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MARINHEIRAS ISABEL FILLARDIS E CISSA

ATRIZES CONHECEM O BARCO BRASIL 1 E DESVENDAM COMO VIVEM OS TRIPULANTES

Redação Publicado em 05/04/2006, às 11h53

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Isabel e Cissa Guimarães se encontram na Marina da Glória, Rio, para visitar o Brasil 1.
Isabel e Cissa Guimarães se encontram na Marina da Glória, Rio, para visitar o Brasil 1.
por Bianca Portugal Primeiro barco nacional a participar da Volvo Ocean Race, o Brasil 1 fascina tanto marinheiras de primeira viagem, como Isabel Fillardis (32), quanto velejadoras experientes, caso de Cissa Guimarães (47). As duas atrizes aproveitaram a estadia da embarcação na Marina da Glória, Rio, para conhecê-la e tirar dúvidas sobre a regata de volta ao mundo, criada em 1973, com parte da tripulação. "Eu jamais conseguiria fazer o que esses meninos estão fazendo. É uma tarefa impressionante", disse Isabel ao chegar ao cais. Depois de deixar Vigo, na Espanha, em novembro de 2005, o Brasil 1 e os outros seis barcos que participam da competição já passaram pela Cidade do Cabo, na África do Sul; Melbourne, na Austrália; Wellington, na Nova Zelândia; e aportaram no Rio - após 23 dias no mar - na madrugada do dia 10 para 11 de março. A chegada está prevista para junho, em Gotemburgo, Suécia, quando terão percorrido mais de 60 000 quilômetros atravessando os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Impressionada com o interior espartano do veleiro, Isabel quis saber como os velejadores se alimentavam e dormiam. "A cama até que é boa. Pensei que, por ser pendurada, ela fosse instável, mas você deita e sente firmeza. Agora, esse negócio de comer comida desidratada todos os dias deve ser horrível... Não dá para pescar um peixinho?", perguntou a atriz. Quem respondeu foi André Fonseca (27), timoneiro e regulador de velas: "O problema é que estamos numa competição, ou seja, o barco chega a andar a 80 quilômetros por hora". Isabel, então, continuou: "E água mineral, vocês podem levar?". Mas André explicou que usavam dessalinizada. "É fundamental evitar o excesso de peso. Não carregamos objetos pessoais, como travesseiros, por exemplo, e chegamos a serrar o cabo das escovas de dentes." Já Cissa demonstrou mais interesse sobre a tecnologia utilizada no Brasil 1 - embarcação patrocinada pelo HSBC, a Vivo e a Motorola. O veleiro de 70 pés (equivalente 21,5m) é equipado com internet, comunicação via satélite, equipamento para teleconferência em alto-mar, uma ilha de edição e câmeras de vídeo que produzem imagens enviadas, semanalmente, para o quartel-general da Volvo Ocean Race, na Inglaterra. A atriz, que deixou os tripulantes da embarcação brasileira impressionados ao contar que já passou 20 dias velejando numa embarcação de apenas 22 pés pelo Caribe, ficou chocada ao saber que o navegador - integrante da equipe responsável por traçar a rota e analisar as condições climáticas - passa a maior parte do tempo na cabine. "Mas se o cara fica no interior do barco, qual é a graça? A finalidade de velejar não é ver o mar e o sol?", observou Cissa. "Quando eu estava no Caribe, por exemplo, tinha funções ótimas na equipe: mergulhar, cozinhar, tomar sol... Assim, em uma competição, é muito complicado. Eles trabalham demais", exclamou, rindo, a atriz, que se familiarizou com o esporte em 1997, por conta de um antigo namorado.