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Maçom, do francês maçon, pedreiro, tem raiz no germânico makôn,...

...fazer. Está na base dessa categoria profissional a origem da sociedade secreta conhecida como maçonaria. Bela ave vista sobretudo à beira de rios e alagados, saracura vem do tupi saraâ¬"kura.

Deonísio da Silva Publicado em 08/06/2006, às 13h54

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Deonísio da Silva
Deonísio da Silva
Bambambã: do quimbundo mbamba-mbamba, exímio, mestre. Nas tribos africanas, o chefe, mbamba-mbamba, batia com o cetro sobre outra peça de madeira para, com o barulho, chamar atenção e impor respeito. A palavra, também empregada como valentão, chegou ao Brasil com os africanos: os negros chamavam os chefes brancos, que agora mandavam neles, de bambambãs. Só que estes, em vez de bater com paus na madeira, batiam com chicotes nos escravos, como descreveu muito bem o poeta romântico baiano Castro Alves (1847-1871) em Navio Negreiro: "E ri-se a orquestra irônica, estridente.../ E da ronda fantástica a serpente/ Faz doudas espirais.../ Se o velho arqueja, se no chão resvala,/ Ouvem-se gritos... o chicote estala/ E voam mais e mais..."Curaçao: do nome do lugar, nas Antilhas, onde é produzido um licor com cascas de laranja-daterra, cravo e canela. Os holandeses chamavam assim a ilha por não conseguirem pronunciar a denominação Ilha da Curação, originalmente dada por navegadores portugueses que viram se curar ali doentes atacados pelo escorbuto. Aparentemente, foram salvos pelas vitaminas dos alimentos crus que ingeriram na ilha. O mesmo aconteceu na Retirada da Laguna, na Guerra do Paraguai, quando soldados atacados pelo cólera foram salvos porque, faltando comida, se alimentaram de laranjas quando voltavam do Paraguai para o Brasil. Ema: provavelmente da corruptela de naHma, palavra árabe que designa o avestruz. A ema é a maior ave das Américas, vive em bandos e, tal como o avestruz, come tudo que encontra. Seus ninhos costumam ter cerca de 40 ovos. Repentistas sertanejos anônimos produziram, a propósito, os seguintes versos. Um canta: "Vou fazer-lhe uma pergunta,/ Seu cabeça de urupema,/ Quero que você me diga,/ Quantos ovos põe a ema." Ao que o outro retruca: "Quantos ovos põe a ema?/ A ema nunca põe só:/ Põe a mãe e põe a filha,/ Põe a neta e põe a avó." Maçom: do francês maçon, pedreiro, radicado no germânico makôn, fazer. Segundo crenças arraigadas, a maçonaria, que é uma sociedade secreta, existe desde a construção do Templo de Jerusalém, nascida da organização dos trabalhadores que o ergueram. Sua existência, porém, está documentada só da Idade Média em diante, quando os franco-maçons, pedreiros livres, se organizaram como classe para lutar por seus direitos. Seus símbolos ainda são as ferramentas do pedreiro e do arquiteto, mas a maçonaria deixou de ser secreta para se tornar mais uma sociedade filantrópica. No passado, seus membros chegaram a recorrer à violência para combater os tiranos.Protocolo: do latim medieval protocollum, registro resumido de atos públicos, obtido originalmente em cartórios e, depois, prova de entrada de documentos e petições em repartições públicas. Chegou ao latim vindo do grego protokollon, primeira folha colada. Era assim chamada porque nessa folha constava o resumo do que estava escrito no rolo de papiro no qual era fixada. Na informática, passou a designar o conjunto de regras que detectam se os programas de comunicação entre os computadores são compatíveis. Saracura: do tupi sara'kura. Seu canto é estranho, ensurdecedor, mas anuncia bom tempo. Essa ave dançarina está presente no mito do dilúvio, encontrável na cultura dos índios caingangues. O mito diz que, após se salvarem a nado de uma enchente, trazendo entre os dentes um tição aceso, os índios refugiaram-se num monte para aguardar a morte, mas foram socorridos pelas saracuras, que começaram a trazer cestinhas de terra no bico. Como, no entanto, não davam conta de fazer sozinhas um aterro, chamaram os patos para ajudá-las. Juntas, as aves teriam construído uma planície, pela qual os índios se espalharam, com exceção dos mais desconfiados, que subiram em árvores. Estes se transformaram em manitós, gênios protetores da mata. Tatuagem: do taitiano tatu, sinal, pintura, pelo inglês tattoo. O navegador inglês James Cook (1728-1779) relatou que os habitantes da ilha de Taiti, na Oceania, pintavam a pele com um osso pontudo, derramando nos pequenos ferimentos uma tinta preta chamada tat-tow. As palavras tatuar e tatuagem chegaram ao português no século XIX, mas foi apenas nas últimas décadas do século passado que a tatuagem foi amplamente disseminada no Brasil entre os mais jovens. Uns tatuam figuras, como dragões, cobras e aranhas; outros tatuam nomes de pessoas, frases ou símbolos cabalísticos. A palavra tattoo já existia no inglês desde o século XVII e indicava pequenas batidas para tapar os barris de bebida no fim do dia. Mais tarde passou a designar a batida de tambor que avisava aos soldados para voltar ao quartel. O célebre navegador descobriu a Nova Zelândia logo em sua primeira viagem. Na segunda, foi ao Oceano Ártico. Na terceira e última, encontrou as ilhas do Havaí, onde foi assassinado pelos nativos.