Mesmo após enfrentar um dos maiores dramas de sua vida pessoal, a atriz não se deixou abalar com os problemas de saúde e segue com seu bom humor em alta. Prestes a completar
um ano de sua operação, na qual retirou um tumor malígno do pulmão direito, a atriz segue seu tratamento, que consiste em sessões de quimioterapia a cada 21 dias, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Devido à forte medicação, uma glândula acabou nascendo em seu seio direito, causando-lhe muitos incômodos.
"Quando ela endurecia eu sentia uma dor absurda", disse a atriz, que aproveitou para revelar preocupação sobre a possível volta do câncer em outra parte do corpo.
"Fiquei muito preocupada, mas em nenhum momento tive medo, porque confio em Deus e sabia que ele não iria me pregar mais uma peça", brincou.
Com a descoberta do nódulo, a Dona Ashima de
Caminho das Índias seguiu os conselhos de alguns amigos e se submeteu a uma cirurgia espiritual com o médium
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, na cidade de Abadiânia, em Goiás.
"Fui curada somente com oração. O nódulo desapareceu do meu peito", afirmou a atriz. Ela atribui sua cura a Deus.
"Não tenho nenhuma religião, mas sou fiel a ele, pois resolveu me dar uma segunda chance para continuar me divertindo com meus amigos aqui na Terra."
Acompanhe a entrevista em que Mara fala sobre a decisão de fazer uma cirurgia espiritual:
- Por que você optou pela cirurgia espiritual e não pelo método convencional?
- Antes de eu tirar o tumor de meu pulmão, eu já havia sido operada espiritualmente pelo
Doutor Fritz (incorporado por
Edson Queiroz), indicado pela minha amiga e cantora
Alcione. Os tumores que existiam em meu pulmão diminuíram consideravelmente e, quando a equipe do médico
Riad Yunis fez a retirada do tumor malígno, não houve nenhum tipo de complicação. O que me levou a optar por este método é que eu já sabia como funcionava, apenas não conhecia o
João de Deus.
- E como foi sua operação com o médium?
- Foi uma coisa surreal, mas muito bacana. O meu tratamento foi inteiramente realizado na base da oração. Fiquei sentada em uma cadeira e começaram a rezar. Logo eu comecei a sentir meu corpo dormente, como se tivesse sido anestesiada. Entrei em alfa (risos) e depois vomitei um líquido verde, parecendo a personagem Sarah, de
O Exorcista (risos).
- Mas houve alguma intervenção cirúrgica? O médium chegou a usar algum instrumento para fazer a operação?
- Ele não usou absolutamente nada. Antes de eu entrar neste sono profundo, foi colocada em meu seio uma gaze umidecida com água purificada espiritualmente. Nada além disso. Eles ficaram rezando por horas e quando acordei o nódulo não existia mais.
- Teve pós-operatório?
- É até estranho usar este termo, mas teve algo parecido com isso. Fiquei dormindo dois dias consecutivos e não acordei para nada.
- Sentiu medo antes de se submeter ao método?
- Não, porque o clima do local é magnífico. Senti como se estivesse em uma aldeia hippie dos anos 70, com um monte de gente vestindo roupas brancas, uma sensação de paz inexplicável e pessoas buscando o bem. Meu único medo era de não conseguir voltar ao trabalho, mas ele me tranquilizou e disse:
"Deixe que eu cuido do teu trabalho". Foi uma coisa mágica e é até engraçado lembrar. Quando voltei para o Rio de Janeiro, fui direto ao camarim e fiquei dormindo. Assim que comecei a gravar, meu sono tinha passado e estava bastante disposta. Depois que terminamos, dormi dentro do carro no caminho de volta para casa.
- Teve algum caso que você presenciou e que lhe deixou impressionada?
- Um rapaz estava com um problema em um dos olhos, sentindo muito incômodo. Começaram a oração e logo ele ficou desacordado, assim como eu. O médium pegou uma faca, revestiu com uma gaze e enfiou no olho do moço. Quando retirou o objeto, tinha um cisto na ponta. Ele foi levado para uma salinha e no dia seguinte apareceu lá no centro, com o olho tampado e sem se queixar de dores. Parece mentira, mas eu vi tudo.
- Depois deste tratamento seu nódulo desapareceu. Você chegou a fazer alguma consulta com seu médico para saber se há o risco de ele voltar?
- Não, porque eu acredito no trabalho do João. Ele é uma pessoa iluminada e várias pessoas da Globo já passaram por suas mãos, mas não posso citar nomes. Todos elogiam muito e não tiveram reincidência em seus casos. Nesta semana eu pedi para o meu médico, o doutor
Dráuzio Varella, fazer uma tomografia para saber como eu estava, porque eu peguei uma virose e fiquei muito abatida.
- E qual foi o diagnóstico?
- O Dráuzio me ligou e disse que eu estou ótima e que os outros tumores do meu pulmão, todos benignos, estão infinitamente menores e que, talvez, eu já possa parar com a quimioterapia.
- A quem você atribui todos os avanços positivos em sua saúde?
- Exclusivamente a Deus. Não tenho nenhuma religião, mas sou fiel a ele, pois resolveu me dar uma segunda chance para continuar me divertindo com meus amigos aqui na Terra.
- Quem se submete a uma quimioterapia costuma ficar abatido e você não está, tanto que está a mil com seu trabalho em Caminho das Índias...
- Não perco nunca a minha vontade de viver, mas me mantive receosa durante todo este tempo e evitei as badalações, tanto que eu não saía para dançar desde abril do ano passado e nesta semana eu estive na Sapucaí curtindo os desfiles. Estou voltando à ativa aos poucos (risos).
