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LUISA MELL ABRE A CASA E O CORACÃO.

APRESENTADORA, QUE ESTÁ SOLTEIRA, FALA DE AMOR, SOLIDÃO, FÉ E ATIVISMO.

Redação Publicado em 30/01/2006, às 10h10

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LUISA MELL ABRE A CASA E O CORACÃO.
LUISA MELL ABRE A CASA E O CORACÃO.
por Alberto Santiago Quem chega ao endereço de Luisa Mell (27), em Alphaville, Barueri, na Grande São Paulo, logo vê que ali mora uma defensora dos animais. Além dos labradores Mickey e Gisele reinarem na casa, pôsteres exibem frases de Pitágoras (582-497 a.C.) e Gandhi (1869-1948), que anteviram: maltratar os bichos revela o que há de pior na índole humana. Renovada pela fé na Cabala, sistema filosófico-religioso judaico, a apresentadora do Late Show e do TV Fama, da Rede TV!, abriu a casa e o coração com exclusividade para CARAS. Ela assumiu estar solteira após cinco anos de relacionamento com um homem mais velho e do mesmo meio em que ela atua. O romance começou em 2000, nunca foi assumido publicamente e terminou há nove meses, por decisão dela. Luisa deixou o apartamento que o casal dividia havia quatro anos. "Não sou vítima", avisa a descendente de judeus criada no bairro-berço da comunidade em SP, o Bom Retiro. Ela celebra o Rosh Hashaná, ano-novo judaico, guarda jejuns, e ataca" delícias típicas como a chalah (pão de trança) e os varenikes (pastéis de batata). "Sofri, mas estou reaprendendo a viver só", resume a jovem estrela. - Por que você nunca assumiu o longoromance? - Mesmo saindo sozinha, eu jamais disse ser solteira. Não tornamos pública a nossa união por decisão dele, uma pessoa reservada. - Como se conheceram? - Fomos apresentados por amigos em comum. Vivemos bem por quatro anos. Já em 2004, quando o desgaste começou, foi complicado. Mas o amor não foi destruído pelo ódio. Ele é um grande homem, a quem sempre respeitarei. - O que aconteceu? - Quero alguém que me assuma, quero ter filhos. Respeitei a opção dele, mas fiquei infeliz, doente. Emagreci muito, tive problemas no esôfago e gastrite. Uma separação pode ser morte ou renascimento. Fiz a segunda opção. Saí da casa onde vivíamos e, com ajuda da minha mãe e empresária, Sandra Zatz, achei esta casa. - Foi nesta transição que descobriu a Cabala? - Sim, no fim de 2004 li O Poderda Cabala. Desde então, tento pôr em prática os ensinamentos: não julgar, perdoar e entender que tudo é causa e efeito, o que você faz ao outro volta para você. - Sempre amou os animais? - Sim, mas meus pais não me deixavam ter um (risos). Meu lado ativista veio com o Late Show, projeto do meu pai, o roteirista Papa Camargo. E, no programa, não falo só do abate ilegal de animais silvestres para fazer casacos de pele, do sofrimento dos gansos para a produção de foie gras, e de novilhos imobilizados e com os músculos atrofiados para virar baby beef. - Fala do que mais, então? - Dos nossos administradores, que permitem o abate de cães abandonados em SP, no Centro de Controle de Zoonoses. Por isso gravei o CD Festa na Floresta, em que canto com Michael Sullivan, produtor do disco, e vários artistas. Os lucros vão para ONGs que castram animais. Eu era mais feliz antes do Late Show, antes de ser autorizada pelo Peta (People for the Ethical Treatment Of Animals) a divulgar vídeos com as barbaridades contra animais. Tanto que eu e meus pais viramos vegetarianos desde a estréia do programa. Não servimos dor à mesa. - Como começou a carreira? - No teatro. Aos 13 anos, me formei na Escola Macunaíma, após passar pelo Oficina, onde cheguei a ensaiar Mistérios Gozosos - mas meus pais me tiraram do elenco (risos). Aí passei dois anos no Centro de Pesquisa Teatral, de Antunes Filho. A família "cobrou" uma faculdade, fiz Direito, mas nunca exerci, quis tentar a TV. Passei pelo SBT, Cultura, e Rede TV!, sempre apoiada por Mônica Pimentel. A guinada veio no carnaval de 2001, transmitindo ao vivo os desfiles do Rio. De volta a SP, eu era reconhecida na rua! Ano passado, voltei ao palco no musical Cinderela, adaptado por José Wilker e dirigido por Eduardo Martini, que deve seguir para o Rio neste ano. - Nada de namoro? - Estou igual à Carrie, da série Sex and the City: muito papo, pouca ação (risos). Preciso de um tempo sozinha e minha turma é minha alegria. São seis amigas com quem saio ou faço reuniões aqui em casa, com vinho e champanhe ao som de Madonna, Christina Aguilera e 50 Cent. Este ano já viajamos para Las Vegas e Maui, no Havaí, onde surfei. Foi o máximo!