EM CASA, A MUSA DO CAMAROTE DA BRAHMA FESTEJA A HOMENAGEM E FALA DA SEPARAÇÃO
Redação Publicado em 22/01/2008, às 18h55
por Cláudio Uchôa
Há poucas semanas, um velho amigo de Luiza Brunet (45), de 94 anos, telefonou todo serelepe. Ele havia acabado de saber que a empresária e ex-modelo estava recém-separada do antiquário Armando Fernandez (58) após casamento de 24 anos. "Ele disse que havia rezado tanto para que isso acontecesse... Era a chance dele...", conta ela, caindo na gargalhada. A história ilustra bem o fascínio que Luiza exerce. E o tempo parece conspirar a favor. Linda e em ótima forma, ela já pode ser considerada o grande nome do carnaval 2008. Foi escolhida Musa da 18a edição do Camarote da Brahma, o mais antigo e vip da Marquês de Sapucaí. "O camarote é um objeto de desejo para muitas pessoas, muitas musas maravilhosas já passaram por lá. É a consagração", festeja. Além disso, após dois anos, volta a brilhar na avenida como rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense e será madrinha do centenário do Cordão da Bola Preta, um dos mais tradicionais blocos do carnaval carioca. A euforia, no entanto, tem limites. Apesar de estar separada desde outubro, ela garante que não acredita em amor de carnaval. "A pessoa tem que estar muito disponível. Não é a minha. Ainda não me sinto separada e não vou ultrapassar nenhuma barreira, preciso fazer as coisas na hora certa", explica, em seu apartamento de frente para o mar de Ipanema.
- Como está sua casa sem o Armando?
- Ficou mais vazia. Homem é espaçoso. Tinha sempre que botar as coisas no lugar. Ele me chamava de sargento (risos). Lógico que sinto falta, foram 24 anos. Desacostumar não é de um dia para o outro.
- É doloroso?
- Às vezes, muito. Mas em certos momentos é muito bom não estar discutindo. Sei que é recíproco. Os casais vão ficando tão insuportáveis... Só percebem isso quando separam. Em vários momentos ele teve uma paciência enorme para me aturar. E vice-versa. Viramos dois chatos dentro de casa. Então, o primeiro momento é de alívio. Depois percebemos que poderíamos ter feito as coisas de uma forma diferente. É um balanço saudável.
- Ainda é possível mudar?
- Ninguém muda ninguém. Nem com terapia. O que tenho que fazer, se houver uma volta, é aceitá-lo como é. E para uma rotina saudável, existem outras estratégias. Férias sozinhas, aprender a dizer não, desgrudar um pouco. Os dois precisam ser mais generosos, pacientes e transparentes.
- E quando vão resolver isso?
- Não tem uma data. Não nos vemos desde a separação, talvez até para não nos machucarmos. Em algum momento vamos nos reencontrar e conversar. Sei que será bem doloroso. Mas precisamos fazer isso para que algo seja definitivo. Sempre torço para que as pessoas fiquem casadas. Mas se não tem liga, a separação precisa ser madura e amigável. O tempo nos dirá.
- Existe algum pretendente?
- Não gosto de ficar experimentando. Não quero relações passageiras. Se terminar mesmo meu casamento, e se for para ficar com alguém, que seja algo verdadeiro.
- Mas você é a musa...
- É um privilégio ter quase 46 anos e ser vista assim, resistindo aos modismos e às musas passageiras. Ainda mais no mundo de hoje em que tudo é rápido e descartável.
- Como está se preparando para o carnaval?
- Estou fazendo aulas de samba, para dar uma aquecida, soltar um pouco os quadris. Também procuro fazer mais aeróbica. Minha obrigação é estar bem. Estou com 62 quilos, perdi sete desde o último carnaval. É o peso que vou manter. Não quero ser esquálida, estou muito feliz com o corpo que tenho. Não tenho vontade de mudar nada. Sou bem resolvida. Fisicamente, minha auto-estima está lá em cima.
- Você falou que 2007 foi o ano em que questionou toda sua vida. O que espera de 2008?
- Vou continuar sempre contestando, amadurecendo, não podemos parar. Sou muito ativa e transparente. E espero que 2008 seja tão bom como 2007. Quero realizar coisas que não realizei. Só não sei o que exatamente. Não faço projetos. Vivo um dia atrás do outro.
- E profissionalmente?
- Novela. Sempre nutri esse desejo. Me sinto mais segura, capaz. Posso ousar e fazer bem.