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Inibição do desejo sexual atinge 3% dos homens entre 18 e 90 anos

Ronaldo Pamplona da Costa Publicado em 10/03/2008, às 14h35

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Ronaldo Pamplona da Costa
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Homens e mulheres que têm uma atividade sexual que satisfaz a eles e a seus parceiros e de repente passam a não se interessar por sexo podem estar com inibição do desejo. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial de Saúde, caracteriza-se o fenômeno em homens quando apresentam perda do interesse por sexo por pelo menos seis meses. Outra indicação é diminuição ou ausência de fantasias e sonhos eróticos. O fenômeno pode atingir qualquer um. O Estudo da Vida Sexual do Brasileiro - pesquisa nacional com homens que incluiu o item "inibição do desejo" feita em 2003 pela psiquiatra Carmita Abdo, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - mostra que têm essa inibição 3,6% dos pernambucanos, 2,8% dos cearenses, 2,7% dos paranaenses, 2,3% dos catarinenses e dos baianos, 2,0% dos paulistas, 1,5% dos paraenses e 1,3% dos goianos, só para citar alguns exemplos. A média nacional, aliás, é de 3% para os homens de 18 a 90 anos. As causas da inibição do desejo se dividem em psicológicas ou emocionais, orgânicas e sociais. Entre as causas psicológicas ou emocionais estão: término do amor ou da atração sexual pela parceira, estresse, depressão, conflitos interiores sobre questões como forma e tamanho do pênis, ansiedade quanto ao desempenho sexual, dificuldade de relacionamento com o sexo oposto, estima e se sentem infelizes e depressivos. Não comparecem aos compromissos sociais, passam a faltar ao trabalho e até perdem o emprego. Solteiros evitam parceiras e acabam se isolando e sofrendo mais ainda. Já os casados podem enfrentar dificuldades de relacionamento com a esposa e até se separarem. Pessoas com sintomas devem consultar um clínico geral para afastar doenças físicas como causa. Descartadas estas, precisam consultar um urologista, um psicólogo ou um psiquiatra, de preferência especializados em sexologia. Sabe-se que a psicoterapia auxilia muito no tratamento, em especial quando as causas são psicológicas. É importante também descartar o câncer de róstata. Para isso se faz toque retal, exames de sangue (PSA) e ultra-som. Caso se tenha de retirar a próstata, cirurgiões experientes podem fazê-lo e preservar a inervação para evitar a impotência. O diagnóstico é feito conversando com a pessoa para traçar um histórico do problema, exame físico e, se for o caso, exames de laboratório. Hoje, com a clareza que já se tem dos mecanismos que levam à inibição, o conhecimento das doenças que a provocam e as múltiplas possibilidades de tratamento, a maioria dos pacientes recupera a libido, o desejo e retoma a sua vida sexual normal. Inibição do desejo sexual atinge 3% dos homens entre 18 e 90 anos Caracteriza-se a inibição do desejo sexual em homens quando têm perda do interesse por sexo por pelo menos seis meses. Pesquisa constatou que atinge, em média, 3% dos brasileiros de 18 a 90 anos. As causas do problema são inúmeras. Felizmente, com o conhecimento que se tem da inibição e o aperfeiçoamento dos tratamentos, a maioria consegue retomar a atividade sexual. por Ronaldo Pamplona da Costa* SAÚDE medos, culpas, tensão emocional e viuvez. Já as causas físicas principais são: cansaço, disfunções eréteis, lesões e traumatismos neurológicos, queda nos níveis dos hormônios produzidos pela tireóide e pelos testículos, doenças crônicas do fígado, do rim e dos pulmões, diabetes, aids, obesidade, desnutrição e uso contínuo de drogas como álcool e maconha e de remédios como ansiolíticos, antidepressivos e anti-hipertensivos. Entre as causas sociais estão: desemprego, falência, abandono e inadequação no trabalho. A inibição do desejo acarreta muito sofrimento. Portadores solteiros ou casados freqüentemente apresentam queda na auto-estima e se sentem infelizes e depressivos. Não comparecem aos compromissos sociais, passam a faltar ao trabalho e até perdem o emprego. Solteiros evitam parceiras e acabam se isolando e sofrendo mais ainda. Já os casados podem enfrentar dificuldades de relacionamento com a esposa e até se separarem. Pessoas com sintomas devem consultar um clínico geral para afastar doenças físicas como causa. Descartadas estas, precisam consultar um urologista, um psicólogo ou um psiquiatra, de preferência especializados em sexologia. Sabe-se que a psicoterapia auxilia muito no tratamento, em especial quando as causas são psicológicas. É importante também descartar o câncer de próstata. Para isso se faz toque retal, exames de sangue (PSA) e ultra-som. Caso se tenha de retirar a próstata, cirurgiões experientes podem fazê-lo e preservar a inervação para evitar a impotência. O diagnóstico é feito conversando com a pessoa para traçar um histórico do problema, exame físico e, se for o caso, exames de laboratório. Hoje, com a clareza que já se tem dos mecanismos que levam à inibição, o conhecimento das doenças que a provocam e as múltiplas possibilidades de tratamento, a maioria dos pacientes recupera a libido, o desejo e retoma a sua vida sexual normal.