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GISELE FRAGA E AUGUSTO MENDONÇA: LAR DE LUZ

Atriz abre casa, ensaia volta à cena e conta como esta união lhe deu o equilíbrio

Redação Publicado em 24/05/2009, às 21h10 - Atualizado em 05/11/2009, às 20h18

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A atriz, o empresário e a mesa feita a partir de um tronco, de Embu das Artes, SP, um dos destaques da
sala do dúplex com vista privilegiada dos Jardins e do Parque do Ibirapuera. - Fotos: Lailson Santos / Imagens&Imagens
A atriz, o empresário e a mesa feita a partir de um tronco, de Embu das Artes, SP, um dos destaques da sala do dúplex com vista privilegiada dos Jardins e do Parque do Ibirapuera. - Fotos: Lailson Santos / Imagens&Imagens
Dona de uma beleza que já protagonizou mais de 200 comerciais, Gisele Fraga (39) começou cedo. Aos 13 anos já fazia figurações e trabalhava como recepcionista em eventos. A fama veio aos 17, quando foi finalista do concurso Garota do Fantástico, que lhe abriu as portas para estampar a capa da Playboy e iniciar carreira de modelo internacional. Emoldurada pela visão 360o da cidade de São Paulo, a bela abriu com exclusividade para CARAS dúplex de 550m2 que divide com Augusto Mendonça (56), dono da Setal Engenharia, seu marido há quatro anos, para falar sobre a carreira, o casamento e os sonhos que nunca desistiu de perseguir. Nascida em Vitória (ES) em família humilde, a atriz, caçula de nove irmãos, ficou órfã de mãe aos 5 anos e foi criada pela irmã Eliane (57), no Rio. Mais de 20 anos após a primeira aparição na TV, em que já fez cinco novelas, além de participações especiais, Gisele, também dona da produtora Performa, se considera mulher de sucesso pelo que alcançou e, quem a conhece sabe, continua com a energia e frescor que a fizeram musa, além da forma física invejável, reflexo do equilíbrio ganho com o amor do marido e a maturidade. - Começando a trabalhar tão cedo, foi difícil lidar com as cobranças da carreira de modelo?Gisele - Eu era gordinha na préadolescência. Quando quis ser modelo, me olhavam com descrença. E a coisa mais difícil é você ficar Na poltrona Egg, ela mostra mais do living, que se une a outra sala e, se fechado com cortina, vira sala de TV. Entre livros e souvenirs, pronta para sair e com a pet Sarah. magra, porque algumas pessoas nascem com esse metabolismo privilegiado. Eu fui além da minha capacidade, lutei contra o ganho de peso e tive sucesso. Passei por maus bocados, já engordei muito, fui criticada por isso, perdi trabalhos. Aos 20 anos fui trabalhar como modelo no Japão, morei com a Luana Piovani, mas não consegui muitos trabalhos pois tenho sardas e eles preferem peles bem brancas. Eu ficava a maior parte do tempo em uma loja chamada Tokyo Hands. São vários andares e em cada um eles ensinam a fazer uma coisa diferente. Aprendi a fazer carteira, vestido de boneca e necéssaires, entre outras coisas que até já esqueci. Fiquei impressionada com a disciplina, a tradição e os princípios deles. Foi uma lição de vida dura, tive de crescer muito, ainda mais porque embarquei para lá pensando em constituir família e sossegar. Mas sempre mais trabalhadeira que namoradeira. Se você quer ganhar, tem de estar pronto para jogar. Não deixei de viver porque estava gorda. Casei acima do peso. Por mais que quisesse emagrecer para o casamento, não consegui porque estava ansiosa. Quem escolhe a carreira artística é muito cobrado pela mídia e não pode se importar com isso. Descobri como administrar isso na terapia e parei de sofrer. Quando você para de sofrer por uma coisa, para de engordar por ela. - Como cuida da beleza hoje?Gisele - Desde nova sempre fiz tratamentos de beleza. Ia a todos os lançamentos de produtos. Hoje há tanta coisa acontecendo na minha vida que não tenho mais tanto tempo. Por isso, preciso de mais disciplina. Vou fazer 40. Se não malhar, cai tudo. Também faço drenagem linfática e aprendi a comer de quatro em quatro horas. Deixar de comer por causa do estresse e da correria do dia-a-dia é a maior besteira que se pode fazer. Fazia três vezes por semana ashtanga yoga com professora particular. Machuquei o pulso, mas logo voltarei às aulas. No corpo, passo óleo de amêndoas e cremes específicos para cada região, incluindo o rosto. Já apliquei botox, mas não gosto muito de 'mexer' no rosto. Se ficar com cara de cera, ninguém vai ver a vida que tem dentro de mim. As primeiras marcas de expressão me incomodam, mas há que se ter o pé no chão e aceitar a vida. Não quero e nem vou ficar sem expressão. - Ao entrar na sua casa logo se percebe que, como cuida de si, você cuida do lar. Alguém a ajudou na decoração?Gisele - Este apartamento reflete minha união com Augusto. Cada um já tinha a sua vida antes e reunimos nossas coisas