CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

MARTA SUPLICY APÓIA ELEIÇÃO DAS 7 MARAVILHAS DO BRASIL

15|EM SÃO PAULO, MINISTRA DO TURISMO ELOGIA O INCENTIVO QUE A CAMPANHA DE CARAS ESTÁ IMPRIMINDO AO SETOR

CARAS Digital Publicado em 21/11/2007, às 10h57 - Atualizado em 03/04/2019, às 11h24

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
MARTA SUPLICY APÓIA ELEIÇÃO DAS 7 MARAVILHAS DO BRASIL - LAILSON SANTOS/IMAGENS & IMAGENS
MARTA SUPLICY APÓIA ELEIÇÃO DAS 7 MARAVILHAS DO BRASIL - LAILSON SANTOS/IMAGENS & IMAGENS

por Marcelo Bartolomei Um dos expoentes da política brasileira e integrante do governo de Luís Inácio Lula da Silva (62), a ministra do Turismo, Marta Suplicy (62), aplaudiu a realização pela revista do Concurso CARAS/HSBC As Sete Maravilhas Brasileiras. Para a ex-prefeita de São Paulo, a campanha ajuda a incentivar o turismo interno no país. "Tudo o que provocar a vontade nas pessoas de visitarem os lugares é positivo para o turismo", avaliou. "A possibilidade de poder mostrar o Brasil é sempre positiva. Um concurso como esse estimula o brasileiro a se informar, a entrar num site para tentar entender mais sobre os monumentos", afirmou a ministra. O objetivo do concurso é que os brasileiros elejam, via Internet, as obras mais importantes e belas construídas no país. As 30 candidatas, distribuídas democraticamente entre as cinco Regiões, podem ser conhecidas por meio do site www.caras.com.br/maravilhasbr Elegante num visual clean - terninho verde-água e poucas jóias -, a ministra do Turismo recebeu CARAS no Terraço Itália, um dos símbolos turísticos de São Paulo, de onde é possível ver a cidade a 360º. Logo de início, Marta retomou hábitos dos tempos de entrevistadora na TV - quando, nos anos 1980, falava de sexualidade no extinto TV Mulher, da Globo -, disparando perguntas e respostas sobre as maravilhas do concurso. Quis saber como estava o andamento da votação e como poderia acompanhar os resultados. "As pessoas podem votar, que maravilha!", exclamou. Cobrou a representatividade do concurso: "E os Lençóis Maranhenses? São uma maravilha natural e não podem entrar, que pena, tudo bem... Mas e a Bahia, tem o quê? E no Acre, o que vocês acharam lá?". E também se surpreendeu com as belezas do país: "Ai, que lindos os Arcos da Lapa!". Ex-mulher do senador Eduardo Matarazzo Suplicy (66), com quem tem os filhos Supla (41), João (33) e André (38) e de quem se separou em 2001, ela é atualmente casada com o empresário franco-argentino Luís Favre (59) e diz só pensar no ministério, se negando a comentar seu futuro político. Entusiasta do setor, ela falou, com voz mansa e baixa, dos planos futuros de sua gestão e das atividades para idosos, estudantes e trabalhadores. Apesar de ser figura representativa no universo feminino, arriscou dizer que a Copa de 2014 será um sucesso. - Qual seu principal objetivo frente ao Ministério do Turismo? - Nenhum país é forte no turismo se não tem uma musculatura interna forte. Todos os países que cresceram, criaram, primeiro, um setor turístico interno, para depois começarem a se expandir. Veja o caso da Espanha. Chegou um momento em que eles viram que era preciso ter nichos para o turismo. Não é fácil incentivar todo tipo de turismo. É preciso pensar em todos os bolsos. - No Concurso CARAS/HSBC, em quais maravilhas votaria? - Eu não posso votar, mas o público pode. Como ministra, não posso privilegiar alguns lugares, porque gosto de todos. - Algo a surpreendeu como ministra do Turismo? - A beleza, a diversidade e a hospitalidade. Eu conheço grande parte dos Estados brasileiros, mas nunca fui a Rondônia nem a Roraima, mas vou. Ir com olhos de ministra é diferente. Você vai tentando ver onde pode melhorar e o que pode fazer. Eu sou brasileira, sempre viajei, mas com esses olhos eu percebi que o país é muito mais rico do que eu imaginava. Para o turismo, isso é muito bom. O próprio brasileiro não conhece o seu país porque viaja pouco. Tem uma história bonita do Villa- Lobos, que herdou do pai uma biblioteca. Ele vendeu a herança do pai e foi viajar pelo Brasil. A gente sabe o resultado que obteve, né? - Como fazer o turista entender tanta diferença? - Tenho falado muito isso lá fora: nós temos um Brasil