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GIVENCHY

É puro creme chantilly!

<img src="/imagens/2484/20080918120000_2484_thumbnail.jpg" border="0" alt="Regina Guerreiro" align="left"> Regina Guerreiro Publicado em 05/04/2006, às 17h01

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Ricardo Tisci - já contei para vocês - é o italiano (meio gótico, meio romântico, meio mórbido, meio pretensioso...) que "orquestra" agora a direção-fashion da Maison Givenchy. Nada fácil: Galliano, McQueen, sem falar no lamentável Julien McDonald, já viveram essa trip e - hélas! - desafinaram, "dispersaram", detonaram... Bem, é a segunda coleção couture de Tisci. Tem que ver, tem que saber, porque... olha só: uma new elegance se aproxima. Tra-ba-lha-dí-ssi-ma! Acontecem cortes intrigantes, acontecem "movimentos" impertinentes. O jeito de mostrar é superteatral (claro, as marcas da St. Martin School - onde Tisci se formou - ficam para sempre...) e, em vez de desfile, "quadros vivos" de mulheres lânguidas e ambíguas. Em black, em "nude", em branco, em vermelho purão. Tem até um momento meio SM, em que uma senhora tipo diretora de uma seita desconhecida escova docemente os cabelos de uma loura ingênua. Ui! A beauty também pega meio pesado, quando cola pedaços de renda no rosto das mocinhas e senhoras. Mas... mais importante do que esses teatrinhos-fashion é o trabalho em si de Ricardo Tisci, que me parece tenaz, preciso e... hipnotizante! A calça cremosa de cintura alta tem pernas longas, extra-large é chiquérrima. Cada camisa branca é um sério objeto de desejo, uma construção sutil, em que cada petit rien esbanja requinte. Reparou que "tudo" esse plastron todo despetalado?? A releitura que Tisci fez da camisa Bettina também é bárbara (passa longe dos clichês, sabe como?). Crepe de soie fininho, pala bateau (de ombro a ombro) transparente, camadas de renda guipure antes dos punhos. Os vestidos bustiers são os mais bonitos, feitos de seda, crepe e cetim, com efeitos cumulativos de plumas e de nuvens de tule absolutamente maravilhosos. Mas adoro também o crepe branco pesado, extra-clean, num vestido noite, tipo um fourreau enrolado no corpo em movimento espiral, divinamente bem acompanhado por uma longa capa estilo vestal. Eu sei, eu sei, Tisci exagerou nos modelitos vermelhos (fantasiosos demais...), tanto que eu até deletei. Mas... esse menino promete!