CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Manoel Carlos: 'Escrevo uma verdade possível'

Redação Publicado em 08/06/2009, às 20h03

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Julia Almeida com o pai, Manoel Carlos - AgNews
Julia Almeida com o pai, Manoel Carlos - AgNews
O embate entre a ficção e a realidade foi a tônica de um debate realizado na semana passada na PUC-Rio que reuniu famosos autores de novelas como Manoel Carlos, Gilberto Braga, Alcides Nogueira e Ricardo Linhares, que falaram sobre seus processos criativos e sobre a dramaturgia brasileira. Maneco, que é o autor da próxima novela das 8 da Globo, Viver a Vida, comentou a mais recente polêmica em sua carreira: quando escreveu Maysa - Quando Fala o Coração (de janeiro passado), a minissérie sobre a cantora que é mãe do diretor Jayme Monjardim, ele uniu fatos diferentes em cenas únicas para condensar a vida conturbada da artista. "Gosto deste tipo de trabalho em que escrevo sobre coisas que conheço, sobre pessoas que conheço. Gosto quando sai às ruas e as pessoas se identificam com determinados diálogos e personagens. Me preocupa não ser verossímil. Escrevo uma verdade possível", disse a uma plateia de universitários que acompanhou as conversas sobre histórias contidas no livro Autores - Histórias da Teledramaturgia, lançamento do projeto Memória Globo. Ao lado de Alcides, Maneco também afirmou que respeita histórias originais, fazendo um paralelo com a atualidade e inserindo elementos que sejam dramaturgicamente relevantes. "A minha primeira adaptação foi para teatro na peça 'Feliz Ano Velho', baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva. Quando fui chamado para fazer este trabalho, disse ao Marcelo que nunca conseguiria contar a história porque eu não vivi o que ele passou, mas poderia escrever uma outra história e ele aceitou. Só levei o projeto adiante depois que ele e sua mãe aprovaram", contou o autor de Ciranda de Pedra (2008). Outro exemplo veio de Manoel Carlos: "Em 'Presença de Anita', a Anita não era a personagem principal do livro e sim a Cíntia. Mas eu a coloquei em primeiro plano, obviamente sem deixar de preservar o que o autor escreveu".