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Galã Luigi Baricelli, maré alta na vida e na profissão

No litoral paulista, ator e empresário fala sobre projetos, novela, paternidade, matrimônio e religião

Redação Publicado em 08/02/2011, às 11h20 - Atualizado em 11/02/2011, às 14h46

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Na Praia da Enseada, no Guarujá. Para o ator, o trabalho e o lazer andam de mãos dadas. - FOTOS: ADILSON FELIX
Na Praia da Enseada, no Guarujá. Para o ator, o trabalho e o lazer andam de mãos dadas. - FOTOS: ADILSON FELIX
O ator Luigi Baricelli (39) vive uma das melhores e mais produtivas fases de sua vida. Na TV, ele interpreta o competente, rico e bom caráter executivo Oscar Amaral, na novela global das 9, Insensato Coração. Fora da telinha, alça novos voos e se consolida como empresário e produtor de eventos. Na vida pessoal, o galã comemora a união de 19 anos com Andréia Baricelli (38), com quem teve Vittorio (13) e Vicenzo (9) - ele também é pai da estudante Rúbia (20), fruto do relacionamento com Cláudia Toledo. Atualmente, sua "menina dos olhos" é um projeto de esporte e lazer que pilota na Praia da Enseada, no Guarujá, litoral sul de São Paulo. O empreendimento, que contou com a produção e dedicação de Luigi, funcionará até 13 de março em uma área de lazer com mais de 2 000m2 e atividades como mini rancho de animais, vôlei, futevôlei, pista de skate e outros esportes. Durante passeio por vários pontos turísticos da cidade e pausa no Ferraretto Guarujá Hotel, o atorprova de que está mesmo em alta: fãs dos mais variados o abordam e elogiam ou o trabalho atual ou um de seus papeis em quase uma dezena de novelas na Globo, várias séries e especiais e quatro longas-metragens, além da sólida trajetória como apresentador. Sempre bem humorado, ele fala sobre a carreira, religião, paternidade, casamento, personagens e filhos e deixa nítida a impressão de que merece o sucesso que conquistou nestes 20 anos de carreira. E mais. - Como surgiu o projeto? - Comecei a conversar com um amigo empresário sobre um projeto envolvendo educação, esporte, diversão e o clima de praia. A partir daí, chegamos a este formato. Tudo começou com a frase: 'Já imaginou uma vaca na praia?' O conceito é trazer divertimento para os banhistas e ter atrações inusitadas como um pequeno rancho com animais. Existem crianças que pela primeira vez estão vendo esses bichinhos. - Você tem conciliado gravações da novela, agenda familiar e visitas ao Guarujá. O quão importante é este projeto? - Com ele, consolido o meu lado empreendedor. Estou na idealização e também ajudei a fazer os elos de parcerias. Mas cada um deu ideias. Eu, por exemplo, quis a pista de skate. Também escolhi os artistas para a abertura, as atrizes Helena Fernandes, que vive a mulher do meu personagem na novela, as atrizes Geovanna Tominaga e Patrícia Naves, com o marido, o jornalista esportivo da Globo Mauro Naves, o skatista Sandro Dias. São nomes bem 'família', assim como o evento. E foram escolhidos a dedo. Esse projeto é como se fosse um filho. - Tem outras ideias assim? - Quero muito montar um campeonato de beach tênis. Também criei uma empresa de tecnologia para criar soluções para empresas. - Você gosta de esportes? - Sim. Jogo tênis e beach tênis. - De todas as suas funções, qual delas lhe dá mais prazer? - Cada uma tem sua medida. O Video Show sedimentou o meu lado apresentador, por exemplo. - Empresário, ator, apresentador. Com tantas atividades, como administra o seu tempo? - Nos últimos oito meses, por causa de tantos compromissos, cheguei a dormir só três horas por dia. Então, escolho um dia na semana para dormir oito horas. - Está