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Lentes de contato são seguras, mas exigem uma higiene rigorosa

Denise de Freitas Publicado em 08/02/2007, às 10h22

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Denise de Freitas
Denise de Freitas
Os usuários de lentes de contato já são 95 milhões em todo o mundo. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (Soblec), 2% da população as utiliza, ou seja, por volta de 2,5 milhões de pessoas. Se você está entre os que pretendem adotá-las, elas são ótimas e práticas, mas analise muito bem a possibilidade. Pesquisa da Soblec constatou que, embora 70% das pessoas as usem por indicação de um oftalmologista, muitas desistem por medo de problemas oculares. As lentes de contato, vale destacar, melhoraram muito nas últimas décadas e estão no ápice em qualidade e segurança para os olhos. Tanto as duras como as gelatinosas são confiáveis. Ambas são produzidas com materiais que permitem que a córnea respire naturalmente, o que elimina qualquer tipo de prejuízo ao órgão. Há dois tipos de lentes: as prontas e as personalizadas, isto é, feitas sob encomenda. A maioria das pessoas usa o primeiro tipo, pois tem graus comuns e também uma córnea de tamanho comum; e apenas uma minoria precisa fazê-las sob encomenda, uma vez que vai usar lentes de graus elevados e sua córnea tem características específicas, como uma curvatura grande demais. Existem lentes de contato de ambos os tipos para corrigir os problemas de visão mais freqüentes, ou seja, miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia. É possível corrigir ao mesmo tempo as quatro doenças com o uso de um par de lentes apenas, sejam as industriais, sejam as feitas sob encomenda. Não devem utilizá-las, porém, quem tem olhos secos demais; portadores de alergias; e, em alguns casos, idosos que apresentam tremores que dificultem o manuseio das lentes. Embora até bebês que nasçam com problemas graves de visão, como catarata congênita, possam usá-las, tais lentes não são indicadas a crianças. Parte dos médicos é de opinião que só devem fazê-lo depois dos 15 anos, pois, entre outras razões, não são capazes de higienizá-las adequadamente nem de reconhecer eventuais problemas que surjam. As pessoas não devem comprar lentes por conta própria e usar. Precisam, antes, consultar um oftalmologista. Até porque não sabem se seus olhos estão aptos a usálas. Podem ter, por exemplo, doenças que inviabilizem, ainda que momentaneamente, o uso. A compra sem a indicação de um oftalmologista, portanto, é muito arriscada. Se você foi ao médico e vai usar ou já está usando lentes, é importante observar alguns pontos básicos para manter a integridade de tais objetos e a saúde de seus olhos: Ï lave sempre as mãos com sabão antes de manuseá-las; Ï siga as instruções do oftamologista e do fabricante à risca; Ï faça a assepsia das lentes apenas com os produtos indicados pelo especialista - hoje há as soluções multiuso, ou multipropósito, que limpam e hidratam com segurança, além de facilitarem a desinfecção; Ï higienize o estojo na periodiciadade e com os produtos sugeridos; Ï no caso de lentes de uso prolongado, siga à risca o tempo indicado; Ï não entre em piscinas, no mar nem em banheiras com as lentes; Ï vá ao médico pelo menos uma vez por ano para fazer uma avaliação das lentes e de seus olhos. Caso seus olhos se tornem vermelhos e irritados, suspenda o uso e consulte o oftalmologista, pois pode haver problemas graves. Os mais preocupantes são as infecções por bactérias e parasitas. Ï Infecções bacterianas. A mais perigosa é pela pseudomonas. Pode estar no próprio olho ou contaminar produtos de limpeza e o estojo. Atinge mais um olho só. O sintoma é dor intensa. Pode corroer a córnea em um a dois dias, a ponto de exigir um transplante. Ï Infecções parasitárias. Ocorrem mais por amebas. Estão sobretudo em piscinas, no mar e em banheiras. Atingem um ou os dois olhos. Podem desencadear a formação de catarata, glaucoma e até levar à cegueira. O pior é que, como se trata de uma doença nova, ainda não tem tratamento eficaz.