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Laser já é usado, com sucesso, no tratamento de micose nas unhas

Redação Publicado em 18/12/2012, às 11h54 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Já se trata de micose de unha com raios laser. Os resultados das primeiras pesquisas sobre o assunto foram apresentados no último congresso da Associação Americana de Dermatologia, realizado em março último, em San Diego, na Califórnia.

Mais conhecida pelos profissionais de saúde como onicomicose, a micose de unha é uma doença chata e, até a utilização do laser, difícil de curar. As opções de tratamento eram remédios tópicos, remoção da unha com cirurgia e remédios orais. A escolha da terapia dependia da gravidade da doença, dos tratamentos que o paciente já tinha feito e dos remédios que toma para outras doenças. Dependia ainda do médico, da preferência de seu cliente e dos custos. Os remédios tópicos, na forma de líquido e de pomada, como disseram os pesquisadores no congresso e se vê no dia a dia dos consultórios, quase não dão resultado porque não conseguem penetrar em toda a unha. Os de uso oral, de outro lado, precisam ser tomados durante meses. Além de apresentarem inúmeros efeitos colaterais, nem todos são eficazes.

O tratamento com laser, felizmente, vem mudar este quadro. É feito faz pouco tempo e ainda carece de pesquisas em larga escala, ou seja, realizadas ao mesmo tempo em vários países e com grande número de portadores. Mas vem se mostrando eficaz e até já foi aprovado pela Administração de Alimentos e Remédios (FDA), dos Estados Unidos, e pelos organismos de saúde de países da Europa.

Também no Brasil já está disponível. As vantagens sobre as terapias tradicionais são: a) é rápido, sendo feito em apenas três a quatro sessões; b) não causa complicações locais nem sistêmicas; e c) evita a interação de remédios e não é tóxico para o fígado nem para os rins.

Os raios laser — pode-se usar o Nd Yag 1064 e o BBL (Broad Band Light) Pulsed  Light — elevam rapidamente a temperatura na unha a 40 a 42 graus e matam os fungos. O paciente sente um pouco de dor, perfeitamente suportável. O tratamento dura no máximo 10 minutos, não danifica a unha nem tem efeitos colaterais. Pesquisa feita na Universidade de Miami, na Flórida, com 21 pacientes constatou que, seis meses depois do tratamento, 20 não tinham mais nenhum tipo de fungo nas unhas.

As micoses de unha, vale relembrar, atingem mais de 5% da população mundial. Gastou-se com elas em 2010, no planeta, 3,6 bilhões de dólares. São mais comuns nas unhas dos pés, mas ocorrem também nas das mãos. Podem ser contraídas por qualquer um que pise descalço em locais contaminados, como praias, saunas e banheiros, ou ao se usar as mesmas meias e sapatos por vários dias.

Essas doenças ocorrem em todo o planeta, porém são mais comuns nos países tropicais e subtropicais, cujo clima favorece a proliferação dos fungos. Não matam, no entanto incomodam, pelo fato de os fungos alterarem a cor das unhas, engrossaremnas e, nas situações mais graves, até as destruírem. 

O ideal, claro, é evitar a contaminação. Você pode fazer isso com algumas medidas básicas. Troque de meias diariamente. Faça revezamento dos sapatos, deixando cada par descansar, de preferência ao sol, por 24 horas após o uso. Evite pisar descalço em locais de risco, como saunas e banheiros malcuidados. Quem tem onicomicose, finalmente, precisa tratar-se, porque pode transmiti-la a terceiros ao compartilharem roupas (meias, por exemplo) e objetos pessoais (como tesouras e lixas).