grande como um continente, mas, na hora que alguém abre a boca para falar português - uma bênção, aliás, falarmos todos a mesma língua - você reconhece se ele é do Sul ou do Norte. Ao mesmo tempo, junto com essa percepção, se você for comer naquele Estado, também serão comidas diferentes no Norte ou no Sul. Quem é do Sul nunca experimentou um pato no tucupi, por exemplo. Ter um país assim é ouro. O turismo do século 21 é o das águas, da não-poluição, das belezas naturais, tudo o que a gente tem. - Quais foram as suas viagens inesquecíveis? - Tem uma que eu gostei muito, que eu fiz com os meninos ainda adolescentes, para a África do Sul. Não imaginei que eu gostaria tanto, mas fiquei apaixonada. Outras que gostei muito foram para a Toscana, belíssima, e para a China, um lugar fascinante. Fernando de Noronha também é um lugar excepcional. E as praias brasileiras, todas, porque não há igual em lugar nenhum do mundo. Mas cada viagem é um momento na vida. O brasileiro troca de carro e de televisão, mas as pessoas precisam entender que é bom viajar quando se tem um dinheiro a mais. Com 85 anos, ninguém se lembrará da geladeira, mas sim da viagem. - Seus primeiros trabalhos como ministra foram nesse sentido? - A primeira coisa é aumentar as viagens internas. A gente tem 140 milhões de brasileiros que viajam, mas a maioria ainda é para visitar familiares e, daí, não ficam na rede hoteleira. Queremos fortalecer o mercado interno. Pensamos primeiro nos estudantes, mas depois acabamos focando nos aposentados. No Chile, há um programa muito bom para a melhor idade. Lá, os aposentados viajam duas vezes ao ano. Na Espanha, o programa tem 15 milhões de aposentados viajando. É um programa mais bem-sucedido na área social, porque dá oportunidade ao aposentado e, mais que tudo, na baixa estação permite aos estabelecimentos não fecharem. Às vezes você tem cidades inteiras que vivem do turismo e, na baixa estação, pessoas precisam ser demitidas. - E o programa para a melhor idade aqui, vingou? - O nosso programa está indo muito bem, sim. Ele começou em setembro e a proposta era termos pelo menos 7 000 viajantes no primeiro mês. É dirigido ao idoso do INSS, que pode ter acesso a crédito consignado e, se tiver mais de 60 anos, também poderá obter vantagens como pacotes mais baratos. Ano que vem vamos ampliar para trabalhadores e estudantes. - Os estrangeiros continuam vindo ao Brasil? - Quando a Varig teve os problemas pelos quais passou, perdemos milhares de assentos. Isso teve um impacto sério para o turismo brasileiro. Estamos começando a recuperar. A TAP abriu linhas de Portugal para Brasília e anunciou que, em fevereiro, abrirá cinco vôos para Belo Horizonte. Eu fui a Washington para chamar as companhias americanas para voarem para o Nordeste, o que é muito importante. Para o ano que vem, American Airlines e Delta voarão para Salvador, Recife e, talvez, para Fortaleza. Tudo isso porque não adianta ter um país lindo se as pessoas não têm como chegar aqui. - Estamos preparados para a Copa de 2014? - Eu não tenho dúvida de que estaremos preparados. Eu acho que o Brasil vai ter a Copa mais importante das próximas gerações. É um país que ama o futebol e a gente sabe organizar. Eu diria que sempre dá um sufoco, mas, na última hora, sempre dá certo, como foi no Pan do Rio. Eu acho que, se trabalharmos bem, iremos para 2016 também, com as Olimpíadas. - O turismo ainda é uma área promissora em empregos? - Hoje, no mundo, a área que mais cresce é a do turismo. Em geração de emprego, temos 2 milhões formais e 6 milhões informais. É uma área que tem uma mobilidade social raramente vista por aí, diferente, por exemplo, da construção civil ou do emprego doméstico, áreas que geram muitas vagas, mas em que as pessoas têm dificuldade em ascender. No turismo, elas podem começar como ajudante de garçom, depois aprender a ser garçom, dez anos depois passarem a gerente e após 20 anos terem seu próprio restaurante. Não é assim? (Ela dirige a pergunta ao garçom Alex Aureliano, de 27 anos, que observava de longe o discurso da ministra). Ela tem uma empregabilidade de juventude muito grande. O Brasil ainda não descobriu o potencial da área de turismo. ESCOLHA AGORA AS 7 MARAVILHAS BRASILEIRAS