aqui. Tivemos a ajuda da arquiteta Adriana Mendonça e do paisagista Alex Hanazaki, mas, como gosto muito de decoração, acabei aprimorando. Viajamos muito e eu acabo trazendo várias coisas. Esse lar é um grande privilégio, há muitas entradas de luz natural e temos uma vista magnífica. Mesmo sendo no coração da cidade, todo dia coloco frutas e os passarinhos vêm me visitar. A varanda é um espetáculo, ali fazemos churrasco e, no verão, tomamos do café da manhã ao prosecco no fim do dia. Outra coisa que gosto é a frase que eu tenho em cima da cama: 'O desejo é uma força poderosa que pode ser usada para fazer as coisas acontecerem'. Ela me lembra dos desejos bons e tem a ver com a minha busca. A gente tem de tomar muito cuidado com o que desejamos, pois vira realidade, sabia? - Uma busca que se encerrou foi a do amor de sua vida, não? Como vocês se conheceram?Gisele,/b> - É verdade. Fomos apresentados pelo Celso Russomano, deputado federal amigo tanto meu quanto dele há mais de 20 anos. Eu estava em Brasília, em um período sabático, chateada, reclamando por estar sozinha e Celso ligou para o Augusto e me colocou para falar com ele ao telefone. Nosso amor foi à 'primeira voz'. Estamos juntos há oito anos e ele me completa. Sou aquariana, agitada, faço mil coisas ao mesmo tempo. Já o Augusto é tranqüilo, ele tem o dom de me acalmar. Para ter um casamento feliz é preciso se dedicar, ser generosa e paciente. - Vocês pensam em ter filhos?Gisele - Augusto tem duas filhas do relacionamento anterior, Carolina e Karen, e um neto, o Matheus, lindo! Eu amo criança, tenho uma família gigante, 21 sobrinhos e 11 sobrinhos-netos. Já me considero uma mãezona. Ainda não conseguimos ter nossos filhos, vamos precisar fazer tratamento de fertilização. Como o médico disse que posso esperar mais dois anos, decidimos adiar um pouco mais e eu conforto meu coração com a certeza de que também podemos adotar. Enquanto o bebê não vem, já temos três filhotes fofos de quatro patas, as poodles Sarah, de 11 anos, Jolly, de 6, e Gucci, de 4. - Gisele e Augusto, o que mais os atrai um no outro?Augusto - Gisele é magnífica. Muito animada, companheira, me renova e me faz sentir maisjovem. Ela faz desta casa o nosso lar e é este o lugar onde eu mais me divirto, pois aqui recebemos todos os nossos amigos, sempre. Gisele - Eu o admiro muito como marido, como homem e como empresário. Apesar de ele ser um engenheiro que todo dia levanta às 6 da manhã para trabalhar e cumprir inúmeros compromissos, encontra tempo e disposição de fazer parte da minha vida, me acompanhar em eventos, coisas que não fazem parte de seu cotidiano. Ele as faz por mim. Augusto fez até uma pequena participação em uma peça em que eu atuava. Precisávamos de alguém para o papel de porteiro e ele topou. E foi tão bem que as três falas do personagem aumentaram para seis! Ele é tão disciplinado e se dedica tanto a tudo o que faz que conseguiu subir no palco e dar a cara para bater. Isso não é para qualquer um, não. É difícil se apresentar ao vivo na frente de tantas pessoas. Se ele tem de viajar a trabalho, vou junto. Estudoa cultura local enquanto ele cumpre a agenda. Augusto é um grande companheiro. Ele me ensinoua viver melhor e me apresentou à terapia. Hoje minha vida é mais suave, encontrei o equilíbrio. Sou de família simples,não tínhamos hábito de ir ao terapeuta. Se alguém tinha problemas, isso era resolvido em casa, no máximo, com a ajuda dos irmãos. - Sente-se cobrada de alguma forma por estar fora das telas?Gisele - Eu me sinto grata às pessoas que me perguntam isso exatamente por gostarem do meu trabalho e sentirem a minha falta na mídia. Fico feliz por não terem me esquecido. Estou cuidando do meu talento, melhorando como atriz, estudando canto e dança. À medida em que me dedico, fazendo cursos, estudando e adquirindo cultura, movimento uma energia no universo que faz com que as coisas aconteçam. Nunca deixeide sonhar e de acreditar. Como já disse, tive infância humilde, mas fui uma criança alegre. Não tinha brinquedos, então fazia bonecas com pedras e batatas, criava minhas fantasias, o meu vale encantado... Minha mãe faleceu quando eu tinha 5 anos e fui morar com minha irmã. Na casa dela eu assistia à TV com os olhos estatelados, desejando um dia estar lá dentro.' O primeiro filme que vi foi Trapalhões no Planeta dos Macacos. Anos mais tarde, quando filmei com Renato Aragão e Xuxa O Mistério de Robin Hood, quase morri de emoção. Imagine, anos depois daqueles devaneios de menina, eis-me ali, frente à frente com Didi, meu ídolo. Nasci para atuar, seja no cinema, no teatro ou TV. Pelas dificuldades da vida, ser alguém de sucesso é muito difícil. Por isso, posso afirmar que não estou no ar, mas tenho sucesso por ter ter chegado aonde cheguei. E vou além.