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Iris Chaves: Autêntica

A socialite e designer mostra sua mansão que abriga 400 obras de arte e 400 pares de sapatos

Redação Publicado em 22/11/2010, às 19h44 - Atualizado em 29/11/2010, às 13h14

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De Lino Villaventura edição limitada, Iris é recebida na propriedade de 5000m2, na Pampulha, Belo Horizonte, pelo marido, o médico Eduardo Janot, aos pés da escada do living, que exibe peças de Leda Catunda e Siron Franco e A Biblioteca, de José Bento. - Geraldo Goulart
De Lino Villaventura edição limitada, Iris é recebida na propriedade de 5000m2, na Pampulha, Belo Horizonte, pelo marido, o médico Eduardo Janot, aos pés da escada do living, que exibe peças de Leda Catunda e Siron Franco e A Biblioteca, de José Bento. - Geraldo Goulart
Quem frequenta a alta sociedade mineira já se deparou com ela em festas, sempre com modelitos que muitas vezes fogem do convencional. Iris Chaves (42), a socialite e designer de moda mais autêntica de Belo Horizonte, mora em uma mansão na parte luxuosa da Pampulha. A casa, com área total de 5000 m2, é uma verdadeira galeria de arte. São 400 obras entre quadros, esculturas e objetos, que passam por nomes de peso como do contemporâneo Nuno Ramos (50), o raro Jorge Guinle Filho (1947- 1987) e o mineiro Fernando Pacheco (51). Isso sem falar de seu closet com 400 pares de sapatos e do ateliê, onde figuram incontáveis peças de roupas de grifes do mundo todo. "Já cheguei a ter 600 pares de calçados, mas fui doando. Esse meu consumo não é para agradar ninguém nem é autoafirmação. Muita coisa que compro é de brechó. Sou a rainha do brechó", diz a bela, entre vestidos vintage, criações próprias e peças exclusivas. Ao lado do amado, o médico e empresário hospitalar Eduardo Janot (40), Iris vive uma vida de rainha. Além de colecionar arte, o casal frequenta os melhores eventos da cidade e é convidado para leilões sofisticados Brasil afora, como o de Lily Marinho (89). "Estamos no mailing top nacional. A gente valoriza estar em todos os eventos. Sou temática, vou vestida de acordo com a ocasião, seja de peruca, turbante, o que for necessário para entrar no clima", diverte-se ela. Casados há seis anos e juntos há dez, Iris e Eduardo são pais do pequeno Victor (5). "Ele é a nossa grande paixão e fruto da nossa linda história de amor", derrete-se o pai coruja, que lê diariamente histórias infantis para o herdeiro. Mesmo sendo socialite assumida, Iris trabalha intensamente e chega a dormir apenas quatro horas por noite. Além de consultorias de moda, ela dá aulas de história da moda no Instituto Yará Tupinambá, é patronesse de vários eventos beneficentes e ainda participa do programa TV Verdade, da TV Alterosa, do SBT local, como uma das comentaristas. Isso sem falar da faculdade de moda, que resolveu cursar mesmo depois de 20 anos atuando na área. "Achei importante retomar a vida acadêmica. Quando meu filho nasceu, queria sentir de volta a minha vida, me sentir como mulher e como profissional. Eu precisava desse frescor", assume a globetrotter, como gosta de ser chamada. Com exclusividade, Iris e Eduardo mostraram sua luxuosa mansão para CARAS entre conversas, troca de roupas e flashes. - Como vocês se conheceram e qual é o segredo da relação? Iris - Foi em 2000, por meio de um amigo em comum. Foi amor à primeira vista de ambos os lados, após cinco meses fomos morar juntos. Temos uma cumplicidade bacana, somos amigos e nos admiramos mutuamente. O segredo da nossa relação se baseia na confiança, na amizade e no humor. Vejo meu marido como um homem obstinado, lutador e muito sensível. Eduardo - Eu me sinto muito bem ao lado de uma pessoa dinâmica, inteligente e de bom gosto, sobretudo engraçada. Temos de pensar que a beleza é passageira e com o passar dos anos o que ficará é a amizade, o diálogo e o bom humor. Sabemos respeitar a individualidade de cada um, talvez este seja o nosso grande segredo. - Você possui closet e ateliê de fazer inveja a muita gente. Está sempre com peças caras, importadas, vintage, raras ou exclusivas... Iris - Agora estou em um momento de desapego, vou me desfazer de boa parte de minhas produções. Isso é mais psicológico que espiritual. Na verdade, eu cansei e por isso estou colocando em prática um antigo sonho. Vou lançar meu brechó, o Cansei de Ser Madame. Penso que as pessoas que adquirirem minhas peças terão um momento de prazer, afinal, muitas delas sonham conhecer meu closet. - E você sempre foi assim, autêntica, original? Iris - Tem de ter um diferencial. Falo para as pessoas que elas tem de ser "o cara". Eu sou "o cara". Mas para isso tem de saber segurar. Eu sou assim, não faço isso para forçar a barra nem para agradar as pessoas nem em forma de protesto. Desde pequena sempre fui vaidosa, sempre gostei de coisas boas, de roupa. As pessoas acham que sou louca porque sou autêntica. Isso já me incomodou no passado, hoje nem ligo. Eu vivo o hoje. Não sou a formiguinha que trabalha, sou a cigarra que canta. - Qual é sua fonte de inspiração para se vestir? Iris - Sou fã de Lady Gaga e Dita Von Teese, elas são minhas musas. Gosto delas, da maneira como se vestem, de tudo. - Você é uma mulher segura? Iris - Uma coisa que não me pertence é a insegurança. Sempre tento tudo e, mesmo que não dê certo, jamais sou uma pessoa frustrada. Para mim, tentar é fundamental. Desde pequena, minha mãe falava que eu tinha a "vista alta". Eu sempre disse que seria realizada e bem-sucedida, mas isso não tem nada a ver com dinheiro. Eu sempre quis me realizar como pessoa, me realizar profissionalmente e isso eu consegui. - O que é a cara de Iris Chaves? O que te fascina? Iris - Sou alucinada por coisas velhas. Adoro antiquários e brechós. Brinco que meu espírito gosta de antiguidade. Acho que nasci no Egito, fui muito amiga de Cleópatra e nos divertimos muito. Tenho paixões por espelhos, lustres, roupas, sapatos e flores. O que não combina comigo é aquela coisa de casa de campo. Eu detesto! (risos) - Vocês têm 400 obras de arte em casa, entre esculturas, quadros e outras peças. Como começou essa paixão? Eduardo - Comecei a comprar obras há 20 anos. Arte é paixão, você não pode comprar como investimento, tem de gostar. Afinal, vai conviver com as obras. Se você não ama arte, um dia as peças começam a te incomodar. Iris - Também sempre gostei de arte. Eu já tinha muita coisa em minha casa e fomos juntando até chegar nessa grande coleção. - Tiveram ajuda de algum profissional para decorar a casa? Iris - Na decoração somos autorais. Achamos mais interessante essa forma de decorar, em que garimpamos cada detalhe com a nossa cara e nosso gosto. Foi divertido escolher tudo sem interferência alheia. Eduardo - Essa casa, do arquiteto Ênio Furtado, discípulo de Oscar Niemeyer, é do final dos anos 1950. Aqui eram feitas as edições da Casa Cor Minas, então, quando comprei precisou de restauração. Para essa parte foram chamados os profissionais da área. Fotos: Geraldo Goulart