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MODA E CINEMA UNIDOS EM 11 DIAS DE CANNES

FESTIVAL DE BELAS E ECLÉTICAS PRODUÇÕES NAS TELAS E NO TAPETE VERMELHO

Redação Publicado em 06/06/2007, às 21h23

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Clássico e elegante, o preto ainda é um dos preferidos das musas, como mostra a 60ª edição do evento, na França. Michelle Yeoh, de Roberto Cavalli; Elle Macpherson, de Azzedine Alaïa; Jane Fonda
Clássico e elegante, o preto ainda é um dos preferidos das musas, como mostra a 60ª edição do evento, na França. Michelle Yeoh, de Roberto Cavalli; Elle Macpherson, de Azzedine Alaïa; Jane Fonda
por Diana de Medeiros, Natália Castro e Sara Paixão A 60ª edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes, na França, terminou com um belo saldo de filmes aclamados, bons negócios fechados e uma eclética coleção de looks desfilados. Além do tapete vermelho, as festas paralelas ao evento foram mais uma opção para as musas exibirem seus modelos de gala, na maioria assinados por estilistas famosos. O pretinho - às vezes básico e outras nem tanto - continuou sendo um dos preferidos no evento, que teve o longa romeno 4 meses, 3 semanas e 2 dias como grande vencedor. O diretor, Cristian Mungiu (39), recebeu o troféu das mãos da atriz Jane Fonda (69), uma das que optaram pelo preto, assim como a francesa Juliette Binoche (43) e a topElle MacPherson (44). Contrastando com o tom escuro, os longos esvoaçantes em branco e off white da anglo-portuguesa Tasha de Vasconcelos (40), da marroquina Nadia Fares (33) e da francesa Clotilde Courau (38) davam o toque de delicadeza. Já as cores quentes apareceram no tubinho pink da chinesa Bai Ling (36), no vermelho vivo escolhido pela francesa Sabine Azéma (57) e no longo uva da australiana Toni Collette (34). A estrela de Sexto Sentido (1999) e O Casamento de Muriel (1994), que integrava o júri do evento, escolheu um tomara-que-caia da grife Roberto Cavalli. Para combinar com a Palma de Ouro, prêmio máximo do evento, a estrelíssima Sharon Stone (48) literalmente brilhou com seu elegante longo dourado também by Roberto Cavalli. "A verdadeira elegância está em fazer algo realmente bonito, como ajudar o próximo", costuma dizer a musa, que foi mestre-de-cerimônias do baile beneficente Cinema Against Aids. Ao que tudo indica, a produção valeu a pena: o evento arrecadou 7 milhões de dólares para a fundação amfAR Aids, que luta contra a doença. Com menos sensualidade e um pouco mais de volume, o dourado foi também eleito por Ludivine Clerc - atriz de Chansons D'amour, que participou da mostra - e pela apresentadora do Festival, a alemã Diane Kruger (30), de Chanel. As estampas, normalmente pouco presentes nos tapetes vermelhos, neste ano também tiveram seu espaço em Cannes. Foi a opção, por exemplo, da diretora Nadia Conners, da texana Shannon Elizabeth (33) e da cantora Norah Jones (28), que festejava sua estréia como atriz com o filme que abriu o festival, My Blueberry Nights, ao lado do galã Jude Law (34). "Eu não tinha o menor plano de me lançar como atriz. Mas, quando Wang me convidou, mergulhei de cabeça, com sentimento de confiança nele", diz Norah, referindo-se ao diretor Wong Kar Wai. Sobre a escolha aparentemente simples do figurino, a cantora explicou: "Meu critério foi algo que eu pudesse usar a noite inteira e me sentir totalmente confortável", disse ela, ao lado do trio de azulmarinho Anne-Sophie Lapix (35), Émilie Dequenne (25) e Carole Bouquet (49). Considerada uma das morenas mais bonitas de Hollywood, a nova-iorquina Kerry Washinghton (31) deu um show à parte com três longos diferentes e igualmente glamourosos. Entre as escolhas de Kerry, um vaporoso Jean Paul Gaultier em dégradé azul, um Marchesa branco estilo princesa com muitos babados e um tomara-que-caia verde Jason WU que não caiu nas graças dos críticos de moda. "O padrão de beleza que está mudando. Há algum tempo, as afro-americanas não seriam nunca apontadas como musas de Hollywood", diz ela, orgulhosa. Em estilo totalmente diferente, a andrógina atriz londrina Tilda Swinton (46) - que interpreta o anjo Gabriel no filme Constantine (2005) - manteve a coerência estética com três elegantes terninhos. O primeiro deles, em cinza, foi escolhido para a première do filme The Man From London (O Homem de Londres), suscitando brincadeiras em relação ao visual masculino. "Sou freqüentemente tratada como 'senhor'. Acho que tem a ver com o fato de eu ser muito alta e não usar batom", justifica ela. A mistura de preto e branco - em estampa, listas ou poás - foi outro clássico revisitado durante os 11 dias de festival. Entre as adeptas do mix, a portuguesa Maria de Medeiros (42), a francesa Roxane Mesquida (25), atriz de Une Vieille Maîtresse, um dos concorrentes do evento;e a chinesa Maggie Cheung (42), integrante do júri, que combinou um longuete Lacroix com extravagantes botinhas de salto alto. Em outro momento, no entanto, Maggie acertou em um longo mostarda. Apesar de a maioria das beldades ter mantido a tradição do longo, vestidinhos acima dos joelhos e em estilo romântico ou balonê - tendência dos anos 1980 que voltou com força nas recentes coleções -, marcaram presença. Exemplo disso foi o modelito Christian Dior da atriz Eva Mendes (33). "Trouxe duas opções de roupa, para escolher de acordo com meu humor. Meu estilo está diretamente ligado ao meu estado de espírito", disse a americana, que debutou em Cannes com o filme We Own the Night. No quesito sensualidade, destaque para a topNaomi Campbell (37), que deixou as belas formas à mostra em visual assinado por Azzedine Alaïa (67). "Ele sabe exatamente como deixar uma mulher sexy", elogia a modelo, que dividiu as atenções com a profunda fenda Versace de Elodie Bouchez (34) e o corpete Dolce & Gabbana de Kylie Minogue (39). Além de prestigiar os lançamentos cinematográficos, a cantora australiana foi uma das atrações da festa contra a Aids ao lado de Sharon Stone, que voltou a circular pelo festival em um outro decotadíssimo modelo. Aos 36 anos, a supermodelo e atriz alemã Claudia Schiffer continua arrancando suspiros por onde passa. Apesar de manter a silhueta esbelta, a top tem feito poucos trabalhos após o nascimento de seus filhos Casper (4) e Clementine (3) e se tornou uma das maiores críticas à magreza das modelos atuais. "Não está nada bonito. A moda fica bem em modelos magras, mas, quando se olha as meninas de hoje, só dá para pensar que alguma coisa está errada. Elas são somente pele e osso", diz ela, que optou por um vestido azul-royal. Atravessaram a passarela de Cannes ainda a eterna Belle de Jour (1967) Catherine Deneuve (63) - que optou por vestido de oncinha para promover seu último filme, Après Lui -, e a ex-modelo Ivana Trump (58), ex-mulher do bilionário Donald Trump (60). FOTOS: REUTERS