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Sem censura

Leia, completas, as três mensagens de Cibele Dorsa que CARAS esteve proibida de publicar na edição 908

Redação Publicado em 13/04/2011, às 13h16 - Atualizado em 14/04/2011, às 01h35

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Com Fernando, filho da primeira união dela, Doda e Cibele abrem o seu apartamento paulistano, em 2000, e apresentam a filha única, Viviane, de apenas 20 dias. - CARAS ARGENTINA
Com Fernando, filho da primeira união dela, Doda e Cibele abrem o seu apartamento paulistano, em 2000, e apresentam a filha única, Viviane, de apenas 20 dias. - CARAS ARGENTINA
No sábado, dia 26 de março, pouco antes de cometer suicídio arrojando- se do 7º andar de seu prédio - da mesma janela por onde, dois meses antes, tinha se atirado seu namorado, Gilberto Scarpa -, a atriz e modelo Cibele Dorsa enviou à redação de CARAS um email com várias mensagens expondo seus últimos pensamentos. Três deles não puderam aparecer completos na revista nº 908 e necessitaram ser retirados de nossa web. CARAS, com sua edição já em processo de impressão, precisou ocultar partes deles com tarjas pretas (aquelas da época da ditadura militar) para cumprir uma decisão judicial a mando do ex-marido de Cibele, o ginete Doda Miranda. Oito dias depois, uma instância superior derrubou a liminar que censurava essa veiculação. Em seu site, www.caras.com.br, a editora veiculou a novidade imediatamente e, com ela, a mensagem completa da extinta Cibele (você ainda pode lê-los). Aqui, reproduzimos (com os erros de grafia e digitação da mensagem original) apenas as três que ou não apareceram ou apareceram tarjadas. Três fotos também sofreram igual censura naquela edição. São as três que hoje ilustram esta matéria. Duas delas pertencem ao nosso arquivo e ambas foram publicadas, originalmente, em CARAS, uma década atrás, quando Doda Miranda, que ainda não conhecia sua atual esposa, a bilionária francesa de origem grega Athina Onassis, era casado com Cibele e gostava de aparecer em nossas páginas. A outra é Doda e Athina com a filha que ele teve com Cibele. Viver sem o Gilberto é pra mim uma sobrevida desumana. De todos os homens que passaram por mim quem me fez mais mal foi sem dúvida alguma, o Doda, pai da filha que nem mais contato pude ter, e quem mais me fez bem, em vida, foi o Gilberto. Viver sem meus dois filhos e sem o amor da minha vida me dilacera por inteiro, é como se eu estivesse acordada passando por uma cirurgia cardíaca, sinto meu coração sendo cortado, um bisturi elétrico que não para nunca. Não agüento mais chorar, quando não estou soluçando de tanto chorar, fico com lágrimas calmas mas, elas não cessa, nunca! Não agüento mais viver, ou melhor, sobreviver. A comida não desce, sinto um nó na garganta, estou ficando cada dia mais magra, sinto minha pele se descolando do meu corpo. A dúvida é, se eu acabar com a minha vida, estou sendo suicida? Como posso ser suicida se já me sinto morta? Pior, uma morta que ainda sente a dor do corpo, do coração... Minha cabeça não consegue pesar menos que 10 toneladas, eu não tenho mais paz, a cena da morte do meu amor me atropela constantemente, lembro do corpo do Gilberto no meio da rua mas, os olhos estavam abertos e eu achei que ele pudesse me ouvir...Falei muito com ele acho que ele deve ter ouvido mas, falei tarde demais. Eu disse que me casaria, que teria o filho, que ele não poderia morrer, molhei o rosto dele de tantas lágrimas e, nada de conseguir que ele se salvasse. Eu não me considero suicida, estou sofrendo mais dor agora do que quando sofri o acidente de carro. Agora não tem morfina, não tem nada que acalme essa dor, nada que faça parar essa sensação de perfuração no meu peito. Ainda por cima, o Doda parece nunca cansar de me humilhar, ele não se satisfará nunca mesmo. É o pior homem que já conheci em minha vida, um lobo em pele de cordeiro. Fernando e Viviane: perdoem a mamãe, mas, a solidão é uma prisão terrível, é como se eu estivesse trancada dentro de mim mesma, estou cansada, sinto muito a falta de vcs mas, confesso que com o Gilberto aqui era mais fácil suportar, eu o amo muito, não sei nem como posso continuar...aqui em casa ficou frio, me sinto fora do meu corpo às vezes, e, isso me dá uma pausa na dor, só que depois volta em dose mais pesada. Faz algumas semanas que sinto uma leveza no corpo, como se eu estivesse já com um pouco de aus~encia do mundo terreno. Morrer por amor deve ter algum atenuante...assim espero. Vou procurar o meu amor, vcs não precisam mesmo de mim. Um dia perguntem a Carla, tia de vcs, ou ao meu tio, e, saberão toda a verdade. Amo vcs e estarei olhando vcs lá de cima, do meio, não sei, de omde for...meu sonho é encontrar o Gilberto em Aruanda e virar guia espiritual. Vivi, ainda vamos nos encontrar em outras vidas, munca te bandonei, seu pai fez um plano milionário para tirá=la de mim, não tive saída.Fe, idem...vou estar torcendo por vc no futebol, na realização de seus sonhos.. O inacabado, o interrompido tem que ter um fim. Doda: Que um dia Deus te perdoe pelo que vc fez e faz comigo, com a Athina e com as crianças, tente ser alguém melhor, tenho pena da Athina... essa nunca vai conhecer um homem de verdade, um amor. Eu sofro agora, no entanto, fui plenamente feliz ao lado do Gilberto, homem de verdade, que mostra a cara, que não menti, não dissimula, e, assim ele foi até o final. Ele pulou do prédio por vergonha de ter sido vencido pelas drogas... uma pena. Quem devia se matar não se mata...