e o movimento gerados pelos músculos. Existem tendões em quase todas as articulações humanas. O rompimento desses tecidos, infelizmente, é comum. Os que mais se rompem são aqueles que recebem menos sangue e oxigênio e ao mesmo tempo são mais sobrecarregados, isto é, os dos ombros, os dos cotovelos e os tendões-deaquiles, nos calcanhares.

Qualquer pessoa pode romper total ou parcialmente os tendões dos ombros, a qualquer momento da vida, em um acidente ou ao praticar esportes, por exemplo. Isso ocorre mais, porém, com homens jovens e adultos.

Mas os rompimentos de tendões, constata-se no dia a dia dos consultórios, são mais frequentes nas mulheres a partir dos 45 a 50 anos de idade, ou seja, quando entram na menopausa. A causa pode estar relacionada à maior fragilidade dos tendões e dos ossos à medida que vai caindo a produção dos hormônios femininos. Outros fatores podem colaborar para o fenômeno, como tendência familiar; malformações nos ombros; e gestos repetitivos acima da cabeça, principalmente errados, nas atividades físicas e também no trabalho.

O desgaste natural dos tendões dos ombros, vale destacar, costuma se manifestar em três fases. De início a pessoa sente uma dorzinha no ombro que melhora ao tratar com remédios e/ou fisioterapia (em geral até 25anos); depois ela tem uma dor mais intensa, que é mais resistente ao tratamento, já com tendinite e fibrose (em geral dos 25 aos 40 anos) — normalmente isso ocorre quando a pessoa tratou mal do problema anterior ou interrompeu o tratamento, o tendão se inflamou e se formou tecido cicatricial; então, com a progressão da doença, o tendão se rompe até espontaneamente (em geral após os 40 anos).

Os sintomas básicos do rompimento parcial de um tendão são: dor de intensidade variável, sangramento interno e dificuldade para movimentar o braço. Já os de um rompimento total são: dor intensa, que piora à noite, e perda da força e dos movimentos.

O ideal é prevenir-se, ou seja, evitar que estes problemas ocorram. Pode-se fazer isso com algumas atitudes básicas. Pratique atividades físicas regularmente. Mantenha uma postura correta nessas atividades e no trabalho. Faça alongamento antes dos exercícios físicos e de tempos em tempos no trabalho. Se vem tendo dor nos ombros, consulte um ortopedista, faça o diagnóstico e se trate de modo adequado para que os problemas não progridam.

As doenças que atingem os tendões dos ombros podem ser tratadas com eficácia para interromper sua progressão e, naturalmente, evitar que cheguem a se romper. Já os tendões rompidos tanto em acidentes como pelo desgaste natural, na maioria das vezes, são tratados com cirurgia. Consiste em, se preciso, fazer uma espécie de “plástica” nele e religá-lo novamente no local do osso em que se prendia. A cirurgia em si é rápida, mas a recuperação, que inclui fisioterapia, claro, é lenta, levando até seis meses, às vezes, dependendo da gravidade do caso e do estado de saúde do paciente, até mais.