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Inchaço no rosto pode ser a primeira indicação de uma infecção dentária

Isabel Teresa Pérez Diez Publicado em 29/07/2008, às 14h10 - Atualizado em 07/09/2012, às 09h24

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Isabel Teresa Pérez Diez
Uma situação comum. A pessoa vai ao dentista e trata de uma cárie superficial ou do canal de um dente e se sente aliviada. Afinal, eliminou um problema em sua vida. Tempos depois, que podem ser semanas ou anos, vem a surpresa: de repente seu rosto incha e a região entre o rosto e o dente fica dolorida. Ela se assusta, claro, pois pensava que o problema estivesse definitivamente resolvido. Isso infelizmente ocorre. O inchaço no rosto é um dos sinais das infecções de origem dentária por microrganismos, sobretudo bactérias. O dente, vale relembrar, é composto de três partes: esmalte (camada externa dura), dentina (primeira camada interna) e polpa (nervo). A cárie é uma destruição localizada e progressiva de um dente. Atinge o esmalte, depois a dentina e pode penetrar na polpa, levando à sua necrose. A necrose da polpa do dente é a principal causa das infecções de origem dentária. Ela é causada pelas cáries profundas, que se formam devido à higienização bucal precária e/ou ao desleixo com os problemas dentais, comuns a boa parte dos brasileiros. Mas podem formarse também em conseqüência de restaurações e de tratamentos de canal inadequados ou do rompimento das restaurações, por onde entram as bactérias que provocam a necrose pulpar e, conseqüentemente, a infecção. O mecanismo que permite que a infecção dentária chegue até o rosto é o seguinte: a necrose deixa a polpa do dente propícia à multiplicação das bactérias. Elas tanto podem ficar restritas à polpa quanto ir penetrando e atingir os tecidos vizinhos ao dente, como o do rosto, e inflamá-lo também, causando inchaço. Em casos muito raros, mesmo após o tratamento endodôntico algumas bactérias ficam "escondidas" nos tecidos da raiz e não são destruídas. Continuam vivas dentro do dente, podendo ficar inativas durante anos, controladas pelas defesas orgânicas. Mas, em determinado momento da vida do indivíduo, sua imunidade pode ver-se comprometida e então esses microrganismos aproveitam para se multiplicar e provocar uma nova infecção. Todos os que não cuidam bem dos dentes ou têm um tratamento dentário malfeito estão sujeitos a apresentar infecções. Outros sintomas comuns a elas são: dor localizada e espontânea variando de moderada a intensa, pulsátil e contínua; inchaço na gengiva; formação de um processo inflamatório com pus; e às vezes, sobretudo nos casos mais graves, também febre. Felizmente, é possível diminuir o risco de ter infecções dentais higienizando os dentes com cuidado após as refeições. Também é fundamental escolher sempre bons profissionais para cuidar de sua boca. Portadores de sintomas de infecções, de outro lado, devem ir logo ao dentista. Só ele é capaz de prescrever os remédios mais indicados para aliviar a dor e, em seguida, fazer o tratamento correto. É comum as pessoas tomarem analgésicos, antiinflamatórios ou antibióticos por conta própria na tentativa de solucionar o problema e não irem ao dentista. Até pode dar certo, mas existem riscos nessa atitude. Se a causa não for removida, o quadro pode complicar, com conseqüências graves para a saúde da pessoa. Por outro lado, em pacientes com comprometimento sistêmico, como portadores de doenças cardíacas, diabéticos e imunodeprimidos, há o risco de o quadro se agravar mais ainda, pois as bactérias podem cair na corrente sanguínea e provocar infecção generalizada, o que às vezes é fatal.