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Já é possível operar com o laser, no País, próstatas de qualquer tamanho

Redação Publicado em 22/01/2013, às 11h15 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A próstata, glândula do aparelho genital masculino, situa-se em torno do canal uretral, que leva a urina da bexiga para fora do corpo. Seu crescimento anormal é chamado hiperplasia benigna da próstata. Esta doença atinge todos os homens, em graus variáveis, a partir dos 40 anos. Estão mais suscetíveisos que têm histórico familiar, diabéticos, obesos e fumantes. O crescimento da glândula pressiona a uretra, diminui seu espaço interno e o homem tem dificuldade para urinar.

Outros sintomas são: jato lento, esforço e urgência para urinar, gotejamento, interrupção da micção, aumento do número de idas à toalete e, nos casos mais graves, incontinência urinária, pela falência da bexiga. Cerca de 70% dos homens com mais de 50 anos têm sintomas importantes da doença e os 30% restantes, apenas sintomas leves.

O tratamento da hiperplasia é feito com remédios ou cirurgia. O tratamento com remédios usa os mesmos faz 30 anos, mais uns poucos novos nos últimos três anos. Uma parte deles objetiva relaxar a próstata e evitar que pressione a uretra, diminuindo os sintomas, enquanto a outra evita que a glândula cresça. Os dois grupos são eficazes, mas só o segundo pode, em alguns casos, livrar a próstata do tratamento cirúrgico, infelizmente com algumas repercussões negativas na vida sexual do paciente, como perda da libido.

Já os métodos cirúrgicos objetivam retirar o núcleo da próstata para diminuir a pressão na uretra e  melhorar a condição miccional do paciente. São dois, um para próstatas com menos de 60 g e outro para as maiores. No primeiro caso pode-se fazer RTU de próstata, isto é, ressecção transuretral, e próstatas com 60 g ou mais até agora eram tratadas só com cirurgia aberta, pois o ato cirúrgico não deve durar mais de 60 minutos, pelo fato de poder causar problemas como insuficiência renal.

Em 2005, felizmente, os norte-americanos passaram a usar um laser criado para tratar hiperplasia, o Green Laser. O de 2005 era de 80 watts e tratava próstatas de até 60 g. Em 2008 surgiu um de 120 watts, que permitia tratar glândulas de até 140 g. Em 2012 se lançou um de 180 watts, que permite tratar próstatas com mais de 200 g.

O laser de 180 watts pode ser usado para tratar casos de todos os portadores de hiperplasia com indicação de cirurgia. Mas se destina em especial aos que não podem fazer RTU, que são: aqueles que têm alto risco cirúrgico, os cardiopatas que tomam anticoagulantes e quem sofre de insuficiência renal crônica.

Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva, mas tem risco. Por isso é feita em hospital. A pessoa tem alta em até 24 horas. A cirurgia consiste em introduzir pela uretra do paciente uma câmera que mostra o interior da glândula, conduz a fibra do laser e permite o entra e sai do soro que mantém limpo o campo cirúrgico e lava o vapor. O laser, como nas outras cirurgias, remove a parte do núcleo da próstata necessária para se descomprimir a uretra e diminuir os problemas miccionais. Não corta, só vaporiza o tecido, o que é menos agressivo. O resultado em termos de micção é o mesmo com as três técnicas cirúrgicas. As vantagens do laser, entretanto, são: maior segurança, menor tempo de repouso e de internação e recuperação mais rápida. Também nas três técnicas o paciente tem 10% de chance, em 10 anos, de precisar operar de novo.