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Hipertrofia, do grego hiper, excessivo, e trophé, alimentar, aplica-se ao...

...que se avoluma além do esperado, como os impostos. Aliás, a chegada, nesta época, das cobranças de vários tributos leva muita gente a emitir xigamentos ou xingos, do quimbundo xinga, ou seja, impropérios.

Deonísio da Silva Publicado em 24/01/2007, às 16h22

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Deonísio da Silva
Deonísio da Silva
Bermuda: da expressão inglesa Bermudas shorts, calças curtas de Bermudas. Designou originalmente calções de comprimento até os joelhos, feitos de calças velhas, que eram usados pelos primeiros habitantes do arquipélago de Bermudas, composto de 150 ilhas, 20 delas ainda inabitadas, no Atlântico Norte. O conjunto constituiu-se na primeira colônia do império britânico, embora o espanhol Juan Bermúdez tenha chegado lá antes, em algum momento entre 1503 e 1511 - daí o nome dado ao lugar e à vestimenta. É, hoje, um dos territórios mais povoados do mundo, com mais de 1 mil habitantes por quilômetro quadrado. Em agosto de 1840, o arquipélago ganhou fama pelo desaparecimento de toda a tripulação do barco francês Rosalie, encontrado com a carga intacta, as velas içadas, canários morrendo de fome, algumas aves domésticas e um gato. Desde então tornou-se tristemente famoso o Triângulo das Bermudas, território que forma essa figura geométrica entre o arquipélago, o sul da Flórida e o meridiano 40. Ali já desapareceram vários barcos, navios e aviões, dos quais nunca mais foram encontrados nem os menores vestígios. Em seu livro O Triângulo das Bermudas, lançado em 1974, o americano Charles Berlitz (1914-2003) descreveu vários desses sumiços e tornou o estranho lugar ainda mais conhecido. Até o descobridor do arquipélago desapareceu. Não se sabe quase nada sobre Juan Bermúdez, nem o ano em que morreu.Caimão: do taino kaimán, pelo espanhol caimán, designando répteis que incluem três espécies de jacaré: jacaré-de-papo-amarelo, jacaré-delunetas e jacaretinga. É também o nome de um arquipélago da América Central, composto de três ilhas, descoberto sem querer por Cristóvão Colombo (1451-1506), em 1503, devido a um forte vento quando ia do Panamá para a Ilha Espanhola, cujo território atual divide-se entre dois países, o Haiti e São Domingos. O célebre navegador genovês batizou as ilhas como Las Tortugas, por ter encontrado ali grande quantidade de tartarugas. Depois, ganharam o nome de Caimãs porque os aruaques (comedores de farinha), seus primitivos habitantes, chamavam assim crocodilos, jacarés e iguanas, estes últimos muito abundantes no lugar. Os primeiros colonizadores foram dois desertores britânicos, que, vindos da Jamaica, ali chegaram em 1655. Em 1788, dez dos 58 navios de uma frota britânica naufragaram nas proximidades das Ilhas Caimãs e foram resgatados pelos habitantes locais. Desde então, por ato agradecido do rei inglês George III (1738-1820), os ilhéus foram dispensados de pagar impostos, benefício de que gozam até hoje. Em 1962, quando a Jamaica se tornou independente da Grã-Bretanha, as Ilhas Caimãs, por opção, escolheram permanecer como colônia, segundo nos informa o jornalista e engenheiro eletrônico argentino Edgardo Otero (41), autor de A Origem dos Nomes dos Países (Editora Panda). Inepto: do latim ineptus, inepto, sem sentido, incoerente. Inepto, inepta e inépcia aparecem com freqüência em textos jurídicos. Recentemente, o ministro Gilmar Mendes (51), vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que oito de cada dez denúncias de improbidade administrativa levadas ao STF são ineptas. Ou seja, em 80% dos casos, as ações representam aleivosias, calúnias, mentiras que visam defender interesses corporativistas e políticos, ou, no mínimo, supostos crimes que, entretanto, não são provados. Pororoca: do tupi poro'roka, estrondo, barulho. É assim definida no dicionário Michaelis: "Grande onda de maré alta que, com ruído estrondoso, sobe impetuosamente rio acima, principalmente no Amazonas, apresentando uma frente abrupta de considerável altura, perigosa à navegação, e que depois de sua passagem forma ondas menores, os banzeiros, que se quebram violentamente nas praias; macaréu". O escritor gaúcho Raul Bopp (1898-1984) a viu assim: "De repente, ouviuse um estrondo distante. Parecia que o mar tinha se quebrado. Surgiu depois, no horizonte fluvial, um vagalhão imenso, como um Niágara avançando rio adentro. Vinha arrebentando tudo. Destruía o que encontrava pela frente". E o cearense Araripe Júnior (1848-1911) deu sua versão: "Num crescendo diabólico, ao qual pareciam assistir todas as bigornas do inferno invisível, a onda alva e espumante, de longe mal pressentida, aturdiu-se até a paralisação do sentido auditivo (...). A pororoca tiranizava as floretas vergadas sob a agonia de sua raiva epiléptica". Turcomano: do latim medieval turcomannus, parecido com um turco, vindo do persa turkman, pelo turco türkmen, cujo significado é "tão turco como os turcos". Depois de sucessivas ocupações estrangeiras, que remontam à Antiguidade, tendo passado pelo domínio de Alexandre (356-323 a.C.) e de Gêngis Khan (?-1227), e sido uma das repúblicas da antiga União Soviética, o Turcomenistão é hoje uma nação independente. A terminação "istão" significa, em dialeto persa, "lugar". Está presente no nome de vários países da região da Ásia, como o Tadjiquistão (lugar dos dadjiques), o Cazaquistão (lugar dos cazaques) e o Uzbequistão (lugar dos uzbeques), entre outros.