A atriz norte-americana Geena Davis realizou palestra em evento organizado por Ana Paula Padrão e afirmou: ‘É preciso que as mulheres tenham uma fé inabalável’
Redação Publicado em 09/08/2011, às 15h34 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43
Geena Davis (54) veio ao Brasil pela primeira vez para realizar palestra na festa de lançamento do projeto liderado pela jornalista Ana Paula Padrão (45) com intenção de entender os interesses femininos, intitulado Tempo de Mulher, realizado nesta terça-feira, 9, em São Paulo. Ao falar com a CARAS Online, a atriz norte-americana se mostrou honrada por ter sido lembrada para dar sua colaboração no evento.
"Fiquei muito feliz de ser convidada para o lançamento do Tempo de Mulher e conhecer a Ana Paula e outras mulheres importantes. Fiquei animada com tudo que aprendi hoje sobre as mulheres no Brasil e sobre como elas estão avançando", disse.
Quando perguntada sobre o que estava achando do país, ela respondeu: "Estou aqui há poucos dias, não deu para conhecer muito. Mas já gostei da comida".
Assim que subiu ao palco, a esposa do o cirurgião plástico Reza Jarrahy, que tem amigos no Brasil, esbanjou simpatia e começou o discurso brincando que sua participação seria para ensinar como ser uma estrela de Hollywood, mas logo avisou que havia muito mais coisas para falar ao público presente no Hotel Grand Hyatt.
Já em tom mais sério, Geena falou um pouco da sua profissão, além de comentar sobre sua força de vontade de “lutar” pelos seus objetivos. "Eu sempre vivi personagens fortes no cinema que impactaram na minha vida de uma forma poderosa. E assim, percebi o quanto minhas personagens poderiam transmitir mensagens poderosas as mulheres. Sempre quis fazer filmes em que as mulheres decidem seu destino. Meu lema é: se alguém pode, eu posso. Eu tinha uma fé que seria bem sucedida", afirmou.
A atriz também revelou que sofreu “bullying” em sua época escolar. "Era a mais alta da classe do jardim de infância ao colegial e sempre fizeram muitas piadas comigo". E reforçou o tema do projeto, dizendo: “É preciso que as mulheres tenham uma fé inabalável”.
Durante a palestra, a morena lembrou o "caso" das mulheres nos Estados Unidos. “Como americanos, nós acostumamos a nos ver como líderes, mas neste caso não somos. Mulheres no trabalho, na diretoria e na presidência de empresas”, exemplificou.
E claro, ela não poderia deixar de falar da sua fundação, chamada See Jane, que conseguiu estudar cem filmes lançados entre 1990 e 2005, liberados para qualquer faixa etária, ou seja, destinados ao público infantil. "Pesquisas se tornaram uma parte significativa da minha vida. Acredito que só fatos desmentem mitos. Criei a fundação para ver quantos personagens femininos tinham nos desenhos e como eles eram representados. Exemplo: Looney Toones tem 12 personagens e só uma mulher. As meninas não têm modelos, as personagens femininas são hiper sexualizadas. A maioria das personagens femininas não tem aspirações, sonhos. Exceto nos romances". E destacou que é necessário mudar isso. “Acredito no poder da mídia. Se as meninas puderem ver exemplos, elas vão querer segui-los”.
