Muito além de seus ícones.
Redação Publicado em 24/08/2011, às 01h39 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43
Foi-se o tempo em que a label italiana era apenas sinônimo de estampas incríveis. Desde a chegada de Peter Dundas para comandar o estilo da marca, um interessante caminho vem sendo traçado. Em três anos o designer norueguês ampliou o leque de possibilidades trabalhando fortes características, como o sexy-appeal e certa atmosfera glamourosa. Referências aos anos 1970 permeiam sua linha criativa, alinhadas a um grande senso de modernidade. Para este inverno, o estilista deixa um pouco de lado esta veia hippie chic para se aventurar num universo meio medieval, meio barroco, meio aristocrático! Veludos, bordados, jacquards e rendas misturam-se em total harmonia. Sem dúvida, um dos principais pontos positivos desta coleção. Afinal, não é nada fácil juntar em uma única peça elementos tão fortes sem errar a mão. Neste caso, a mão precisa de Dundas faz do “rococó” referência em elegância. As modelagens se revezam em mostrar ora o poder do colo, ora o poder das pernas. No primeiro caso, vestidos com decote em “u”— mais amplos na região dos ombros — comprovam por que as chamadas saboneteiras são tão admiradas. Mangas longas chegam também nas produções festa, para alegria daquelas que não acreditam mais na eficiência das pashminas em noites frias. Já no caso das pernocas de fora, o estilista destaca as sensuais golas altas em modelos sequinhos que valorizam a silhueta a partir de seus desenhos. Sem falar nas composições top mais saia, que sugerem possibilidades maduras do estilo romântico. E, como não poderiam faltar, suas estampas dão o ar da graça em tons de verde, púrpura e azul. Muitas marcas de longa data criaram seus ícones, mas poucas conseguem desviar-se deles sem perder a identidade, e a graça, claro!
