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Música de Luciana Mello amadurece

Redação Publicado em 22/09/2011, às 07h36 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Luciana Mello - Divulgação
Luciana Mello - Divulgação

Lançando 6º Solo, sexto disco de uma carreira musical já consolidada, Luciana Mello (32) mergulha mais fundo em suas raízes e referências de cantora apaixonada pelo que faz. Gravado durante os seis dias do feriado de carnaval (“Passei o carnaval fazendo o que eu mais gosto de fazer”, brincou), o trabalho é uma mistura de ritmos e gostos pessoais de Luciana.

“Sempre mostrei minhas influências, mas, neste disco, quis tornar mais visível as referências brasileiras. Tem samba de roda, música afro, tem de tudo, porque existem muitos ritmos dentro da música. Claro que na hora a gente segue uma linha; será um disco bem brasileiro, com veia africana e muita percussão”, definiu durante conversa com a CARAS Online.

Justamente por se tratar de um assunto tão amplo, a escolha das canções que entrariam no álbum tornou-se o maior desafio do projeto. “Foi muito difícil escolher o repertório. Eu recebi umas 150 músicas e somente 12 poderiam entrar”, explicou. “Tentei escolher as que tinham ficado com um arranjo mais legal e fui filtrando”, contou ela, que teve ajuda do irmão Jair Oliveira (36) nesse processo de seleção.

Algumas curiosidades acabaram entrando no disco, caso da regravação de Couleur Café, do cantor e compositor francês Serge Gainsbourg (1928 - 1991). “Eu amei a ideia de regravar essa música. Eu falo francês, porque não cantar em francês?”, questionou. Para completar, Luciana convidou o cantor ‘alemão-afro-canadense’ Corneille (34) para um dueto especial nesta faixa. “Eu vi o Corneille cantando uma vez na televisão e não sabia quem ele era. Certa vez, me apresentei na França e descobri quem era o dono daquela voz que eu tinha amado. Entrei em contato, mostrei o arranjo que criamos para a ‘Couleur Café’ e ele aceitou gravar”, disse Luciana, que ainda não teve a oportunidade de conhecer o parceiro musical pessoalmente. “Nós gravamos tudo via Skype (risos)”.

Versões de Gonzaguinha (1945 - 1991) (Recado), Arnaldo Antunes (51) (Se For Pra Mentir), Djavan (62) (Deixa o Sol Sair), Chico César (47) (Descolada) e até mesmo do pai Jair Rodrigues (72) (Tchau e Mentira) também fazem parte da mistura.“Minhas referências são amplas. Ouço Michael Jackson (1958 - 2009) com Dolores Duran (1930 - 1959), Ed Motta (40) com Clara Nunes (1942 - 1983), enfim, pessoas que gosto e sempre gostei de escutar”, completou. Vale destacar ainda as parcerias de 6º Solo. O irmão Jair, sempre presente, ajudou nos arranjos.  O pai, que além de assinar a canção Tchau e Mentira também divide os microfones com a filha. “Eu imaginei um sambão para essa música e resolvi chamar a pessoa que me apresentou o samba na vida para cantar comigo”, disse.

Música e família

Satisfeita musicalmente, Luciana Mello também aplica a mesma felicidade à vida pessoal. Isso porque desde a chegada de sua primogênita, Nina (2) – fruto de seu relacionamento com Ike Levy (35) – seu mundo está mais completo do que nunca. “Não é à toa que dediquei esse novo álbum a ela. O nascimento da Nina foi a maior alegria da minha vida; uma felicidade que se transformou em música e está presente no disco – espero que as pessoas sintam isso”.

Além de contentamento, Nina também trouxe uma maturidade não só musical para a vida da cantora. “É uma fase nova, de amadurecimento mesmo. Para não dizer que a gente vai ficando velho, a gente diz que amadurece”, disse em tom risonho. “Minhas prioridades mudaram também. O que eu achava importante antes, já não é mais. Estou filtrando as coisas, estou mais tranquila”, resumiu. Em homenagem à pequena, Nina está presente no encarte de 6º Solo, em fotos na qual a pequena aparece agarrada à mãe em um cenário praiano. As imagens, conclui Luciana, define bem os valores de sua vida. “A música é o ar que eu respiro, já a família é o sangue que corre em minhas veias. São coisas que não consigo viver sem. Assim como a música é a harmonia e a família a melodia: uma não vive sem a outra”.