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MARÍLIA PÊRA CONQUISTA A FLÓRIDA

EM MIAMI, A EXCELENTE FORMA DA MELHOR ATRIZ DO FESTIVAL DE CINEMA

Redação Publicado em 06/07/2007, às 16h26

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Marília passeia na Ocean Drive e admira o Packard estilizado modelo 1932
Marília passeia na Ocean Drive e admira o Packard estilizado modelo 1932
por Daniela Cardarello Apesar da surpresa e da emoção, Marília Pêra (64) mostrou no Colony Theatre a elegância natural e o domínio absoluto que tem do palco e do público. "Não esperava ganhar um prêmio. Não tenho inglês suficiente para o improviso. Nem o português!", brincou ao receber a Lente de Cristal de Melhor Atriz por Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella (49), no 11º Festival de Cinema Brasileiro de Miami. "Não faria o filme, o papel era da Cláudia Jimenez. Como ela não pôde, Miguel me chamou 15 dias antes. Então, quero dividir esse prêmio com ela e com o meu amado diretor Falabella", revelou Pêra, com ar jovial e cabelos mais curtos, obra de Roger, do salão carioca Visage. - Qual é o segredo de chegar aos 60 anos de carreira na plenitude? - O mais importante é nunca acreditar que você é melhor do que ninguém. Há no Brasil milhões de atrizes e atores maravilhosos. Na minha idade, você entende que tudo tem seu tempo: há momentos em que não ocorre nada e, em outros, ocorre tudo. Tem que se manter viva a paixão pela profissão. - E você consegue manter a paixão e o equilíbrio? - A paixão, sempre. O equilíbrio? (risos). Isso é muito racional. Com o tempo vamos percebendo que tudo é efêmero, que tem gente muito talentosa. Acabo de assistir ao filme Noel, sobre o compositor Noel Rosa. Rafael Raposo é um ótimo ator. E Camila Pitanga tem o visual de uma estrela internacional. - Quais são os seus projetos? - Estrear três filmes. Embarque Imediato, de Allan Fiterman, sobre a vida de brasileiros nos EUA. O outro é Nossa Vida Não Cabe Numa Sala, roteiro de Mario Bartoloco. O terceiro é do grande Eduardo Coutinho, Jogo de Cena. - Você está casada há 10 anos com o Bruno Faria. O que é importante para manter a relação? - Ele é companheirão. Gostamos de nos alimentar corretamente, de fazer exercício e de música. Não é que ele goste, mas vai comigo às óperas. Em compensação, como adora cavalos, vou ao Jockey com ele. O sonho do Bruno é ficar rico e criar cavalos. Acho lindo, mas não entendo nada. Adoramos viajar. Ele é muito bom para os meus filhos, Ricardo, Esperança e Nina. - A diferença de idade de 20 anos entre vocês incomoda? - Não penso nisso. Ele é muito educado. É das raras pessoas que conheço no Brasil que, quando o outro começa a falar, se calam. - E como você se cuida para manter o pique e a beleza? - No mínimo, caminho oito a dez quilômetros por dia, uso protetor solar, faço alongamento. Agora, vou dirigir Doce Deleite, com Camila Morgado e Reynaldo Gianecchini, e quero muito que façam aulas de balé clássico e de canto. E vou fazer com eles. Tenho sempre o dever de aprender, ler muito, me manter alerta. A alimentação também é importante, por isso não como mais carne. - Você curte a boemia? - Já curti muito, teve uma época que ia dormir às cinco da manhã e acordava uma da tarde. Mas hoje... E Bruno é ótimo, até parece mais velho do que eu, porque vai dormir às dez da noite, levanta às seis e vai fazer musculação. FOTOS: MARIANA VIANNA/A7 FOTOGRAFIA