feliz com o seu personagem na novela global das 9, o executivo Oscar Amaral? - Ele é um homem bem- sucedido, de uma família rica, uma pessoa boa, amiga, trata todos como iguais. Mas é um homem sério, de fibra. A família e o trabalho são a vida dele. É o vice-presidente da holding e está sendo preparado para ser o presidente. Tem um tio, o Teodoro, personagem do Tarcísio Meira, que é fantástico e tem no Oscar o herdeiro legítimo. Mas a Norma, interpretada pela Gloria Pires, vai querer roubá-lo. Ele faz um casal exemplar com a Gilda, papel da Helena. E além dos problemas com a Norma, Oscar vai descobrir em breve que tem um filho de outra relação. Só que o menino é mau-caráter, problemático. Ele será aceito na família, mas irá tentar desestruturá-la. - Quais são as semelhanças entre você e o Oscar? - Temos o mesmo pensamento sobre a construção da família. Ele trabalha, constrói o lar. Sou assim. Sempre estou presente e participante como pai. Vivo para isso. - Você faz 19 anos de casado este ano. Qual é a receita para uma relação longa e feliz? - O segredo é que acreditamos na construção da família. Muita gente acredita na paixão, e relação é amor, construção... A paixão acontece para construir o amor, mas é algo momentâneo. Já o amor é eterno. - Luigi não é seu nome real. Não gosta do nome Luiz? - Meu primeiro trabalho foi com Geraldo Vietri, Os Domênicos, que mostrava o dia a dia de uma família italiana. Meu personagem era Luigi, que gostava de mulheres bem mais velhas, tipo 70 anos. Atendendo a uma sugestão do Geraldo, mudei meu nome de Luiz para Luigi também na vida real. Gostei da ideia. - Você já é pai de uma jovem de 20 anos. Como é o seu relacionamento com ela? - Meu relacionamento com Rúbia é cada vez melhor. Ela mora em São Paulo; eu no Rio. Ela se tornou minha assistente nos eventos que produzo. Ela estuda Comunicação na Faap, em SP, e participa de todos os projetos... Vê como funciona a negociação. - Foi difícil assumir a paternidade de um bebê aos 19 anos? - Ter sido pai jovem é interessante. Você pensa muito antes de tomar qualquer atitude. Ela nasceu na época do Plano Collor e eu fiquei sem dinheiro nenhum naquela época. Aliás, como muita gente. Eu era modelo e acabaram os comerciais. Pensei: 'E agora? O que é que eu faço?' - Como resolveu a questão? - Um tio me deu uma camiseta para vender. Consegui vender duas. Três meses depois, tinha três vendedoras trabalhando para mim. Comecei a 'criar' o perfil da mulherada. Virei sacoleiro nos escritórios, sabia do que elas gostavam. Trocava etiquetas GG por G. Não mentia. Era G, só que menorzinho. (risos) Em um mês, tinha um quarto lotado de roupas. - Acha mais fácil interpretar o vilão ou o mocinho? - Já fiz o mocinho, como o protagonista de A Padroeira, por exemplo, e o vilão, como o Raul de Almas Gêmeas, e acho mais fácil que o herói, pois você diz e faz coisas que jamais pensaria. É interessante. O mocinho é mais difícil, pois o personagem 'fica' em uma linha tênue e pode se tornar chato. Torná-lo agradável é a missão. - Qual dos seus personagens mais o marcou? - Todos foram importantes. Mas há um especial: Jesus, no filme Maria - Mãe do Filho de Deus. Nem posso considerar trabalho. Fui tomado pelo personagem, conduzido por uma energia que me ajudou a fazer o que fiz. Ao terminar a cena da crucificação, estava 'fora do planeta', foi muito forte. Antes, já havia estudado religiões. Conheço várias, respeito todas. E todas convergem para uma única coisa: o amor. Não tenho religião, mas creio em uma energia superior. Cada ser humano faz parte do todo. Assim, dá para entender um pouco a vida e respeitar o próximo. Mas não queira me desrespeitar. Sou bom, mas não sou bobo.