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Mudança de hábito é essencial para o controle da hipertensão arterial

Cesar Augusto Pereira Jardim Publicado em 17/03/2008, às 11h15

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Pressão arterial é a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias ao circular por elas. É medida em milímetros de mercúrio (mmHg) em dois momentos: quando o coração se contrai e bombeia o sangue (pressão arterial máxima - número maior) e no instante em que relaxa (pressão arterial mínima - número menor). Considera-se normal uma pressão arterial de no máximo 130 mmHg ("treze") por 85 mmHg ("oito e meio"). Quem tem um ou os dois valores maiores do que isso é portador de hipertensão arterial, ou pressão alta. A literatura registra que, dependendo de onde se faz a pesquisa, 25% a 45% dos adultos são hipertensos. A doença acomete homens e mulheres; na população masculina, porém, ocorre mais até os 50 anos, enquanto na feminina é mais comum após os 60 anos. Por volta de 95% dos casos são de hipertensão arterial primária, ou essencial, aquela que o indivíduo desenvolve ao longo dos anos sem um motivo específico, isto é, depende de fatores genéticos e adquiridos. Consumo de sal (sódio) em demasia, obesidade, sedentarismo, tabagismo, alimentação baseada sobretudo em produtos industrializados ou ricos em gorduras, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e estresse estão entre as causas principais. Cerca de 5% da incidência, de outro lado, são de hipertensão secundária, ou seja, causada pelo uso de remédios - como antiinflamatórios, corticóide, antidepressivos,inibidores de apetite e alguns hormônios - ou por doenças orgânicas, entre elas as da tireóide, alguns tipos de tumor, que liberam substâncias vasoconstritoras, insuficiência renal, estenose das artérias renais e apnéia do sono. Tontura, dores de cabeça, alterações visuais, mal-estar e desconforto respiratório ou no peito são os sintomas mais comuns. Vale destacar, porém, que a maioria dos portadores pode não apresentar sintomas. A hipertensão arterial pode provocar o que é conhecido como lesões de órgãos-alvo. No coração, causa dilatação e insuficiência cardíaca, além de insuficiência coronária manifestada por angina, infarto do miocárdio e até morte súbita; no rim, causa insuficiência renal; no cérebro, leva ao acidente vascular cerebral ("derrame") por estenose das artérias cerebrais (isquêmico) ou por sangramento (hemorrágico). É importante verificar a pressão regularmente e, feito o diagnóstico, um cardiologista deve realizar acompanhamento clínico, já que muitas vezes é possível controlá-la de início com medidas não medicamentosas. Alimente-se de maneira saudável. Diminua o consumo de sal. Controle o peso. Faça atividade física regularmente. Elimine o tabagismo de sua vida e diminua o consumo de bebidas alcoólicas. Indivíduos que tenham casos de hipertensão arterial na família precisam consultar periodicamente um cardiologista para fazer check-up, que consiste em medir a pressão arterial e realizar exames laboratoriais. Isso vale também para quem tem sintomas. O descobrimento da doença no início é fundamental para o controle e para diminuir os riscos de doenças cardiovasculares. Feito o diagnóstico, o primeiro passo é mudar os hábitos de vida. Quem leva isso a sério em geral controla a hipertensão. Para aqueles que não conseguem ou não obtêm bons resultados, prescrevem-se medicamentos hipertensivos. Em geral são tomados pelo resto da vida.