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Jayme Monjardim foca Jerusalém

Diretor Jayme Monjardim revela suas crenças e planeja lançar livro de fotografia

Redação Publicado em 26/12/2012, às 20h26 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Diante da Cúpula da Rocha, um dos lugares sagrados do islã, Jayme faz fotos para seu projeto. - Samuel Chaves
Diante da Cúpula da Rocha, um dos lugares sagrados do islã, Jayme faz fotos para seu projeto. - Samuel Chaves

Há pelo menos 20 anos, o diretor Jayme Monjardim (56) acalenta o sonho de lançar um livro com seus registros fotográficos feitos em viagens por vários cantos do planeta. Em sua passagem por Jerusalém, ele investiu ainda mais no projeto. De máquina em punho, clicou novos ângulos de lugares históricos como a Cúpula da Rocha, no Monte do Templo, a Basílica do Santo Sepulcro e o deserto da Judeia. “O meu acervo é grande. Tenho mais de cinquenta países fotografados, como Índia, Nepal, a Europa quase inteira, o mundo árabe... Faço questão de ir registrando tudo que existe de mais profundo nos lugares. Dia 1º de janeiro, embarco para a Guatemala, onde vou gravar cenas da novela Flor do Caribe. Aproveito para visitar essa região da América Central, depois, ficam faltando apenas lugares como a Antártica e o Iêmen do Sul. Com isso, acho que fecho meu ciclo, terei condição de terminar este trabalho”, revelou o diretor, citando a próxima trama das 6 da Globo, com estreia prevista para a primeira quinzena de março.

Ao longo dos anos, Jayme vem selecionando as fotos. “Não é um trabalho fácil, demora. Mas não tenho pressa, não pretendo ganhar dinheiro com isso”, acrescentou ele,  que deve levar pelo menos três anos ainda para concluir o projeto. Israel, por exemplo, é um local onde Jayme já esteve inúmeras vezes desde que veio pela primeira vez, no fim dos anos 80, a pedido de Adolpho Bloch (1908-1995), dono da extinta TV Manchete, onde então trabalhava. “Tenho grande atração pelo país, principalmente por esta cidade, uma espécie de referência de energia espiritual. Vou voltar sempre. Diante do Santo Sepulcro, qualquer pessoa se entrega, é impressionante a força que existe aqui. Sinto isso andando por essas ruas milenares. Sinto-me bem, parece que já fiz parte deste lugar”, ponderou ele, que teve formação católica. “Dos 9 aos 16 anos vivi em Madri, estudei em colégio profundamente católico, fui coroinha. No Rio, onde moro, mantemos o hábito de ir à missa aos domingos, sou praticante”, acrescentou ele, que faz questão de um dia trazer à Terra Santa a filha Maysa (2), da união com a cantora Tânia Mara (29), que não puderam acompanhá-lo nesta viagem.

– Vocês estão juntos há 8 anos, como está o casamento?

– Sou bem realizado sentimentalmente, me encontro totalmente feliz. Tânia é meu outro pedaço, me completa. Mesmo com nossa diferença de idade de 27 anos, me impressiona o amadurecimento do sentimento que nos une. É uma relação consistente, forte, enraizada e que me deixa tranquilo.

– Como vocês matam a saudade durante essas longas viagens?

– É uma salada, usamos Skype, WhatsApp, telefone, tudo o que tem disponível. Hoje, graças a Deus, a tecnologia encurta as distâncias. Tudo se torna mais ágil e interessante e a saudade fica menor. Posso fazer a Maysa dormir pelo Skype, isso é bem legal.

– Maysa mudou sua vida?

– É um paraíso ter a oportunidade de curtir uma filha com minha idade, fazer tudo que não fiz antes. São momentos únicos. Maysa é inteligente, especial. Aprendo muito com ela, a cada dia sou um pai mais presente. Com a idade, passamos a usufruir melhor as coisas. Aproveitamos mais a vida agora do que quando éramos jovens. Antigamente, considerava o trabalho a coisa fundamental. Hoje, a família, os filhos têm importância maior. Trabalho é consequência.

– Maysa está puxando a personalidade de quem?

– É a mistura da avó (a cantora Maysa) com a minha. Mas ela é a cara da mãe, não tem jeito. Eu e Tânia estamos tão felizes que desejamos mais filhos, quem sabe ano que vem não chega? E eu acrescento mais um ao total de sete que quero ter. Faltam três. Que venha logo Francesco ou Francesca, homenagem a meu bisavô, o conde Francesco Matarazzo.

– Qual o balanço de 2012 e o que espera de 2013?

– Este ano foi incrível. Para mim, o grande presente foi a oportunidade de ter filmado O Tempo e o Vento, que é uma grande obra. Agora, tem a novela do Walther Negrão, enfim, só tive coisas boas. Maysa está maravilhosa, minha relação com Tânia idem, meu filho Jayminho está fazendo sucesso, cada vez mais incrível, é um ator sério, compenetrado. Fico babando pelos cantos da boca. Não posso reclamar de nada. Só agradeço todos os dias por tudo que acontece. Se continuar assim, está bom.

– E o ano-novo?

– Vou ficar em casa, com a família. Se puder juntar todos em uma bela mesa, com bastante fartura de amor, já está bom. Como disse, dia primeiro vou para a Guatemala.

– Vai levar Tânia e Maysa?

– Não, elas vão ficar no Rio. Tânia está preparando o novo CD. Para a Maysa é complicado, porque vamos viajar muito pelo país.

– Como será Flor do Caribe?

– É uma grande aventura amorosa, um trabalho incrível. Já gravamos no Rio Grande do Norte, as imagens estão um escândalo, talvez as mais fortes que fiz até hoje. Em Currais Novos, foram sete dias em minas. Parecem as imagens de Viagem ao Centro da Terra. A novela vai ter muita ação, com um triângulo amoroso com os personagens do Henri Castelli, Grazi Massafera e Igor Rickli, que será a grande revelação. Ele trabalhou comigo em O Tempo e o Vento, que devo lançar em agosto. Lívian Aragão, filha do Renato, também será minha aposta na novela.

– Tem mais projetos?

– Já penso na próxima novela do Manoel Carlos e da Lícia Manzo. E tem dois filmes que ainda espero realizar. Um sobre a saga da família Matarazzo e outro sobre a vida de Saint-Exupéry, o autor de O Pequeno Príncipe.